Linda Yaccarino inicia funções como nova CEO do Twitter

Yaccarino, ex-chefe de publicidade da NBCUniversal, está assumindo o Twitter em um momento em que a plataforma de mídia social tenta reverter a queda na receita publicitária
Por Reuters

Linda Yaccarino, nova CEO do Twitter indicada por Musk

A nova presidente-executiva do Twitter, Linda Yaccarino, iniciou suas funções na empresa de mídia social, disse ela na noite de segunda-feira, cerca de um mês depois que Elon Musk a nomeou para a posição.

“Aconteceu — primeiro dia!”, tuitou a executiva, sem fornecer mais detalhes.

Yaccarino, ex-chefe de publicidade da NBCUniversal, está assumindo o Twitter em um momento em que a plataforma de mídia social tenta reverter a queda na receita publicitária.

Musk, que atuou como presidente-executivo após comprar a empresa por 44 bilhões de dólares em outubro passado, disse anteriormente que Yaccarino ajudará a construir um “aplicativo para tudo”.

O ex-executivo da NBCUniversal Joe Benarroch também se juntou ao Twitter na segunda-feira. Ele supervisionava a estratégia de comunicação da divisão de Publicidade e Parcerias da empresa de propriedade da Comcast, reportando-se a Yaccarino, antes de ingressar no Twitter.

Musk proíbe executivos da Tesla de contratar novos funcionários sem sua aprovação

Executivos da montadora devem enviar lista de pedidos de contração para o CEO, segundo jornal The Information

REUTERS/Tingshu Wang/File Photo

O bilionário Elon Musk, CEO da montadora Tesla, afirmou que a empresa não pode mais contratar novos funcionários, incluindo empreiteiros, sem a sua aprovação pessoal, segundo o jornal The Information. A notícia foi publicada nesta segunda-feira, 15, e cita um e-mail enviado para os funcionários.

De acordo com o jornal, Musk pediu aos executivos da montadora que lhe enviem uma lista de pedidos de contratação semanalmente e ainda os advertiu para que “pensem cuidadosamente” antes de enviar o documento.

No ano passado, Musk vendeu US$ 31 bilhões em ações da Tesla para financiar sua aquisição do Twitter, o que gerou uma queda no preço das ações da montadora e questionamentos de investidores. A companhia liderada por Musk perdeu US$ 622 bilhões em valor de mercado em 2022 e viu as ações caírem até 8,8%, enquanto o acumulado do ano registrou encolhimento de 61%, quarta pior performance de uma empresa S&P 500 no ano.

O momento ruim aconteceu no mesmo período em que Musk se envolveu na compra e no comando do Twitter, empresa adquirida por ele por US$ 44 bilhões. Para investidores da Tesla, o envolvimento dele com a rede social distraiu o executivo em um momento delicado.

Agora, com a nomeação de Linda Yaccarino para a presidência da rede social, acionistas esperam que Musk possa voltar a acompanhar de perto a rotina e as decisões corporativas da montadora.

Ainda, segundo o jornal, espera-se que Musk converse com os acionistas da Tesla na próxima terça-feira, 16, durante a reunião anual da empresa em sua sede, no Texas.

Futuro do trabalho: quais as profissões que serão criadas e eliminadas nos próximos anos

Relatório do Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral no Brasil, mostra que avanço da tecnologia e as preocupações ambientais vão mudar a cara do trabalho no mundo
Por Bruna Klingspiegel e Jayanne Rodrigues

Foto: Unsplash/@sigmund

O avanço acelerado da tecnologia, da inteligência artificial e das novas demandas ambientais vão provocar uma grande transformação no mercado de trabalho. Até 2027, a expectativa é que 23% dos atuais postos de trabalho se modifiquem. Alguns serão criados para atender novos mercados; outros passarão por adaptações; e há aqueles que simplesmente vão desaparecer. A equação dessas mudanças, no entanto, não deve ser positiva para o trabalhador.

