Bilheteria EUA: Pânico, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, Sing 2, As Agentes 355, The King’s Man: A Origem

Pânico desbanca Homem-Aranha e estreia no topo da bilheteria

Novo filme da franquia arrecadou US$ 30,6 milhões nos EUA

Com uma arrecadação de US$ 30,6 milhões em seu final de semana de estreia, o novo Pânico desbancou Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa do topo da bilheteria e chegou ao primeiro lugar nos Estados Unidos. O terceiro filme da franquia estrelada por Tom Holland, que passou quatro semanas em #1, arrecadou US$ 20,8 milhões nos últimos três dias e atualmente registra um total de US$ 698,7 milhões nos EUA.

Com isso, o musical animado Sing 2 desceu para o terceiro lugar, com US$ 8,2 milhões a mais, ainda ficando a frente de As Agentes 355que arrecadou mais US$ 2,34 milhões. Fechando o Top 5 ficou The King’s Man: A Origem, com mais US$ 2,31 milhões e um total de US$ 28,6 milhões. 

ODDA Korea issue 3 Covers Preview Spring-Summer 2022 and Resort 2021-22

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Source: oddamagazine.com
Published: January 2022

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Credits for this picture: Daria Kobayashi Ritch (Photographer), Sharon Chitrit (Fashion Editor/Stylist), Makiko Nara (Hair Stylist), Jo Strettell (Makeup Artist), David Martin (Casting Director)Brands in this picture: Versace

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Françoise Forton guardou segredo sobre câncer por dez anos, mas decidiu quebrar o silêncio para alertar outras mulheres: ‘isso mata’

Atriz, que morreu aos 64 anos neste domingo, falou com detalhes sobre o diagnóstico da doença em 2016: ‘Aconteceu comigo, sem eu sentir nada e sem histórico familiar’
Camilla Alcântara

Françoise Forton, em 2019, em campanha de prevenção contra o câncer de pele Foto: Fernando Ocazione / Reprodução/Instagram

RIO — Internada há quatro meses na clínica São Vicente, no Rio, Françoise Forton lutava contra um câncer no colo do útero pela segunda vez. A atriz morreu aos 64 anos neste domingo, depois de um agravamento no quadro da doença neste fim de semana. Durante as gravações da novela Tieta, em 1989, Françoise descobriu o câncer, mas guardou segredo por dez anos: apenas os médicos e o diretor de TV Paulo Ubiratan sabiam da condição da artista.

Em 2020, ela falou sobre o assunto em participação no programa “Encontro”, apresentado por Fátima Bernardes, e explicou porque resolveu quebrar o silêncio sobre o tratamento.

—  Não falava da doença, fiquei dez anos sem falar. Hoje, faço questão de falar, questão de ir a público, poder participar das crianças. Minha vida mudou inteiramente. Eu me reeduquei, mudei a minha alimentação — relatou à apresentadora.

Anos antes, em 2016, ela relatou com detalhes sobre o diagnóstico para uma publicação do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo a atriz, ela tinha costume de fazer consultas de rotina no ginecologista, mas deixou de fazer o exame Papanicolaou com frequência.

— Eu fazia mais ou menos uma vez por ano, às vezes dava mais espaço. Na verdade, não tinha tanta preocupação com isso, porque nunca senti nada, nem dor, nem nenhum sintoma estranho, nada mesmo. Confesso que dei uma esquecida. Em 1991, eu ia fazer uma novela, mas antes resolvi tirar o DIU [dispositivo intrauterino para evitar a gravidez] e me deu vontade de pedir para fazer um Papanicolaou — contou à publicação.

Ao receber o resultado do exame, a artista recebeu a notícia do câncer no colo do útero. “Foi um susto, eu não tinha histórico de câncer na família. Fiquei apavorada. A primeira coisa que veio à cabeça foi: ‘Isso mata e eu não quero morrer'”, disse à revista Rede Câncer.

Françoise confidenciou a notícia ao diretor Paulo Ubiratan para conseguir conciliar o tratamento com as gravações da novela Tieta, em que interpretava a vilã Helena, intercalando as filmagens com períodos de repouso. Neste período, foram seis meses de sessões de quimioterapia e radioterapia, em que ela não sofreu de queda de cabelos, mas precisou fazer intervenção com césio, o que ela considerava uma das piores lembranças.

— Muito difícil. Colocavam um aparelho dentro de mim, e eu não podia me mexer. Foi uma semana terrível. Chegou uma hora em que eu queria parar de qualquer jeito, e uma medicação para dormir foi a solução encontrada para concluir a terapia — disse.

