Twitter sob Elon Musk está morrendo de forma lenta e tediosa

Rede social está se tornando muito menos interessante
Jemima Kelly

Sob Musk, receitas do Twitter caíram e força de trabalho foi reduzida de 7.500 funcionários para 2.000 – Dado Ruvic/Reuters

FINANCIAL TIMES – Se Elon Musk está certo sobre o Twitter ser crucial para o futuro da civilização, então as coisas parecem sombrias para todos nós. As interrupções estão aumentando, as receitas de publicidade caíram e uma empresa que tinha uma força de trabalho de 7.500 funcionários há apenas quatro meses agora emprega apenas 2.000, após mais uma rodada de cortes de empregos.

Quando Musk assumiu a plataforma de rede social, em outubro, a pessoa às vezes mais rica do mundo disse que não estava fazendo aquilo para ganhar dinheiro, mas para “tentar ajudar a humanidade”. Ele estava determinado a melhorar o Twitter, disse, porque era “importante para o futuro da civilização ter uma praça pública digital, onde uma ampla gama de teorias pode ser discutida de maneira saudável”.

Ultimamente, não tenho visto Musk participar de muitos debates sérios –saudáveis ou não–, embora o tenha visto postando um monte de memes de terceira categoria e compartilhando novamente suas próprias piadas ruins. Eu me pergunto, também, se alguém que teria 80 engenheiros para ajustar o algoritmo para que seus tuítes fossem mais visíveis do que os do presidente dos Estados Unidos é realmente a pessoa que conseguirá salvar o Twitter e (segundo ele) o resto de nós.

De certa forma, porém, tudo isso não vem ao caso. Nunca esperei que Musk, quando assumiu o Twitter, de repente resistisse ao desejo de fazer piadas idiotas, nem parasse de fazer afirmações infundadas para seus 130 milhões de seguidores de maneira irresponsável, nem para se abster de usar a plataforma para seu próprio ganho pessoal. Também não esperava que ele fosse capaz –ou estivesse disposto– a permitir liberdade de expressão irrestrita na plataforma.

Além disso, o Twitter é mais como uma noite horrível de microfone aberto do que uma “praça digital”, então a ideia de que Musk poderia de alguma forma usá-lo para nos unir sempre me pareceu um tanto absurda. O que eu realmente esperava era que o Twitter simplesmente continuasse sendo tão ruim e tão bom quanto antes de Musk assumir.

Mas nos quatro meses desde a aquisição a plataforma parece ter piorado. Não é tanto, pelo menos para mim, que o conteúdo tenha se tornado mais ofensivo, ou mais agressivo, ou mais falso. Não se trata nem mesmo das falhas técnicas habituais –como a linha do tempo quebrada que muitos usuários encontraram quando visitaram o site na quarta-feira (1). De alguma forma, parece um lugar menos emocionante do que costumava ser; parece simplesmente um pouco… tedioso.

Numa tentativa de entender se essa visão era mais ampla, esta semana fiz uma pesquisa no Twitter para saber como as pessoas achavam que a plataforma havia mudado –ou não– nos quatro meses desde que Musk a comprou. Eu dei quatro respostas possíveis (que reconhecidamente podem ter sido ligeiramente negativas), orientadas pelo que eu já tinha visto e ouvido as pessoas dizerem sobre ele: “Está muito, mas muito pior”; “É marginalmente pior”; “Melhorou! Liberdade de expressão, meu bem!” e, por fim, “Não notei diferença”.

Após 24 horas, os resultados chegaram. Das mais de 2.000 pessoas que votaram, apenas 6% disseram que o Twitter melhorou desde a aquisição de Musk, com pouco mais de 17% dizendo que não notaram nenhuma diferença. Isso significa que mais de três quartos dos entrevistados sentiram que havia piorado: 31% optaram por “muito, muito pior”, e o maior grupo, 46%, disse que o Twitter piorou ligeiramente.

Esta é a minha experiência também. O Twitter está se tornando um produto menos interessante. Além de todas as falhas, bugs e interrupções, a experiência do usuário diminuiu visivelmente. A guia “Para você” selecionada por algoritmos que Musk lançou em janeiro se parece mais com outras plataformas de rede social –muitas fotos, vídeos e outros conteúdos virais que podem ser meio viciantes, mas também totalmente desprovidos de substância. Já temos Instagram para isso.

O Twitter também parou de permitir que aplicativos de terceiros –que têm sido parte integral da experiência do usuário e do próprio desenvolvimento do Twitter– acessem seus dados livremente, o que significa que a maioria desses aplicativos está extinta.

E, apesar de parecerem surgir muito mais anúncios do que antes, muitos anunciantes fugiram, causando uma queda nas receitas. Parece que os usuários podem estar fazendo o mesmo: de acordo com a empresa de inteligência de dados SimilarWeb, o tráfego total do Twitter caiu 2% em janeiro em relação ao ano anterior. Os dados completos definidos para fevereiro ainda não estão disponíveis, mas nos 28 dias até 25 de fevereiro, o tráfego caiu 5%.

Pode ter parecido invencível em certo ponto, mas o Twitter não podia durar para sempre –o efeito de rede que manteve todos nós na plataforma até agora sempre daria lugar a outra rede em algum momento. Quando a morte do Twitter finalmente chegar, não poderemos colocar toda a culpa em Musk. Poderemos, entretanto, culpá-lo por tornar a rede social tão tediosa.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

Nos EUA, CEO Shou Zi Chew do TikTok foi convocado a explicar relação com governo chinês

Companhia confirmou que funcionários tiveram acesso indevido a dados de jornalistas
Pedro S. Teixeira

Logo do TikTok aparece cercado por bandeiras da China.
O TikTok foi a primeira rede social chinesa a ganhar projeção nos Estados Unidos. Hoje, tem mais de 80 milhões de usuários norte-americanos, indicam estimativas – Florence Lo/Reuters

SÃO PAULO – O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, vai prestar depoimento ao Congresso dos EUA no dia 23 de março para esclarecer se o aplicativo coloca em risco a segurança de cidadãos norte-americanos.