Segundo relatório “O Futuro do Trabalho 2023″, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (organizador do Fórum de Davos) em 45 países, com a parceria da Fundação Dom Cabral no Brasil, a previsão é que 69 milhões de empregos sejam criados nos próximos anos enquanto 83 milhões, eliminados. O resultado é que 14 milhões de vagas vão desaparecer – ou seja 2% do emprego atual nos países analisados, segundo o estudo.

Trabalho à vista
Estudo mostra a criação e a perda de postos de trabalho nos próximos anos

A pesquisa – que está na quarta edição – ouviu 803 empresas de 27 setores em 45 países, que juntas são responsáveis por mais de 11 milhões de postos de trabalho no mundo. Além da opinião dos executivos, foram avaliados dados estatísticos fornecidos pelo LinkedIn e pela plataforma de cursos online Coursera. O objetivo do trabalho é acompanhar o impacto dessa revolução no mercado de trabalho, identificando rupturas ocupacionais e estratégias para capacitar áreas em declínio capazes de assumir papéis emergentes.

Entre as profissões que podem ter crescimento nos próximos quatro anos estão especialistas em inteligência artificial e aprendizagem de máquina, especialistas em sustentabilidade, analistas de inteligência de negócios e especialistas em segurança da informação. Cargos relacionados à transição energética também são destacados pela pesquisa, graças aos investimentos em energia renovável.

No olhar dos executivos, espera-se que as profissões relacionadas à educação, ao lado de agricultura e do comércio digital, tenham o maior crescimento em números absolutos. A expectativa é que os postos de trabalho no setor educacional cresçam cerca de 10%, levando a 3 milhões de empregos adicionais para professores de educação profissional e professores universitários. No setor agrícola, a previsão é de aumento de 15 a 30%, levando a mais de 4 milhões de empregos.

Crise

Neste contexto de mudanças, a tendência é de que a desigualdade seja acentuada em países emergentes, como é o caso do Brasil. Na prática, o mercado deve aumentar a busca por mão de obra qualificada. Pessoas preparadas vão ter acesso a uma oferta maior de empregabilidade. Em contrapartida, trabalhadores sem capacitações ou aqueles que têm somente educação básica serão os mais ameaçados, aponta o relatório.

O risco desse ciclo é uma possível escassez de mão de obra qualificada no Brasil, avalia Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC. “Pode haver uma alta da pressão por qualificação ou por esses poucos profissionais com mais habilidades”, estima. “Vamos notar um aumento do porcentual de pessoas que vão depender, provavelmente, do Bolsa Família e de outros recursos do governo por estarem desqualificados.”

A manobra para evitar essa escassez é investir em políticas públicas e em programas de retenção de talento, sugere Arruda, acrescentando que esse esgotamento é um comportamento global. “Essa falta de mão de obra qualificada não é exclusiva do Brasil.” À medida em que a procura por profissionais ligados à IA, agro tecnológico e sustentabilidade, aumenta, por outro lado, algumas áreas devem ser extintas nos próximos cinco anos, segundo o relatório.

As ocupações mais ameaçadas são caixas de banco e funcionários relacionados, caixas e cobradores, escriturários de entrada de dados, secretários administrativos e executivos, assistentes de registro de produtos e estoque, escriturários de contabilidade, legisladores e oficiais judiciários, atendentes estatísticos, financeiros e de seguros e vendedores de porta em porta e ambulantes.

Até 2027, as organizações estimam em torno de 28 milhões de empregos a menos por conta da automação e digitalização. No caso do Brasil, a expectativa é de que algumas profissões se mantenham, é o caso do ambulante. Isso porque, a consolidação do processo de automação neste intervalo de tempo está prevista para os países avançados, explica Arruda. “Não vai ter gente vendendo na rua nem de porta em porta. Porque vai estar tudo online, pagamento digital, etc. Mas na nossa realidade de país emergente ainda há essas funções mais básicas (ambulantes)”.