Após o tratamento, ela venceu o câncer e, aos 38 anos, precisou retirar o útero, ovários e trompas, como prevenção para reincidência da doença. No pos operatório, Françoise sofreu de anemia. Mesmo livre da doença, a atriz precisou fazer uma reeducação alimentar, mas ainda não queria falar sobre o assunto.

— Queria esquecer tudo aquilo. Foi muito difícil. Não queria falar nem transformar a doença em algo sensacionalista, tipo capa de revista — confessou. O que fez com que ela mudasse de ideia e se abrisse para falar abertamente do assunto foi a possibilidade de dar visibilidade à prevenção contra a doença para outras pessoas: — Passei a ver muitos amigos que tiveram câncer falando sobre a doença e pensei que isso tem que servir de alerta. O número de casos de câncer feminino vem aumentando, e é possível prevenir. Eu poderia alertar sobre a necessidade de se cuidar, jovem ou não, casada ou não, com sexo ou não. Ninguém está livre. Aconteceu comigo, sem eu sentir nada e sem histórico familiar — explicou.

Morte aos 64 anos

O último trabalho de Françoise Forton na televisão foi “Amor sem igual” (2019). A atriz deixa o marido, o produtor teatral Eduardo Barata, e o filho Guilherme Forton Viotti. O velório será na segunda-feira, 17, das 10h às 14h, no Teatro Tablado, no Jardim Botânico. A cremação será no Cemitério da Penitência, das 15h às 16h15, no Caju.

Filha de um francês e uma brasileira, Françoise Forton nasceu no Rio e morou dos cinco aos 17 anos em Brasília. Iniciou sua carreira de atriz em 1969 com um pequeno papel na novela “A última valsa”. Logo em seguida, foi uma das protagonistas do longa “Marcelo Zona Sul” (1970), de Xavier de Oliveira, contracenando com Stepan Nercessian, sobre o cotidiano da juventude carioca dos anos 1960. No cinema fez ainda longas como “Jardim de Alah” (1988), de David Neves, e “Coração de cowboy” (2018), de Gui Pereira.

Photographer David Roemer for Madame Figaro with Alicia Vikander

Photographer: David Roemer at Atelier Management. Fashion Stylist: Cécile Martin. Hair Stylist: George Northwood. Makeup Artist: Kelly cornwell. Model: Alicia Vikander.

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Morre a atriz Françoise Forton, aos 64 anos

Artista, que protagonizou a novela ‘Estúpido Cupido’ no anos 1970, vinha tratando um câncer nos últimos meses

Françoise Forton
A atriz Françoise Forton Foto: Denise Andrade/Estadão

A atriz Françoise Forton morreu neste domingo, 16, aos 64 anos, no Rio de Janeiro, onde vinha tratando um câncer nos últimos tempos. Presente na TV desde a década de 1960, teve como principal destaque a novela Estúpido Cupido, em 1976, e como trabalhos mais recentes as novelas Amor Sem Igual, da Record, em 2019, e Tempo de Amar, da Globo, em 2017.

Também participou de outras tramas marcantes ao longo das décadas, como O Semideus, Bebê a Bordo, Tieta, Meu Bem, Meu Mal, Explode Coração, Por Amor, O Clone, Amor À Vida e I Love Paraisópolis

Há alguns anos, Françoise foi tema da exposição Forton – A Incansável Guerreira da Arte, que trouxe imagens guardadas pelo colecionador Marcelo Del Cima, recuperando momentos marcantes de suas 45 peças, 32 novelas, participações em minisséries e seriados, além de nove longas. 

“Eu calculava que fossem 45 anos, mas o pesquisador Daniel Marano descobriu recortes de jornal que falam da minha estreia profissional em 1966, aos 10 anos, ao lado de Glauce Rocha e Jorge Dória, na peça Pais Abstratos“, conta a atriz ao Estadão em 2016. 

Em Estúpido Cupido, ambientada no começo dos anos 1960, interpretou a protagonista Maria Tereza, que tinha como objetivo de vida se tornar Miss Brasil e como namorado o ciumento João (Ricardo Blat). Com exceção dos dois capítulos finais, exibidos em cor, Estúpido Cupido foi a última novela da Globo gravada em preto em branco. 