A audiência foi convocada pela Comissão de Energia e Comércio do Congresso Americano para tratar também da relação da rede social com o Partido Comunista Chinês (PCC) e do impacto sobre crianças, logo após os republicanos assumirem maioria na Câmara neste ano.

Desde outubro, a controladora do TikTok, ByteDance, é alvo de denúncias de espionar jornalistas norte-americanos. Em dezembro, confirmou à revista Forbes que funcionários acessaram dados de plataforma para espionar jornalistas do Financial Times e do BuzzFeed News.

O TikTok, desde então, tem enfatizado sua política de transparência e foi, por exemplo, a primeira rede social a mostrar partes de seu código fonte a um grupo de jornalistas dos EUA, em fevereiro.

À Folha, a representação brasileira da ByteDance diz que vai compartilhar seus planos na audiência e espera uma abordagem mais deliberativa por parte dos parlamentares.

“Agradecemos a oportunidade de podermos, diante da Comissão de Energia e Comércio da Câmara dos Estados Unidos, oferecer esclarecimentos a respeito do TikTok, da Bytedance, e do compromisso que estamos adotando para abordar as preocupações dos parlamentares americanos com a segurança nacional”, afirma.

A rede social está na mira da administração norte-americana desde o governo do republicano Donald Trump, que tentou pressionar, em 2020, a venda da operação local da empresa a uma companhia nacional. Estiveram no jogo Microsoft e Oracle, mas a ByteDance decidiu resistir na Justiça.

O democrata Joe Biden travou as negociações depois de assumir em 2021. Atualmente, a empresa negocia um acordo para manter o tratamento de dados do aplicativo nos Estados Unidos em território norte-americano.

“Há uma série de medidas técnicas, de arquitetura de redes e design do fluxo de dados, que pode trazer mais conforto aos EUA”, diz Rafael Zanatta, diretor da Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa.

A comissão parlamentar alega que já ouviu representantes de outras gigantes da tecnologia como Twitter, Facebook e Google —”as big techs são cada vez mais uma força destrutiva na sociedade norte-americana”, afirmaram em nota.

Entenda o que está por trás do julgamento.

Como surgiram as acusações contra o TikTok de risco a segurança de dados?
A revista Forbes denunciou, em outubro, planos da ByteDance para monitorar a localização de cidadãos norte-americanos que supostamente representassem perigo à empresa. O responsável pelo projeto seria o executivo de auditoria interna e controle de riscos Song Ye.

O foco do projeto seria nos funcionários da empresa, mas documentos aos quais a Forbes teve acesso indicaram que ao menos duas pessoas de fora da big tech foram espionadas.

Na ocasião, a empresa não especificou se visava vigiar membros do governo, funcionários estatais ou outros atores da sociedade civil, mas, em dezembro, confirmou que os alvos da arapongagem eram jornalistas do Financial Times e do Buzzfeed News.

Segundo a empresa, o motivo teria sido a apuração de um possível caso de vazamento de informações à imprensa. Os quatro funcionários que acessaram dados indevidamente foram demitidos.

O uso de metadados com objetivos econômicos é comum, mas as finalidades devem ser apresentadas ao titular de dados de forma clara, de acordo com Rafael Zanatta, da Data Privacy Brasil. “A utilização para fins de monitoramento sistemática de uma pessoa para fins de produção de relatórios individualizados é uma violação de direitos fundamentais”.

Quais dados foram consultados pela equipe do TikTok?
O TikTok não armazena dados de geolocalização. Para inferir a localidade aproximada do alvo de espionagem a empresa teria cruzado endereço de IP (espécie de rastro deixado na internet) com outras informações pessoais.

No Brasil, os dados de geolocalização não são considerados sensíveis e podem ser tratados com fins específicos. Alguns estados norte-americanos, como a Califórnia, porém, consideram crime o vazamento de informações georreferenciadas.

Após as denúncias da Forbes, parlamentares dos EUA indicaram preocupação com a segurança dos dados de usuários e com o acesso de funcionários chineses da empresa a informações sobre norte-americanos.

Como reagiu o Congresso norte-americano?
No fim de 2022, o Senado aprovou um projeto de lei para vetar o uso de TikTok em todos os dispositivos cedidos pelo governo dos EUA. O presidente Joe Biden sancionou a legislação em 30 de dezembro de 2022.

Três legisladores republicanos ainda propuseram proibir o funcionamento da rede social de vídeos curtos em território norte-americano.

O depoimento do CEO Shou Zi Chew foi determinado pela Comissão de Energia e Comércio do Congresso Americano, logo após os republicanos assumirem maioria na Câmara neste ano. A comissão, entretanto, é dividida igualmente entre os dois principais partidos da maior economia do mundo —são 26 democratas e 26 republicanos.

Segundo o professor de direito internacional José Augusto Fontoura, da USP, a política de barrar os negócios chineses é um dos poucos consensos entre os dois partidos dos Estados Unidos.

O TikTok representa um risco à hegemonia econômica dos EUA nas aplicações de internet. “Há pesquisas que mostram que, enquanto Instagram cresceu 40% de sua base entre 2018 e 2021, o TikTok cresceu mais de 600%”, diz Zanatta, do DataPrivacy Brasil.

Como o TikTok tem respondido?
Uma pessoa familiarizada com o escritório do TikTok nos EUA diz que representantes da rede social têm reforçado o diálogo com parlamentares para apresentar propostas para reforçar a proteção de dados. Uma delas seria manter todo o tratamento de dados de norte-americanos no aplicativo sob jurisdição dos Estados Unidos.