O economista do FGV Social, Marcelo Neri, prevê que as novas tecnologias devem acelerar o barateamento de alguns serviços, a exemplo do trabalho feito por entregadores. “No Brasil, a economia dos aplicativos deu uma turbinada nessa profissão (entregadores) usando uma metodologia, mas os drones podem ser uma revolução adversa nesse movimento”.

Essa contradição impacta diretamente na rotatividade de emprego. Segundo Arruda, o desaparecimento de trabalhos tradicionais vai dar espaço para o acréscimo de novos empregos, com o diferencial da qualificação nas áreas projetadas pelo documento. “Nas empresas consultadas para o relatório, não há uma estimativa de desemprego, mas de compensação e substituição. Por isso, o papel fundamental de requalificação dos skills (habilidades), que as empresas estão preocupadas em realizar”.

Outro fenômeno que pode ser visto com mais atenção nos próximos cinco anos tem a ver com dualidade: por um lado, a redução do número de jovens no mercado de trabalho e, por outro, o envelhecimento da população. “A vida produtiva das pessoas está se estendendo, com os desafios previdenciários projetados para o futuro. A pessoa vai precisar de uma educação ao longo da vida, não é mais uma educação acumulada somente durante a juventude ou vida adulta, isso vai gerar demanda”, afirma Marcelo Neri.

De acordo com o relatório, 39% dos trabalhadores não devem precisar de treinamento até 2027. Porém, 15% dos empregados necessitam de capacitação, mas não terão acesso a um programa de requalificação. “Por isso, vem o efeito de mais empregos qualificados em países desenvolvidos e trabalho menos qualificados nos emergentes”. No total, 85% vão estar prontos para as novas tecnologias ou estarão sendo treinados para a mudança.

Competências

O avanço das chamadas soft skills, sobretudo após a pandemia, foi observado com maior predominância dentro das empresas. Daqui para frente, conforme o relatório, a tendência é de que as corporações priorizem a criatividade, o pensamento analítico e o uso de IA e Big Data. A preferência foi apresentada por 42% das empresas consultadas pelo relatório. O investimento no capital humano e automação de processo deve atingir 80% das corporações, que devem priorizar mulheres, seguido de jovens menores de 25 e pessoas com deficiência.

Executivos brasileiros, por sua vez, almejam que 53% das habilidades do trabalho permaneçam as mesmas. Para os próximos cinco anos, entre as competências que devem ser consideradas prioridades nas contratações no País, estão: IA e Big Data; Pensamento criativo; Resiliência, Flexibilidade e agilidade; Pensamento analítico.

Já os cargos mais selecionados no Brasil pelas organizações que participaram da pesquisa, com base no saldo líquido positivos de empregos, são analistas e cientista de dados, cerca de 31%, profissionais de desenvolvimento de negócios, com 25%, gerente de operações e advogados, respectivamente, 13%. Para driblar a escassez de mão de obra qualificada, executivos brasileiros pretendem investir na promoção e progressão de carreira, no fornecimento de requalificação e qualificação eficazes e em uma articulação do propósito e impacto do negócio.

Empresas aproveitam home office para demitir funcionários à distância

McDonald’s chegou a mudar rotina de colaboradores presenciais para desligá-los por nota, diz site
Sarah Kessler​
Lauren Hirsch
Michael J. de la Merced

Ilustração de uso geral leitor assine folha jornal mídias sociais computador home office
A forma de demitir funcionários está sendo reescrita após a pandemia – Catarina Pignato

THE NEW YORK TIMES – Na semana passada, o McDonald’s pediu aos funcionários corporativos, que geralmente trabalham no escritório pelo menos três dias por semana, que fizessem seu serviço de casa. O plano era demitir centenas de funcionários, segundo o site DealBook, e a empresa preferia divulgar a notícia virtualmente.

