Depois do Met Gala, biografia revela lado b de Anna Wintour: choro pelo namorado e torta de frango para convidados

‘Anna, a biography’ ouviu funcionários do MET sobre o comportamento controverso, os gostos e a vulnerabilidade desconhecida da poderosa editora-chefe
Por O Globo; Agências Internacionais

Anna Wintour. Met Gala 2022

Conhecida fora do mundo da moda por ter inspirado a personagem de Meryl Streep no filme “O diabo veste Prada”, a editora -chefe da revista Vogue América, Anna Wintour, de 72 anos, ganha uma nova biografia no dia seguinte ao Met Gala 2022, evento comandado por ela.

“Anna: a biography”, escrito por Amy Odell mostra a organização meticulosa, quase obsessiva, de Wintour para o baile. Ela já havia sido anfitriã do Gala em 1995, mas desde 1999 é ela quem comanda a festa, transformando o Baile do Met de festa de caridade frequentada por socialites a evento de celebridades visto em todo o mundo.

Mas a biografia é cheia de detalhes que Anna Wintour prefere manter fora dos holofotes.

O livro conta que no baile de 1999, justamente o primeiro em que tinha o controle total da festa, Wintour saiu cedo, em seguida ao então namorado, o empresário texano Shelby Bryan, deixá-la. Ela tinha passado por um divórcio conturbado, e o Met Gala seria a primeira aparição pública ao lado de Bryan. Mas ele desistiu. Wintour saiu da festa, vestindo John Galliano e chorando lágrimas negras de máscara de cílios. Andre Leon Talley, morto em 2022 e que foi colega de Wintour na Vogue durante três décadas, dizia que aquela foi a segunda vez que a viu chorar. A primeira foi na morte da mãe.

O ingresso, que no início custava US$ 1 mil, hoje chega a US$ 42, 700 (individual) e US$ 275 mil (a mesa). E, se Wintour não quiser, nem todo o dinheiro do mundo garante presença na festa. As irmãs Paris e Nicky Hilton são personas non grata; o clã Kardashian esteve nessa posição até 2013.

Do lugares marcados à decoração, passando pelo menu e a apresentação da comida na mesa, tudo é decidido por Anna Wintour. Ela, aliás, proíbe salsa, alho, cebola, anchovas e peixe nas receitas e exige que a cor da louça harmonize com a da comida. Já os favoritos são costeletas de cordeiro, filés e vagem francesa.

Mas a receita que ela prefere servir aos convidados da Vogue é uma simples torta de frango. O motivo? É um prato único: “já tem proteína, vegetais, tudo. A sobremesa favorita é o clássico crème brûlée”, diz o livro.

No Met Gala de 2019, quando Kim Kardashian usou um vestido de látex do francês Thierry Mugler, Wintour pediu à editora da “Teen Vogue”, Lisa Love, que fizesse a celebridade se sentar à mesa para jantar. “A questão é que ela não pode, fisicamente não consegue”, respondeu Love.

O livro também conta que, em outra edição do evento, Wintour pediu aos funcionários do MET para esconder o Templo de Dendur – relíquia arqueológica com mais de 2 mil anos – porque ela o achava “desagradável aos olhos”. Como não foi atendida, colocou o palco onde a cantora Kate Perry se apresentaria na frente.

A ala egípcia, aliás, foi razão de conflito entre Wintour e o MET mais de uma vez. Funcionárias disseram à biógrafa que ela chegou a pedir: “Você não podem ir ao depósito pegar umas obras e esconder isso aqui?”

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