A gigante chinesa ByteDance também tem investido em ações para ressaltar sua transparência. No início de fevereiro, a empresa convidou jornalistas dos Estados Unidos para visitar seu centro de transparência. Lá, mostrou aos repórteres o código fonte do aplicativo —foi a primeira vez que uma big tech tomou essa iniciativa.

De acordo com o jornalista especializado na cobertura de redes sociais Casey Newton, podcaster do New York Times, os trechos reforçavam noções antigas sobre essas plataformas —elas são desenhadas para reter a audiência o maior tempo possível. “Não foi possível ver muito além disso”.

Conforme Newton, o grande problema continua a ser o armazenamento de dados de norte-americanos por uma empresa à mercê da ditadura chinesa.

De acordo com o diretor da Data Privacy Brasil Rafael Zanatta, obrigações de transparência e accountability são o elemento central de projetos de lei que buscam regular plataformas como TikTok.

Pressão sobre TikTok começou agora?
A ofensiva contra o aplicativo chinês começou ainda no governo de Donald Trump, encerrado em janeiro de 2021, que também citava preocupações com a segurança nacional.

Trump ameaçou vetar o aplicativo nos Estados Unidos para tentar forçar a compra da rede social de vídeos por empresas norte-americanas. Entraram na disputa Microsoft e Oracle —essa última teve mais sucesso.

Ao mesmo tempo, a ByteDance trava uma disputa judicial com o Departamento de Comércio dos EUA para evitar o encerramento das atividades no país.

O presidente Joe Biden travou em fevereiro de 2021 os esforços de Oracle e Walmart, que haviam fechado um consórcio, para comprar a operação norte-americana do TikTok.

O que o governo norte-americano pode fazer?
Caso retome os planos de forçar aquisição da operação norte-americana do TikTok, o governo norte-americano pode separar a operação tanto em termos técnicos e operacionais, quanto de controle comercial, de acordo com o especialista José Augusto Fontoura.

Isso não afetaria a operação brasileira do aplicativo, que continuaria sob controle dos donos chineses. Além disso, o escritório do TikTok nos EUA não trabalha com a possibilidade de banimento no país após receber sinais positivos de legisladores locais, segundo um interlocutor.

Quais interesses estão em jogo?
Hoje, há uma disputa de interesses entre China e Estados Unidos em diversos setores da economia, o que inclui as redes sociais. Por isso, Fontoura diz que o embate político pode ter majorado os efeitos de um ilícito cometido pelo TikTok.

“Não acho que os chineses sejam santos, mas duvido que Facebook, WhatsApp e outras redes não usem indevidamente os dados”, diz o professor de direito da USP.

Por outro lado, todas essas redes sociais e outras mais com administração nos Estados Unidos são banidas na China.

Zanatta, do DataPrivacy Brasil, lembra da denúncia de Edward Snowden sobre o programa de vigilância PRISM, operado pela agência norte-americana NSA (Agência Nacional de Segurança, em tradução livre), que vasculhava dados de Gmail, Youtube e no chat do Facebook.

A Suprema Corte da Alemanha também julgou, em 2023, que o uso de dados pessoais para prevenir crimes é irregular, em caso que envolveu a empresa norte-americana Palantir

Facebook e Instagram iniciam assinatura paga na Austrália e Nova Zelândia

Países servirão de teste para novo serviço de verificação
Por AFP — Camberra

Mensagem no Facebook apresentando o serviço Meta Verified em Melbourne em 24 de fevereiro de 2023 – Foto: William West / AFP

A Meta lançou, nesta sexta-feira (24), a assinatura paga do Facebook e Instagram na Austrália e na Nova Zelândia, países que servirão de teste para esse novo serviço de verificação até então gratuito nessas redes sociais.

Diante da queda nas receitas publicitárias, a empresa matriz do Facebook e do Instagram lançou um teste piloto dessa assinatura paga nesses países oceânicos antes de lançá-la em outros mercados.

O serviço custará US$ 11,99 (R$ 61,60) na web e US$ 14,99 (R$ 77,01) nas plataformas móveis iOS e Android.

A partir desta sexta-feira, os usuários desses países que apresentarem seus documentos de identidade poderão solicitar um selo para garantir sua autenticidade e obter maior proteção contra falsificações, acesso direto ao atendimento ao cliente e mais visibilidade, segundo a Meta.

“Estamos disponibilizando gradualmente o acesso ao Meta Verified no Facebook e Instagram e esperamos atingir 100% de disponibilidade nos primeiros sete dias após o lançamento”, disse um porta-voz da empresa à AFP.

O Meta Verified não estava disponível em Sydney no primeiro dia de lançamento, após várias tentativas de acesso ao serviço.

“Esta nova ferramenta tenta aumentar a autenticidade e segurança dos nossos serviços”, afirmou o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em comunicado publicado nestas redes sociais.

Também permitirá que a Meta obtenha novos lucros de seus 2 bilhões de usuários.

Especialistas acreditam que o exército de criadores de conteúdo, influenciadores e celebridades que dependem dessas redes podem ser os principais usuários desse serviço, já que muitos reclamam das dificuldades na resolução de problemas técnicos e administrativos.

Jonathon Hutchinson, professor de comunicação digital da Universidade de Sydney, acredita que esse “serviço VIP” pode ser “uma proposta de valor para um criador de conteúdo”.

Mas antes do lançamento, os usuários comuns pareciam menos entusiasmados.

“Acho que a maioria dos meus amigos vai rir disso”, disse Ainsley Jade, uma usuária de 35 anos de Sydney. “Eu definitivamente não pagaria por isso, de jeito nenhum”, acrescentou.

Alguns analistas também ficaram surpresos com a adoção do serviço de verificação pela Meta semanas depois de seu rival Twitter ter feito o mesmo, com resultados abaixo do esperado.