O McDonald’s não é a única empresa a modificar o manual de demissões. Em janeiro, o Google demitiu milhares de empregados por e-mail. E Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou no mês passado planos para um ano de grandes cortes em um memorando de 2.000 palavras, explicando que a equipe da Meta “queria mais transparência em qualquer plano de reestruturação”.

Assim como muitas normas de trabalho, a forma de demitir funcionários está sendo reescrita após a pandemia, quando as empresas que reduziam de tamanho geralmente não tinham escolha a não ser fazer demissões via Slack, Zoom e e-mail, e muitas vezes o fizeram de forma descuidada. Com os escritórios abertos novamente e o trabalho remoto mais comum, as empresas agora têm opções –e não está necessariamente claro o que é melhor para os trabalhadores.

“Se tivéssemos esta conversa três anos atrás, eu teria dito que é uma punição cruel e incomum”, disse Bob Sutton, professor de Stanford e autor de “The No Asshole Rule”, sobre a demissão à distância. “Mas mudou tão drasticamente desde a pandemia que estou confuso.”

A TESE DAS DEMISSÕES VIRTUAIS

Cynthia Huang, gerente sênior de marketing, foi demitida de uma empresa de bens de consumo com uma política de trabalho híbrida em fevereiro. Por estar trabalhando remotamente naquele dia, ela recebeu a notícia por videochamada; outros foram dispensados no escritório.

Huang disse que preferiu receber a ligação em casa. “Foi mais confortável do que se eu tivesse que sair fisicamente do escritório, pegando as minhas coisas com todos me observando“, disse ela.

Demitir pessoas em casa às vezes pode ser mais compassivo na era do trabalho híbrido, disse Sutton. “Se você chamar para o escritório pessoas que não vão muito lá só para dispensá-las, é meio estranho”, disse ele.

A TESE DAS DEMISSÕES CARA A CARA

Quando as demissões são feitas remotamente, os gerentes podem não sentir totalmente o custo humano de suas decisões, disse Sutton: “É um pouco fácil demais”. E com um aviso presencial os funcionários têm a possibilidade de se despedir dos colegas de trabalho.

Kim Scott, ex-executivo do Google e autor de “Radical Candor”, sugeriu que constrangimento ou embaraço poderiam ser evitados planejando com antecedência –por exemplo, ter uma sala de conferências extra para as pessoas se recomporem, e a opção de recolher os pertences depois do expediente.

O MEIO IMPORTA

Uma videochamada com seu gerente supera o e-mail impessoal. “É muito difícil cuidar disso pessoalmente por e-mail”, disse Scott.

E especialistas questionam a sabedoria do anúncio pré-dispensa feito por Zuckerberg.

“Você tem que estar preparado ao mesmo tempo para falar com as pessoas sobre o processo pelo qual irão passar e o que vão lhes oferecer se seus empregos estiverem em risco”, disse Sandra Sucher, professora na Escola de Administração de Harvard. “Porque se você não fizer todas as partes ao mesmo tempo estará apenas introduzindo uma tonelada de incerteza em sua organização.”

Scott aconselha uma janela estreita entre anunciar e executar demissões. “Isso deixa todo mundo nervoso”, disse ela sobre a abordagem de Zuckerberg.

Mas mesmo a versão mais educada de dispensar alguém ainda é dolorosa. “Parecia que não havia aquele toque humano, sabe?”, disse Huang sobre sua experiência. “Mas não acho que foi necessariamente porque era virtual versus presencial. Acho que é apenas a natureza de uma dispensa.”

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

Google e Yahoo demitem 170 colaboradores no Brasil

Cortes no Brasil integram onda de demissões global nas big techs
Por Mariana Barbosa

Google registra queda na receita com anúncios – Fotos:  Bloomberg

A onda de demissões em massa nas grandes empresas de tecnologia bateu forte no Brasil, com o desligamento, entre esta quinta e sexta-feira, de 170 colaboradores do Google e do Yahoo. A informação foi publicada originalmente no portal Layoffs Brasil.

