Fundadora do #MeToo Tarana J. Burke reage a sentença favorável a Depp: ‘O movimento não morreu’

Tarana J. Burke usou a hashtag pela primeira vez em 2006, no MySpace

Tarana J. Burke, fundadora do #MeToo — Foto: Reprodução Instagram

Fundadora do #MeToo, a ativista social americana Tarana J. Burke fez um desabafo nas redes sociais após o desfecho do julgamento envolvendo Johnny Depp e Amber Heard, considerado favorável ao ator de 58 anos. Burke fez questão de dizer que “o movimento não está morto, mas o sistema está”. A ativista reforçou que o #MeToo ainda é uma plataforma que dá voz a muitas mulheres que se veem em situação de abuso.

“Quando você obtém o veredicto que deseja, ‘o movimento funciona’ – quando não, está morto. Quando Weinstein foi para a prisão, disseram que o #MeToo estava ganhando. Quando Cosby (Bill, o comediante) foi para casa, lamentaram, ‘que golpe, o #MeToo está perdendo’. “, afirmou Burke, citando dois casos notórios de personalidades que foram acusadas de abuso, mas tiveram desfechos diferentes. “Esse movimento está muito vivo. Vocês querem ficar nesse lá e cá com a força da hashtag porque isso não significa nada para vocês, então vocês tentam matá-la a cada poucos meses. Mas significa algo para milhões e milhões de pessoas. Significa liberdade. Significa comunidade. Significa segurança. Significa poder. Você não pode nos matar. Estamos além da hashtag. Somos um movimento”, concluiu a ativista.

Foi Tarana quem usou a hashtag #MeToo pela primeira vez, em 2006, em sua conta no MySpace, em resposta à uma menina de 13 anos que havia sido agredida sexualmente. A hashtag ganhou força depois que a atriz Alyssa Milano encorajou vítimas de assédio a tuitar a frase. O movimento começou a se espalhar com força a partir de outubro de 2017, deflagrando diversos casos de agressão sexual e assédio, como as acusações que culminaram na prisão do produtor de cinema Harvey Weinstein.

O desfecho do julgamento envolvendo Johnny Depp e Amber Heard segue repercutindo nas redes sociais. Considerada favorável ao ator, a decisão lida no Tribunal do Condado de Fairfax, na Virgínia determinou que a atriz teria que indenizar o ex-marido em US$ 15 milhões (equivalente a R$ 71,9 milhões) . Depp também foi condenado em US$ 2 milhões por difamar Amber Heard.

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