Instagram lança um novo recurso de chat de transmissão chamado ‘Canais’

Aisha Malik @ aishamalik1 

Créditos da imagem: Instagram

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou hoje que a empresa está lançando um novo recurso de transmissão de bate-papo no Instagram chamado “Canais”. O recurso permite que os criadores compartilhem mensagens públicas de um para muitos para interagir diretamente com seus seguidores. Os canais suportam texto, imagens, enquetes, reações e muito mais. Zuckerberg anunciou o recurso iniciando seu próprio canal de transmissão, onde planeja compartilhar as atualizações do Meta daqui para frente.

O Instagram está começando a testar canais com criadores selecionados nos EUA hoje e planeja expandir o recurso nos próximos meses. Os criadores podem usar canais de transmissão para ajudar os seguidores a se manterem atualizados e ver os momentos dos bastidores. O Instagram observa que apenas os criadores podem postar em canais de transmissão e que os seguidores só têm a capacidade de reagir ao conteúdo e participar de enquetes.

Nos próximos meses, o Instagram planeja adicionar mais recursos aos canais de transmissão, como a capacidade de trazer outro criador de conteúdo para o canal para discutir as próximas colaborações e coletar perguntas para um AMA por meio de prompts de perguntas.

O novo recurso oferece aos criadores uma nova maneira de atualizar seus seguidores no aplicativo. No passado, os criadores geralmente postavam uma história para compartilhar notícias e atualizações com seus seguidores, mas agora eles têm a opção de usar uma maneira mais direta de interagir com seus fãs. O recurso também permite que os criadores obtenham feedback sobre certas coisas e promovam seu conteúdo.

Créditos da imagem: Instagram

Embora a Meta esteja lançando canais primeiro no Instagram, a empresa planeja trazer o recurso para o Messenger e o Facebook nos próximos meses, de acordo com Zuckerberg.

Depois que um criador obtém acesso aos canais, ele pode iniciar um na caixa de entrada do Instagram. Depois de enviar a primeira mensagem, seus seguidores receberão uma notificação única para entrar no canal. Quando o canal está ao vivo, os criadores também podem incentivar seus seguidores a participar usando o adesivo “participar do canal” no Stories. Em breve, os criadores poderão fixar seus canais em seus perfis.

Todos os usuários da rede social podem descobrir os canais de transmissão e visualizar o conteúdo, mas apenas os seguidores que entrarem no canal receberão notificações quando o criador publicar atualizações. Os seguidores podem sair ou silenciar os canais de transmissão a qualquer momento e também podem controlar suas notificações dos criadores.

Os criadores que fazem parte do teste inicial incluem Austin Sprinz ( @austin_sprinz) , Chloe Kim ( @chloekim ) , David Allen ( @ToTouchanEmu ) , FaZe Rug, ( @fazerug ) , Flau’jae Johnson,  ( @flaujae ) , Gilbert Burns ( @gilbert_burns ) , Josh Richards ( @joshrichards ) , Karen Cheng ( @karenxcheng ) , Katie Feeney ( @katiefeeneyy ) , Lonnie IIV ( @LonnieIIV ) , Mackenzie Dern ( @mackenziedern ) , Mikaela Shiffrin,( @mikaelashiffrin) , Tank Sinatra ( @tank.sinatra ) e Valkyrae ( @valkyrae ).

Os canais de transmissão estão sujeitos às diretrizes da comunidade do Instagram, e as pessoas podem denunciar o próprio canal de transmissão ou conteúdo específico compartilhado no canal, que pode ser removido se for contra as políticas da Meta. A empresa diz que os canais de transmissão são projetados para experiências de bate-papo públicas e detectáveis, portanto, são tratados de maneira diferente das  mensagens privadas no Instagram. A Meta observa que possui ferramentas e revisores para ajudar a identificar, revisar ou remover conteúdo em canais de transmissão que possam violar suas diretrizes.

Organizações LGBTQ relatam um aumento recente no ódio no Twitter

Taylor Hatmaker @ tayhatmaker 

Créditos da imagem: Bryce Durbin / TechCrunch

O Twitter ainda está nos primórdios da era Elon Musk, mas o novo dono da empresa não hesita em deixar sua marca na rede social.

De acordo com uma nova pesquisa da GLAAD, da Anistia Internacional e da Human Rights Campaign, contas LGBTQ proeminentes já estão percebendo uma diferença na plataforma sob a liderança de Musk.

Das 11 organizações LGBT pesquisadas, cinco relataram sofrer abusos e discursos de ódio mais frequentes após a aquisição de Musk no final de outubro. Nenhum dos grupos viu uma diminuição no ódio direcionado durante o mesmo período.

Quando perguntados se sua organização havia encontrado um aumento semelhante no ódio em outras redes sociais, 90% dos entrevistados disseram que o aumento do assédio se limitou ao Twitter. Todas as organizações relataram ter encontrado discurso de ódio e assédio no Twitter, seja nas eras pré ou pós-Musk.

A pesquisa, que se concentrou em contas com mais de 10.000 seguidores, está longe de ser abrangente, mas foi projetada para capturar um “instantâneo” do cenário da mídia social nos primeiros meses após a aquisição de US$ 44 bilhões por Musk. Depois de comprar o Twitter, Musk rapidamente reverteu muitas das decisões de moderação de conteúdo da empresa, incluindo alguns casos de alto perfil que estabeleceram um precedente sinistro para muitos usuários LGBTQ da plataforma.

Em novembro, o Twitter restabeleceu o acadêmico de direita Jordan Peterson e The Babylon Bee, duas contas originalmente suspensas por tweets transfóbicos sobre o ator transgênero Elliot Page e a oficial de saúde dos EUA Rachel Levine, respectivamente. Musk já havia caracterizado a infração de Peterson como “menor e duvidosa”, sinalizando seu interesse em reverter as suspensões relacionadas a LGBTQ.