Só o Google, que anunciou no mês passado a demissão de 12 mil pessoas globalmente, equivalente a 6% da sua força de trabalho, demitiu 90 no Brasil. Segundo o Layoffs Brasil, dentre as equipes mais afetadas está a da computação em nuvem. Esta foi a segunda rodada de demissões do Google no Brasil em 12 meses.

Já o Yahoo está dispensando 20% da sua força global de trabalho — sendo 80 no Brasil. A empresa encerrou a área de publicidade e negócios.

As dispensas acontecem em um momento de queda nas receitas publicitárias, com a economia americana ameaçada de entrar em recessão.

No mês passado, a Amazon já tinha anunciado a demissão de 18 mil pessoas globalmente, também com reflexos no Brasil. A Microsoft demitiu 10 mil pessoas pelo mundo, enquanto a Meta, dona do Facebook e do Instagram, desligou 11 mil no final do ano passado e não descarta novos cortes este ano.

Funcionários do Google protestam contra cortes de empregos e baixos salários

Manifestações ocorreram depois que a empresa anunciou a maior redução de sua história: 12 mil posições, ou 6% de sua força de trabalho global
Por Bloomberg — Nova York

Manifestantes e funcionários da União de Trabalhadores da Alphabet protestam em frente à sede do Google em Nova York contra as recentes demissões – Foto: Victor J. Blue/Bloomberg

Os funcionários do Google realizaram protestos em ambas as costas dos Estados Unidos esta semana para chamar a atenção para as condições de trabalho dos trabalhadores subcontratados e apoiar milhares de colegas que foram demitidos recentemente.

As manifestações, uma realizada na quarta-feira na sede do Google, em Mountain View, Califórnia, e outra na quinta-feira perto dos escritórios corporativos da gigante de busca na cidade de Nova York, ocorreram depois que a empresa anunciou a maior redução de sua história – 12.000 posições, ou 6% de sua força de trabalho global.

Outras grandes empresas de tecnologia, incluindo Microsoft, Salesforce e Amazon, também anunciaram demissões recentemente.

O protesto em Nova York, que atraiu cerca de 50 funcionários do lado de fora do prédio do Google na 9ª Avenida, começou poucos minutos depois que a controladora da gigante de buscas, a Alphabet, divulgou os resultados do quarto trimestre, incluindo US$ 13,6 bilhões em lucro, uma queda de quase 30% em relação ao ano anterior e também abaixo das projeções.

Funcionários da Alphabet protestam contra as recentes demissões do Google, que deixaram 12.000  — Foto: Victor J. Blue/Bloomberg
Funcionários da Alphabet protestam contra as recentes demissões do Google, que deixaram 12.000 — Foto: Victor J. Blue/Bloomberg

– Hoje, o Google desmontou sua própria justificativa para demitir 12.000 de nossos colegas de trabalho. Está claro que as economias que a empresa está embolsando com a demissão de trabalhadores não são nada em comparação com os bilhões gastos em recompra de ações ou os bilhões obtidos em lucro no último trimestre – disse Alberta Devor, engenheira de software da empresa.

As manifestações foram organizadas pelo grupo sindical Alphabet Workers Union (AWU) – um “sindicato minoritário” que não tem direitos de negociação coletiva e cujos membros incluem subcontratados do Google e também funcionários.

– Hoje mostramos que algumas das questões sobre as quais estamos falando afetam todos os trabalhadores, independentemente de qual seja seu cargo ou status de trabalho real – ressaltou Alberta, que trabalha no Google há mais de três anos e é membro da AWU.

Em protesto realizado quarta-feira na Califórnia, dezenas de subcontratados se manifestaram contra o que chamaram de condições abaixo do padrão, incluindo o que disseram ser “salários miseráveis e nenhum benefício”.