Françoise Forton em cena da novela
Françoise Forton em cena da novela ‘Estúpido Cupido’ (1976); atriz morreu em 16 de janeiro de 2022 Foto: Reprodução de ‘Estúpido Cupido’ (1976)/TV Globo

Além da novela, de 1976, estrelou também o musical Estúpido Cupido, no Teatro Gazeta, no primeiro semestre de 2016. Françoise relatava que, quando ia a festas e o DJ notava sua presença, logo tocava a música Estúpido Cupido, de Celly Campello. “Eu vejo como homenagem e até arrisco uns passinhos”, contava ao Estadão.

Nos palcos, também teve extensa carreira, desde a década de 1960, incluindo espetáculos recentes como Nós Sempre Teremos Paris (2014), Estúpido Cupido (2016) e Um Amor de Vinil (2016). A atriz ainda participou de alguns reality shows, como a Dança dos Famosos (quadro do Domingão do Faustão), em 2015, e o Super Chef Celebridades (quadro do Mais Você, de Ana Maria Braga), em 2018.

Em 1989, Françoise foi diagnosticada com um câncer no colo do útero, superando a doença tempos depois. À época, gravava a novela Tieta. “Fiz todo o tratamento de radioterapia enquanto fazia a novela, acabei me dividindo entre o consultório médico e o estúdio de televisão. Ao mesmo tempo, estava nos palcos com a peça Na Sauna, direção de Bibi Ferreira. Acho que o meu ofício, a televisão e o teatro, me ajudou a passar por esse momento, porque me move profundamente. Me deu muita força. Não tive nem ao menos tempo de ir ao psicólogo, a arte era meu médico”, relatava a atriz ao site Heloisa Tolipan, em outubro de 2017.

Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, Françoise estava internada há cerca de quatro meses na clínica São Vicente, na Gávea. A atriz era casada com o produtor Eduardo Barata desde 2014, e deixa um filho, Guilherme, além de duas enteadas, Maria Eduarda e Maria Antônia, filhas de Eduardo.

Confira a íntegra do comunicado divulgado pelo hospital: 

“A Clínica São Vicente lamenta a morte da paciente Françoise Forton neste domingo (16) e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes.”

*Atualizada às 18h35 de 16 de janeiro de 2022.

A onda de mulheres negras no mercado de cuidados com o cabelo

Uma nova safra de negócios está reivindicando uma fatia crescente de uma indústria de bilhões de dólares
Tiffany Martinbrough, The New York Times – Life/Style

NYT - Life/Style (não usar em outras publicações).
Whitney White, cofundadora e proprietária da Melanin Haircare, na frente de seu escritório. Foto: Kayana Szymczak/The New York Times

Por mais de uma década, Whitney White, também conhecida como @naptural85, postou tutoriais sobre cabelo no YouTube para mulheres negras com cabelo crespo, como o dela. Com um cabelo definido por ela como natural, White, de 35 anos, domina a arte do lavar e sair de casa (o visual dos “naturalistas”, com cachos clássicos), do abacaxi (a maneira de prender o cabelo na parte de cima para não estragar o penteado na hora de dormir) e o “twist-out” (o penteado no qual se torce o cabelo, seca-o e depois o solta). Ela também ensinou aos seguidores como criar xampus nutritivos, condicionadores que penetram mais fundo e máscaras capilares que deixam o cabelo saudável e promovem um crescimento ideal.

No fim das contas, muitos de seus mais de dois milhões de seguidores a incentivaram a produzir sua própria linha de produtos para o cabelo. E agora, como cofundadora da Melanin Haircare, ela é mais uma pessoa negra que tem uma empresa que vende produtos que atendem às necessidades do cabelo dos negros. “Sou uma mulher negra, e sei o que queremos. É o nosso momento FUBU (sigla em inglês para: Por nós, para nós).”

A indústria global de produtos para os cabelos, estimada em US$ 77,15 bilhões, deve atingir o valor de US$ 112,97 bilhões até 2028, de acordo com a Fortune Business Insights. O número de empresas que produzem esses produtos e são de propriedade de pessoas negras está crescendo, aumentando a participação de mercado para US$ 2,5 bilhões em 2021, gerando uma onda de entusiastas com uma boa visão de negócios.

Reconhecendo o tamanho considerável da indústria, Monique Rodriguez pensou que com sua engenhosidade poderia ter sucesso em uma indústria dominada por pessoas que não se pareciam com ela. “Pensei: ‘Essa indústria de beleza vale mais de US$ 1 bilhão’. Tenho que conseguir participar disso, pegar um pequeno pedaço do bolo e atender as mulheres que se parecem comigo. Percebi que faltava compreensão e educação, e falei: ‘Se eu puder atender ao menos as pessoas desatendidas, então vencerei nessa categoria”, comentou Rodriguez, de 37 anos, cofundadora e presidente-executiva da Mielle Organics.