Um relatório da GLAAD e da Media Matters publicado em dezembro rastreou um punhado de contas populares de direita no Twitter e encontrou um aumento pós-Musk no uso da palavra “groomer” – um insulto cada vez mais prevalente que rotula as pessoas queer como pedófilas. Antes de Musk afrouxar as regras da plataforma sobre ódio, o Twitter classificou o termo como uma calúnia anti-LGBTQ proibida .

Em dezembro, o próprio Musk fez a sugestão infundada de que Yoel Roth, o respeitado ex-chefe de Confiança e Segurança do Twitter, era um pedófilo, dando início a uma tempestade de assédio anti-LGBTQ que acabou levando o ex-executivo gay do Twitter para fora de sua Bay Area. lar.

“… Essa mentira levou diretamente a uma onda de ameaças homofóbicas e anti-semitas, das quais o Twitter removeu muito pouco… [e] finalmente tive que deixar minha casa e vendê-la”, disse Roth ao Congresso no início desta semana.

“Essas são as consequências desse tipo de assédio e discurso online.”

Elon Musk demite engenheiro que apontou queda na popularidade do bilionário no Twitter

Segundo site especializado, fundador da Tesla convocou reunião para entender baixa no seu engajamento na plataforma

Créditos da imagem: TechCrunch

O bilionário Elon Musk demitiu um engenheiro que apontou queda na popularidade do empresário no Twitter. Segundo informações obtidas pelo site especializado Platformer, reveladas nesta quinta-feira, 9, o fundador da Tesla passou as últimas semanas obcecado com o próprio engajamento na plataforma, comprada por ele em outubro de 2022 por US$ 44 bilhões.

Na terça-feira, 7, Musk teria convocado uma reunião com engenheiros do Twitter para entender por que o alcance dos tuítes do bilionário estaria caindo nos últimos meses. “Isso é ridículo”, teria dito, segundo fontes consultadas pelo Platformer. “Tenho mais de 100 milhões de seguidores, mas estou recebendo apenas dezenas de milhares de visualizações.”

Em seguida, funcionários do Twitter montaram relatórios para analisar os dados de audiência do bilionário na rede social, no qual os números apontavam que, em abril, o perfil de Musk atingiu o pico de audiência — foi o mês em que o bilionário anunciou a intenção de comprar a empresa.

Além disso, os desenvolvedores procuraram indícios de que o algoritmo do Twitter estaria reduzindo o alcance dos tuítes de Musk. Nenhuma prova foi encontrada, no entanto.

Buscando dar uma razão ao baixo engajamento, um engenheiro apontou que talvez o interesse público em Musk estivesse em queda. Em resposta, o bilionário demitiu o funcionário, diz o Platformer.

Visualização em tuítes

A impressão de que o engajamento está em queda vem de um recurso adicionado por Elon Musk ao Twitter. Desde dezembro, cada tuíte publicado apresenta o número de “impressões”, isto é, visualizações do post.

Segundo Musk, a intenção é mostrar para o mundo o quão viralizável pode ser uma publicação no Twitter. “(O recurso) ostra o quão mais vivo é o Twitter do que parece, já que 90% dos usuários leem, mas não tuitam, respondem ou curtem os tuítes, já que são atos públicos”, escreveu o bilionário à época.

Especialistas apontam que usuários tendem a não publicar na rede social ao ver que seus números não são satisfatórios. Segundo o Platformer, o uso do Twitter nos Estados Unidos caiu 9% desde que a função foi adotada na plataforma.

Twitter de Elon Musk atingido por processo de discurso de ódio por negação do holocausto na Alemanha

Natasha Lomas @ riptari

Créditos da imagem: Bryce Durbin / TechCrunch

O proprietário do Twitter e autoproclamado “ absolutista da liberdade de expressão ”, Elon Musk, está enfrentando um processo legal na Alemanha sobre como a plataforma lida com o discurso de ódio anti-semita.

A ação , que foi movida ontem no tribunal regional de Berlim pelo HateAid, um grupo que faz campanha contra o discurso de ódio, e a União Europeia de Estudantes Judeus (EUJS), argumenta que o Twitter de propriedade de Musk não está cumprindo suas próprias regras contra conteúdo anti-semita. , incluindo a negação do holocausto.

A negação do Holocausto é um crime na Alemanha – que tem leis rígidas que proíbem o discurso de ódio anti-semita – tornando o tribunal de Berlim uma arena atraente para ouvir tal desafio.

“[A]mbora o Twitter proíba as hostilidades anti-semitas em suas regras e políticas, a plataforma deixa muito desse conteúdo online. Mesmo que a plataforma seja alertada sobre isso pelos usuários”, argumentam os litigantes. “Estudos atuais provam que 84% das postagens contendo discurso de ódio anti-semita não foram revisadas pelas plataformas de mídia social, conforme mostrado em um estudo do Center for Countering Digital Hate . O que significa que o Twitter sabe que os judeus estão sendo atacados publicamente na plataforma todos os dias e que o anti-semitismo está se tornando uma normalidade em nossa sociedade. E que a resposta da plataforma não é de forma alguma adequada.”

De sua parte, Musk afirmou repetidamente que o Twitter respeitará todas as leis dos países onde opera ( incluindo as leis europeias de discurso ). Embora ele ainda não tenha feito nenhum comentário público sobre esse processo específico.

Desde que o CEO da Tesla assumiu o Twitter no final de outubro , ele reduziu drasticamente o número de funcionários do Twitter, inclusive nas principais funções de segurança, como moderação de conteúdo – também reduzindo a equipe em escritórios regionais na Europa, inclusive na Alemanha. Além disso, ele dissolveu totalmente o Conselho de Confiança e Segurança do Twitter e restabeleceu dezenas de contas que haviam sido banidas anteriormente por quebrar as regras do Twitter – criando condições que parecem ideais para o discurso de ódio florescer sem controle.

Ao longo dos quase três meses de Musk como CEO do Twitter, houve relatos anedóticos – e alguns estudos – sugerindo um aumento do ódio na plataforma. Enquanto muitos ex-usuários culparam o aumento do ódio e do abuso por abandonar a plataforma desde que ele assumiu.