Manifestantes durante comício da União de Trabalhadores da Alphabet em Nova York, que protestam contra as recentes demissões no Google — Foto: Victor J. Blue/Bloomberg
Manifestantes durante comício da União de Trabalhadores da Alphabet em Nova York, que protestam contra as recentes demissões no Google — Foto: Victor J. Blue/Bloomberg

Suas tarefas incluem a revisão de conteúdo para ajudar a treinar os algoritmos baseados em inteligência artificial (IA) da empresa, bem como a triagem de clipes do YouTube e a busca de anúncios em busca de material ofensivo ou sensível.

Os trabalhadores, porém, dizem que seus salários e benefícios estão muito abaixo dos padrões e benefícios mínimos que o Google oferece a seus trabalhadores contratados diretos.

– Gostaríamos de pelo menos ter alguma chance de sobrevivência com este trabalho – disse Zai Snell, um dos subcontratados que participou do protesto na Califórnia, em entrevista por telefone.

Servidora de carreira, Luciana Servo será a nova presidente do Ipea

A nova presidente do Ipea é mestre em economia pela USP e tem doutorado pela UFMG
Luiza Vilela

Luciana Servo: economista é a terceira mulher a comandar o Ipea (Helio Montferre| Ipea/Reprodução)
Luciana Servo: economista é a terceira mulher a comandar o Ipea (Helio Montferre| Ipea/Reprodução)

Ministério do Planejamento informou nesta sexta-feira, 20, que a ministra Simone Tebet escolheu a economista Luciana Mendes Santos Servo para presidir o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Servidora do órgão desde 1998, ela tem sua atuação focada em temas da área da Saúde, como “Avaliação de políticas de saúde”, “Prioriza SUS”, “Contas SHA para o Brasil” e “Conta Satélite de Saúde”.

Entre os trabalhos desenvolvidos por Luciana no órgão estão relatórios do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), um estudo sobre a demanda e a oferta de leitos hospitalares e equipamentos de ventilação assistida durante a pandemia, além da análise sobre o gasto dos municípios em atenção primária à saúde no Brasil.

A nova presidente do Ipea é mestre em economia pela USP e tem doutorado pela UFMG.

“Luciana torna-se a terceira mulher a comandar o órgão e a primeira mulher negra”, destacou o Planejamento.

O órgão foi liderado por Aspásia Camargo entre 1993 e 1995 e, de forma interina, por Vanessa Petrelli Corrêa em 2012.

Tebet vinha sendo cobrada pela ausência de profissionais negros na linha de frente da pasta. Em entrevista ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) do dia 11 de janeiro, ela disse que divulgaria nesta semana uma nova leva de indicações, com maior diversidade.

“A próxima etapa é colocar a igualdade racial. Esse é um compromisso que a gente tem, estamos vendo vários currículos que estão chegando, estou otimista de que vamos conseguir”, disse a ministra na ocasião.

Pela primeira vez em mais de uma década, Apple e Meta não estão na lista dos 100 melhores lugares para trabalhar da Glassdoor

Ashton Jackson
@ASHTONLINNELL

Funcionários de Apple Store
Notícia divulgada pela CNBC é de que, pela primeira vez em mais de dez anos, a Maçã sequer chegou ao Top 100.

Durante anos, a Apple e a Meta foram consideradas o creme de la creme das empresas de tecnologia, com funcionários delirando sobre sua cultura, valores, benefícios e regalias. Mas, de acordo com novos dados da Glassdoor , os dois gigantes da tecnologia não se destacam mais como antes.

Enquanto a Glassdoor divulga seu relatório 100 Melhores Lugares para Trabalhar de 2023, ambas as empresas estão ausentes da lista. No ano passado, a Meta ficou em 47º lugar, uma queda significativa em relação ao 11º lugar em 2021. Da mesma forma, a Apple ficou em 56º lugar no ano passado, depois de ficar em 31º lugar em 2021.

