A influenciadora e empresária está sendo acusada de danificar o vestido histórico usado pela atriz em 1962, depois de surgir com a peça no tapete vermelho do Met Gala 2022
GUILHERME DE BEAUHARNAIS

Kim Kardashian parou a internet quando os rumores de que usaria um vestido histórico de Marilyn Monroe no Met Gala 2022 se tornaram verdade. No evento luxuoso da primeira segunda-feira de maio, no Metropolitan Museum de Nova York, a socialite e empresária surgiu no tapete vermelho com a icônica peça que a atriz americana usou para cantar “Parabéns a Você” no aniversário do presidente John F. Kennedy, em 1962. Agora, imagens reveladoras mostrando os danos causados ao item foram divulgadas, provocando revolta nas redes sociais.
Milhares de internautas já haviam criticado a decisão da ex-mulher de Kanye West em usar o vestido de 60 anos. Criado pelo figurinista de Hollywood Bob Mackie, a peça tem mais de 6 mil cristais costurados sobre um tecido translúcido. “Hoje, todo mundo usa vestidos assim, mas, esse não era o caso antigamente,” disse Kim Kardashian na época do baile. “De certa forma, é o primeiro naked dress. Por isso é tão chocante”.
Não tão chocante, porém, quanto a reação de usuários ao perceberem que vários dos cristais foram perdidos depois que Kim usou a peça. Rasgos e outros desgastes também estão entre os danos, expostos em fotografias de “antes e depois” compartilhadas pelo perfil @marilynmonroecollection no Instagram, que soma mais de 82 mil seguidores.

Até o Met Gala, o vestido estava sendo mantido em um cofre escuro, a 20ºC e com 40-50% de umidade, no Ripley’s Believe It Or Not Museum de Orlando, Flórida. O museu, que faz parte de uma rede, comprou a peça em 2016, no leilão Julien’s Auctions, por 4,8 milhões de dólares, marcando o recorde de vestido mais caro já leiloado no mundo. Antes disso, ele já havia sido leiloado em 1999, pela tradicional Christie’s, por mais de 1 milhão de dólares. Originalmente, Marilyn comprou do estilista Jean-Louis (que trouxe o croqui de Mackie à vida) por 1.440 dólares.

Antes de Kim Kardashian surgir no red carpet, a atriz americana havia sido a única pessoa a usar a peça. “Sou uma grande fã de leilões e tenho alguns itens do JFK, então conheço o dono da Julien’s. Ele me colocou em contato com a equipe do Ripley’s e foi assim que a conversa começou”, explicou a socialite que, meses antes do baile, provou uma réplica do vestido icônico que serviu perfeitamente. Resultado: o museu concordou em emprestar o modelo, o enviando em um avião particular da Flórida até Calabasas, onde vive o clã Kardashian-Jenner.


Na segunda prova, acompanhada por seguranças, o vestido não serviu. Kim, que precisou usar luvas, confessou que “queria chorar porque não podíamos fazer nenhuma alteração”. A solução foi fazer uma dieta rigorosa durante três semanas, que garantiu à Kardashian os 7 quilos a menos necessários para caber na peça, que alguns comentadores na internet chegaram a descrever como um “tesouro nacional”.
Na noite do Met Gala, todo o cuidado foi tomado para que a empreitada fosse um sucesso. Kim se trocou em um pequeno provador na base dos degraus do evento, onde foi acompanhada por um conservador do Ripley’s. Depois de cruzar o tapete vermelho com a peça orginal, ela se trocou novamente, dessa vez para uma réplica do vestido, também emprestada pelo museu. “Sou extremamente respeitosa sobre o que o vestido significa para a história americana. Nunca arriscaria danificá-lo”, comentou.
Ainda assim, mais de um mês depois do baile, foram divulgadas imagens mostrando em detalhes os danos causados. No TikTok, o crítico de moda Luke Meagher, do perfil Haute le Mode, compartilhou um vídeo comentando o ocorrido, acumulando mais de 1,3 milhões de visualizações. No Google, as pesquisas sobre “Kim Kardashian danificou o vestido de Marilyn Monroe” tiveram um aumento repentino e a influenciadora está entre os assuntos do momento no Twitter.