Notavelmente, o processo está focado em exemplos de discurso de ódio que foram postados no Twitter nos últimos três meses desde que Musk estava no comando, de acordo com a Bloomberg , que relatou o litígio anteriormente.

Portanto, parece um teste legal interessante para Musk, pois o processo aplica uma lente externa a como a plataforma está aplicando políticas anti-discurso de ódio em uma era de reconfiguração operacional errática (e drástica) sob a supervisão do novo proprietário.

Enquanto o libertário bilionário geralmente tenta desviar as críticas de que está levando o Twitter para águas tóxicas – por meio de uma mistura de negação , pesca de incentivo, ataques direcionados a críticos e auto-engrandecimento contínuo (do que ele descreve como um esforço quase neo-iluminista para ser uma serva para o futuro da civilização humana, ‘libertando o pássaro’, como ele expressa seu discurso no Twitter ‘reformas’) – ele admitiu uma onda inicial de ódio na plataforma em novembro.

Na época, tuitar um gráfico para ilustrar uma alegação de que os engenheiros do Twitter haviam conseguido reduzir as impressões de discurso de ódio a um terço menos do que os “níveis pré-picos” (como ele batizou o súbito aumento do ódio visto no período logo após sua aquisição da Twitter). Embora ele também tenha sugerido que o pico estava vinculado apenas a um pequeno número de contas, em vez de qualquer redução mais ampla na eficácia da moderação de conteúdo desde que ele assumiu e começou a rasgar o livro de regras existente.

Embora Musk pareça gostar de cultivar a impressão de que é um “absolutista da liberdade de expressão”, a verdade, como sempre com o caubói espacial, parece muito menos binária.

Por exemplo, no Twitter, ele tomou uma série de decisões aparentemente unilaterais e arbitrárias sobre censurar (ou não) certas postagens e/ou contas – incluindo, inicialmente, desbanir Kanye West (também conhecido como Ye) e depois bani-lo novamente por twittar uma imagem de uma suástica com uma estrela de David; sendo o último um símbolo do judaísmo, o primeiro um emblema nazista.

Ou desbanir a conta do ex-presidente dos EUA Donald Trump, que foi suspensa após o violento ataque à capital dos EUA por partidários de Trump – mas se recusando firmemente a restabelecer o pregador do ódio do InfoWars, Alex Jones, já que Musk parece se opor à infame falsidade da conspiração de Jones de que crianças que morreram no tiroteio na escola Sandy Hook eram atores.

Outras decisões tomadas por Musk em relação à moderação de conteúdo do Twitter parecem ser motivadas puramente por interesse próprio – como banir uma conta que twittou a localização de seu jato particular (que ele apelidou de “coordenadas de assassinato”). No ano passado, ele também suspendeu vários jornalistas que relataram o episódio, argumentando que suas reportagens tinham as mesmas implicações para sua segurança pessoal – antes de mudar de rumo diante de uma tempestade de críticas de que ele estava censurando a imprensa livre .

No entanto, quando não baniu jornalistas, Musk literalmente convidou vários hackers escolhidos a dedo para vasculhar documentos internos – e publicar o que ele chamou de “arquivos do Twitter” – no que parece uma tentativa nua (mas muito tediosa) de moldar o narrativa sobre como a antiga liderança da plataforma lidou com a moderação de conteúdo e questões relacionadas, como entrada de agências estaduais solicitando remoção de tweets, etc.; e jogue combustível nas teorias da conspiração conservadoras que reivindicam o shadowban sistemático e/ou rebaixamento de seu conteúdo contra as visões liberais.

(Considerando que pesquisas reais conduzidas pelo Twitter, pré-Musk, olhando para sua amplificação algorítmica de tweets políticos descobriram, pelo contrário, seus AIs realmente dão mais elevação às visões de direita, concluindo: “Em 6 de 7 países estudados, o mainstream a direita política desfruta de maior amplificação algorítmica do que a esquerda política dominante.” Mas quem se importa com dados não escolhidos a dedo, certo?)

Sobre abuso e ódio, Musk também é bastante capaz de distribuí-lo no Twitter – usando sua tática de megafonar trolling e zombar de grupos vulneráveis ​​(ou “wokism”) para jogar carne vermelha para sua base de direita às custas de pessoas que correm um risco desproporcional de serem abusados, como as pessoas trans e não binárias cujos pronomes ele zombou deliberadamente.

Musk também se rebaixou a twittar e/ou amplificar ataques direcionados a indivíduos que levaram a ataques abusivos de seus seguidores – como o que forçou o ex-chefe de confiança e segurança do Twitter, Yoel Roth, a fugir de sua própria casa. Então, hipocrisia sobre riscos de segurança pessoal? Muitíssimo.

Mesmo um observador casual de Musk-Twitter certamente concluiria que há uma falta de consistência na tomada de decisão do Chief Twit – o que, se essa arbitrariedade se infiltrar na aplicação irregular e parcial das políticas da plataforma, significa uma má notícia para a confiança e segurança do Twitter. usuários (e RIP para qualquer conceito de ‘saúde conversacional’ na plataforma).

Se as inconsistências de Musk também levarão a uma ordem judicial na Alemanha exigindo que o Twitter elimine o discurso de ódio ilegal, por meio deste processo HateAid-EUJS, ainda não se sabe.

“As ações do Twitter são baseadas apenas em regras próprias e pouco transparentes, contando com o fato de que os usuários não têm chance de apelar – por exemplo, quando se trata da não exclusão de incitações ao ódio”, argumenta Josephine Ballon, chefe do jurídico para HateAid em um comunicado.

“Não houve nenhum caso em que uma rede social tenha sido processada por isso pelas autoridades. É por isso que a sociedade civil precisa se envolver, buscando formas de exigir a remoção desse conteúdo. Nós, como ONG, agimos como representantes das comunidades afetadas que estão diariamente sujeitas à hostilidade e incitação ao ódio. Assim, podemos aumentar a pressão nas plataformas a longo prazo.”