Para determinar a lista, o Glassdoor analisou avaliações anônimas postadas por funcionários na plataforma. Eles consideraram “centenas de milhares” de empresas com 1.000 ou mais funcionários entre 19 de outubro de 2021 e 17 de outubro de 2022. Os vencedores foram classificados em sua classificação geral do Glassdoor obtida usando uma escala de 5 pontos: 1,0 sendo muito insatisfeito e 5,0 sendo muito satisfeito.

Daniel Zhao, economista líder da Glassdoor, diz que a ausência da Apple e da Meta na lista deste ano é “bastante impressionante”.

“A Apple está na lista há 15 anos, desde o início da lista”, disse Zhao à CNBC Make It. “E então Meta está na lista desde 2011, e na verdade já foi o número um no passado… Isso não quer dizer que Meta e Apple sejam lugares ruins para se trabalhar, eles apenas caíram um pouco, dada a competitividade da lista. ano.”

Além do mais, Zhao diz que ambas as empresas estão “enfrentando desafios” que podem desempenhar um papel em seu não comparecimento.

“No ano passado, para a Apple, o retorno ao escritório foi recebido com respostas mistas dos funcionários. E então, para a Meta, eles estão passando por uma mudança estratégica significativa. E vemos pelas avaliações dos funcionários que os funcionários ainda não têm certeza sobre como isso vai jogar fora.”

Após vários atrasos devido à Covid, a Apple insistiu em seus planos de retorno ao escritório, exigindo que os funcionários estivessem no escritório três dias por semana a partir de 5 de setembro de 2022. Meses antes, o grupo de defesa dos funcionários da Apple, Apple Together, recuou contra o política de retorno ao escritório da empresa. Tech.co , um recurso de notícias de tecnologia de negócios, relata que, na época, 67% dos funcionários estavam insatisfeitos com a política e 56% expressaram o desejo de deixar a empresa.

A Meta ganhou as manchetes em 9 de novembro de 2022 quando anunciou a maior dispensa de tecnologia do ano – a empresa eliminou 13% de sua equipe, totalizando mais de 11.000 funcionários. Em uma carta, o CEO Mark Zuckerberg informou à equipe que eles também estariam “tomando uma série de medidas adicionais para se tornar uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos discricionários e estendendo nosso congelamento de contratações até o primeiro trimestre”.

Após o anúncio, alguns funcionários restantes recorreram ao Blind, o fórum de discussão de funcionários anônimos, para expressar suas opiniões. Jennifer Liu, da CNBC Make It, relatou que, de acordo com uma pesquisa com 1.179 trabalhadores da Meta nos EUA no Blind de 10 a 11 de novembro, 31% dos funcionários restantes disseram que recomendariam seu empregador a um amigo e 55% acreditam que a empresa agiu com cuidado. durante a dispensa.

Zhao diz que no ano novo “há mais incerteza sobre como as coisas vão acontecer no futuro próximo” para os funcionários que ainda estão na Meta e na Apple. 

Essa queda abriu caminho para os recém-chegados ingressarem na lista de melhores lugares para trabalhar, incluindo Spotify, Lego Group e Gainsight. 

Transparência salarial da Califórnia revela os salários das grandes empresas de tecnologia

O projeto de lei 1162 do Senado exige que os empregadores publiquem uma faixa salarial para cargos na Califórnia e ofereçam uma faixa salarial para os funcionários atuais, quando solicitado.
De Kevin Hurler

O Gizmodo deu uma olhada nos salários de alguns cargos em aberto na Apple, Meta e Tesla na Califórnia.
Imagem : Apple Campus em Cupertino, Justin Sullivan ( Getty Images ) , Facebook HQ em Menlo Park, Justin Sullivan ( Getty Images ) , Tesla Factory em Fremont, Justin Sullivan ( Getty Images )

A lei de transparência salarial da Califórnia entrou oficialmente em vigor a partir de 1º de janeiro, obrigando as empresas a divulgar os salários que pagam aos seus trabalhadores. Como tal, a cortina está sendo puxada para o mistério por trás do fluxo de caixa através de algumas das maiores empresas do Vale do Silício.