Curiosamente, o processo não parece estar sendo movido sob a lei de remoção de discurso de ódio de longa data da Alemanha – também conhecida como NetzDG – que, pelo menos no papel, dá aos reguladores o poder de sancionar plataformas em até dezenas de milhões de dólares se não conseguirem rapidamente remover conteúdo ilegal que é relatado a eles.

Mas, como Ballon observa, não houve nenhum processo da NetzDG relacionado a violações de remoção de conteúdo (embora o aplicativo de mensagens Telegram tenha sido recentemente multado em uma pequena quantia por violações relacionadas à falta de canais de denúncia adequados ou representação legal).

Um advogado local com quem conversamos, que não está diretamente envolvido no caso HateAid-EUJS, sugeriu que houve uma espécie de acordo tácito entre as autoridades federais e a empresa de mídia social de que a Alemanha não aplicaria o NetzDG na questão da moderação de conteúdo – também com um de olho na nova regulamentação digital da UE, já que a Lei de Serviços Digitais, que começa a ser aplicada ainda este ano para plataformas maiores, harmoniza as regras de governança e relatórios de conteúdo em todo o bloco sob uma única estrutura pan-UE que deve substituir o antigo regime alemão de regulamentação do discurso de ódio .

De sua parte, os litigantes neste caso de discurso de ódio contra o Twitter dizem que querem obter clareza legal sobre se indivíduos (e grupos de defesa) podem processar em tribunal pela remoção de “conteúdo punível, anti-semita e incitante” – como a negação do Holocausto – mesmo quando não são pessoalmente insultados ou ameaçados pelo conteúdo.

Em uma FAQ em uma página da web detalhando seus argumentos, eles explicam [ênfase deles]:

Se podemos exigir isso, isso será decidido pelo tribunal. Até o momento, não está claro até que ponto os usuários do Twitter, com base nas regras e políticas do Twitter, têm o direito de exigir a exclusão de tal conteúdo nos casos em que eles próprios não sejam afetados. Acreditamos que o Twitter deve cumprir suas próprias regras, das quais se vangloria em seus termos de contrato – remover postagens anti-semitas e garantir que os judeus se sintam seguros na plataforma. 

Com nossa ação, cumprimos as promessas contratuais do Twitter. Acreditamos que as plataformas devem excluir o conteúdo anti-semita  – obviamente, a plataforma precisa ser compelida a fazê-lo. 

Se forem bem-sucedidos, eles dizem que esperam que seja mais fácil para os usuários reivindicar seus direitos de exclusão de conteúdo ilegal também contra outras plataformas importantes. Portanto, pode haver implicações mais amplas se o processo prevalecer. 

“ Com esse processo fundamental, queremos que os tribunais estabeleçam claramente que plataformas como o Twitter já são obrigadas a proteger os usuários da violência digital antissemita com base em seus próprios acordos de uso”, acrescentam. “Tal julgamento tornará mais fácil para os usuários fazerem valer seus direitos contra os principais operadores de plataformas no futuro. O princípio por trás disso é simples: se os termos do contrato estabelecem que o discurso de ódio é proibido, o Twitter deve ao usuário removê-lo. Isso poderia ser aplicado, por exemplo, por ONGs como a HateAid para tornar a Internet mais segura.”

O Twitter foi contatado para uma resposta ao processo – mas desde que Musk assumiu a plataforma, abandonou a função de comunicação externa de rotina e ainda não respondeu a nenhum dos pedidos de comentário do TechCrunch. (Mas nós ainda perguntamos.)

Vale a pena notar que, antes de Musk, o Twitter também não recebia aplausos esmagadores pelo sucesso no combate ao discurso de ódio ilegal.

Em novembro, o relatório mais recente da UE monitorando o código de discurso anti-ódio do bloco– um acordo voluntário com o qual o Twitter e várias outras plataformas de mídia social assinaram há anos – descobriu que, antes da aquisição de Musk, o Twitter estava tendo um desempenho relativamente ruim em relação a outros signatários quando se tratava de responder rapidamente a relatos de discurso de ódio ilegal. , com a Comissão informando que removeu apenas 45,4% desse conteúdo em 24 horas (contra uma taxa de remoção agregada de 63,6%). Enquanto, durante o período monitorado de 28 de março a 13 de maio, o Twitter recebeu o segundo maior número de denúncias de discurso de ódio ilegal (o Facebook obteve a maior parte) – relatando pouco menos de 1.100 denúncias. Portanto, parecia estar hospedando uma quantidade relativamente grande de discurso de ódio ilegal (vs plataformas de pares) e ficando atrás de seus rivais na rapidez com que excluía coisas tóxicas.

Portanto, certamente será interessante ver o estado dessas métricas quando (ou se) o Twitter de propriedade de Musk relatar um novo lote de dados à Comissão ainda este ano.

Instagram desiste da aba “Loja” e reorganiza menu de navegação

Instagram anunciou hoje que, a partir de fevereiro, o app apresentará um menu de navegação reorganizado, agora com o retorno do botão “Criar” (ilustrado pelo ícone “+”) centralizado, tal como costumava ser até o último redesenho apresentado em 2020.

Foto de Deeksha Pahariya no Unsplash

A exclusão da aba “Loja” faz também com que o botão do Reels, atualmente em destaque no centro do menu, seja colocado à direita do botão “Criar”, que atualmente está posicionado no topo da página inicial, ao lado do ícone de notificações. Segundo Adam Mosseri (CEO1 do Instagram) e a declaração oficial do Instagram, a mudança tem como objetivo “facilitar a forma como as pessoas criam, são entretidas e se conectam com amigos e coisas que amam”.

A confirmação vem meses após rumores corroborados em setembro de 2021, que cogitaram a mudança após testes com determinados usuários submetidos à nova proposta de reorganização do menu de navegação. O mais curioso é que, ainda em 2020, como resposta ao impacto econômico imediato da pandemia a pequenas marcas e comerciantes, o Instagram havia anunciado o recurso “Loja” com a aba em destaque no menu de navegação para que as empresas de comércio eletrônico pudessem expor seus produtos em uma vitrine única, propondo incentivos ainda mais urgentes para a compra de produtos através do aplicativo. Na época, a mudança fez com que o botão “Criar” saísse do menu de navegação e fosse para o topo das telas inicial e de perfil — um completo contrassenso à experiência de criação de conteúdo proposta pelo aplicativo —, o que gerou uma grande revolta momentânea entre muitos usuários da rede.

No entanto, as “curiosidades” não param por aí. 🤭 A proposta de reorganização do menu também chega após os polêmicos pronunciamentos das irmãs Kardashian que, no último ano, denunciaram a tentativa de transformação do Instagram em uma experiência similar, senão idêntica, à do concorrente TikTok, orientando o foco do aplicativo à criação e ao compartilhamento de vídeos curtos e recomendações de conteúdos de vídeo supostamente relevantes ao usuário — o que acabaria por ofuscar ainda mais as impressões (distribuição) de publicações no formato de imagem, que continuam gerando um engajamento demasiado representativo apesar dos esforços contrários do Instagram.

Na ocasião, em resposta ao descontentamento e protestos de uma parcela considerável de usuários demonstrados em diferentes redes sociais, Mosseri veio a público esclarecer que o Instagram se comprometeria a corrigir a falha no sistema de recomendação de conteúdos e afirmou que os vídeos ainda continuariam sendo uma das grandes prioridades da rede social por se tratarem de um formato de conteúdo que as pessoas têm demonstrado mais interesse em consumir ao longo do tempo.

Todos estes esforços, não à toa, serviriam para amenizar a dificuldade da rede em agradar, sobretudo, os pequenos criadores de conteúdo, uma grande parcela de usuários que sustenta o engajamento capilarizado da rede e que depende de uma distribuição mais ampla de seus porque dependem da monetização dos seus conteúdos para sustentarem suas profissões.

Ainda com o redesenho do menu e a dissolução da aba “Loja”, o recurso não irá desaparecer. De acordo com a publicação de Mosseri sobre a mudança, usuários poderão continuar interagindo e serem orientados à compra de produtos por outros meios dentro do Instagram, tal como através do feed (página inicial), Stories, Reels e anúncios. Isso porque as publicações do Instagram ainda contam com o recurso chamado “Compras” — etiquetas de produtos com nome e preço que direcionam usuários a uma página específica com mais detalhes, coleções e ofertas relacionadas; que, no caso do Brasil, direciona o usuário ao ecommerce do anunciante onde o produto pode ser adquirido, diferentemente de outros países contemplados pelas funcionalidades de compras internas de produtos na rede. [MacMagazine]

O Twitter sofreu uma interrupção depois que Elon Musk fez mudanças ‘significativas’ na arquitetura do servidor de back-end

Manish Singh @ refsrc

Créditos da imagem: Bryce Durbin/TechCrunch

O Twitter resolveu um problema que causou uma interrupção generalizada na quarta-feira (horário do Pacífico), de acordo com a ferramenta de monitoramento da web DownDetector. O site agiu de forma estranha por mais de cinco horas para muitos usuários. Nossa história original segue.

Se o Twitter não está carregando bem para você, você não está sozinho. Dezenas de milhares de usuários estão reclamando que não conseguem acessar a rede social de propriedade de Elon Musk, vendo dezenas de mensagens de erro estranhas. Alguns estão sendo recebidos com uma página em branco, enquanto outros estão sendo desconectados do serviço sem motivo aparente, disseram eles. Muitos usuários também disseram que não conseguiam ver suas respostas, responder a tweets ou seguir os trending topics.

Em um tweet, Musk disse que a empresa lançou “mudanças significativas na arquitetura do servidor de back-end” e que isso deve fazer com que o Twitter pareça “mais rápido”.

O Twitter também mostrou “limite de taxa excedida” para alguns usuários na quarta-feira (horário do Pacífico), sugerindo que seus servidores não foram capazes de lidar com as solicitações recebidas. A hashtag #TwitterDown está em alta na plataforma.

A interrupção, que parece estar afetando usuários internacionais no Reino Unido, Canadá, Alemanha, Itália e Índia, começou por volta das 16h, horário do Pacífico. Serviços de monitoramento da web de terceiros, incluindo NetBlocks e DownDetector, confirmaram o recebimento de relatórios de usuários. O DownDetector disse que a grande maioria das reclamações sugere que o Twitter está enfrentando um problema principalmente no desktop.

Muitos também não conseguem acessar o TweetDeck, um serviço do Twitter focado em usuários avançados. A NetBlocks também acrescentou que o incidente “generalizado” não está relacionado a “interrupções ou filtragem da Internet em nível de país”.

Musk adquiriu o Twitter por US$ 44 bilhões no final de outubro. Ele procurou cortar as despesas do Twitter eliminando milhares de funcionários, muitos dos quais trabalhavam para manter a infraestrutura do serviço. Musk também se concentrou em tornar a experiência do Twitter mais rápida para os usuários, removendo o código do serviço.

O serviço estava operacional “mesmo depois que eu desconectei um dos racks de servidores mais sensíveis”, tuitou Musk em 24 de dezembro. No início deste mês, o Twitter bloqueou brevemente o tráfego de cerca de 30 operadoras de celular , principalmente na região da Ásia-Pacífico, como parte de tentativa de livrar o Twitter do spam, relatou o Platformer.

Olá escuridão, minha velha amiga. Créditos da imagem: TechCrunch

A história e o título foram atualizados depois que o Twitter resolveu o problema.