Em setembro passado, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou oficialmente o projeto de lei 1162 do Senado , que exige que as empresas da Califórnia com mais de 15 funcionários publiquem o salário de um cargo em seu anúncio de emprego. Da mesma forma, os funcionários atuais podem solicitar à empresa a tabela salarial de seu cargo.

A cidade de Nova York promulgou uma lei semelhante de transparência salarial no início deste ano, com apenas pequenos soluços , e o estado de Nova York também assinou uma lei estadual de transparência salarial . O Projeto de Lei do Senado 1162 foi projetado especificamente para lidar com as disparidades salariais entre homens e mulheres, de acordo com citações do governador Newsom, mas um efeito colateral não intencional da lei de transparência do estado é que agora ela esclarece quanto algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo pagam a seus trabalhadores.

O Gizmodo deu uma olhada em três vagas de emprego aleatórias da Meta , Apple e Tesla para descobrir quanto essas empresas estão pagando por cargos diferentes. Embora sites de anúncios de empregos, como o Indeed, ofereçam estimativas salariais, essas faixas salariais provavelmente são mais precisas, pois vêm diretamente da boca do cavalo.

Empregos na Califórnia com pagamento Meta :

Empregos na Califórnia na Apple pagam:

  • O envio, recebimento e liderança de correio requer mais de 5 anos de experiência em uma equipe de envio, recebimento e correio em ritmo acelerado ou ambiente semelhante: US$ 29,04 a US$ 43,59 por hora ( US$ 60.403,20 a US$ 90.667,20 por ano, assumindo uma semana de trabalho de 40 horas por 52 semanas);
  • Display Technologist “geralmente requer” um Ph.D. ou um mestrado com mais de 5 anos de experiência na área relevante: $ 113.500 e $ 207.000 por ano ;
  • Engenheiro de qualidade WiFi é uma posição de nível básico que requer pelo menos dois anos de experiência com protocolos 802.11 e/ou Bluetooth e metodologias e práticas de garantia de qualidade de software e requer apenas um diploma de bacharel: $ 113.500 e $ 171.000 por ano .

Empregos na Califórnia na Tesla pagam:

  • Solar Maintenance, Lead Roofer requer experiência geral em hardware e fiação, juntamente com habilidades de atendimento ao cliente e uma carteira de motorista válida: $ 14,63 a $ 52,62 por hora ( $ 30.430,40 a $ 109.449,60 por ano, assumindo uma semana de trabalho de 40 horas por 52 semanas);
  • O pintor automotivo requer pelo menos 5 anos de experiência em retoque de carros e você deve ter 18 anos ou mais: $ 18,24 a $ 82,08 por hora ( $ 37.939,20 a $ 170.726,40 assumindo uma semana de trabalho de 40 horas por 52 semanas);
  • Engenheiro de qualidade associado requer um diploma de bacharel em engenharia ou área técnica relacionada e disposição para viajar: $ 57.600 a $ 309.600 por ano.

As faixas salariais em alguns dos cargos são comicamente enormes, o que provavelmente não é bom para o funcionário em potencial se ele estiver recebendo uma oferta de emprego na extremidade inferior. Mas dá tanto à empresa quanto aos candidatos a emprego espaço de manobra para negociar. Cada uma dessas corporações tinha centenas de vagas de emprego apenas na Califórnia e o Gizmodo analisou mais algumas de cada empresa. Superficialmente, parecia que a Meta oferecia menos vagas para iniciantes do que a Apple e a Tesla. A Tesla, enquanto isso, parece estar se inclinando mais para posições que pagam por hora em vez de anualmente. E embora a Tesla tenha se posicionado como uma empresa de tecnologia, houve uma resistência recente entre os investidores, rotulando-a de montadora, não de tecnologia.