Rodriguez fundou a Mielle Organics em 2014 enquanto trabalhava em tempo integral como enfermeira. Ela também transformou sua paixão por desenvolver produtos caseiros para o cabelo e falar sobre eles nas redes sociais em um negócio.

“É inspirador, especialmente para as mulheres negras, ver alguém igual a elas indo atrás de seus sonhos – uma mulher que não tinha nenhum tipo de status de celebridade, que nasceu praticamente do nada e que tinha uma carreira estável, como a maioria das americanas”, continuou Rodriguez.

Assim como White, Rodriguez sabia que se conectar com mulheres que buscavam informação sobre como estilizar e manter o cabelo com uma certa textura era algo importante e autêntico e, consequentemente, a chave para a construção de uma marca.

“O cabelo natural não é fácil. Cada padrão de cacho é diferente. Uns têm baixa porosidade e outros alta. Quais produtos devemos usar para cada tipo de cabelo? Não havia ninguém falando sobre isso. Percebi que estava nessa jornada do cabelo natural e queria aprender. Queria saber usar os produtos, porque todos os produtos que usava deixavam meu cabelo com frizz. Mas não havia ninguém para me ajudar a entender o que eu estava fazendo de errado”, explicou.

Rodriguez, que agora mantém um cabelo saudável que vai até a cintura, reconheceu que não apenas poderia fazer ótimos produtos com ingredientes de alta qualidade, mas também poderia ajudar a educar suas clientes sobre como usá-los e assim obter os melhores resultados.

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Yve-Car Momperousse, fundadora e líder executiva da Kreyol Essence; mulhres negras estão encabeçando negócios voltados para cabelos. Foto: Saul Martinez/The New York Times

Cabelo natural exige muito cuidado

Muitas mulheres negras têm o cabelo crespo tipo 4, que se refere a um sistema numérico criado para avaliar a textura dos fios. Esses cachos compactos fazem com que o sebo do couro cabeludo, cuja função é lubrificar o cabelo, tenha dificuldade para descer até a ponta, assim, os óleos naturais não conseguem revestir e, em última análise, hidratar os fios. Isso causa um ressecamento excessivo, tornando necessário a aplicação de produtos extras como um condicionador para lavagem ou um condicionador convencional, manteigas, óleos e cremes. Várias marcas de propriedade de pessoas negras fazem produtos que atendem tais especificidades.

O óleo, especificamente o óleo de mamona do Haiti, é o carro-chefe da Kreyol Essence. Ele rendeu à empresa um acordo de investimento no Shark Tank e permitiu a criação de empregos para produtores de mamona no Haiti. Os moradores locais usam as sementes para muitas finalidades há gerações: para hidratar o cabelo e o corpo, como um bálsamo cicatrizante para ferimentos e para a saúde digestiva. A semente de mamona é cultivada em várias partes do Caribe, mas no Haiti é tradicionalmente torrada à mão, moída e cozida, produzindo um óleo não refinado.

“Isso está muito ligado à nossa cultura e faz parte da vida cotidiana no Haiti”, disse Yve-Car Momperousse, de 39 anos, haitiana-americana cofundadora da Kreyol Essence, que leva o nome da língua dominante do Haiti.

Depois de embarcar em sua própria jornada do cabelo natural e, em seguida, ver seu cabelo virgem ser danificado por um esteticista, Momperousse optou por uma pomada haitiana bem conhecida, a semente de lwil maskriti, rica em nutrientes e ácidos graxos. Ela então percebeu que poderia montar um negócio com esses ingredientes, o que também estimularia a comunidade rural do Haiti e a colocaria em contato com os agricultores locais – muitos dos quais são mulheres – que já cultivavam mamona. “Isso é algo que eles fizeram, e se sentem respeitados ao vê-lo embalado de maneira tão linda. E também melhor a autoestima. Eles perguntam: ‘Quem está comprando? Eles ficam tão orgulhosos com o produto final quanto nós?'”

Depois que a Kreyol Essence expandiu suas operações em nível nacional, Momperousse fez história na primeira metade do ano como a primeira marca de beleza haitiana no canal de televisão QVC. “Por muito tempo, o Haiti teve de lutar contra o estigma de ser o país mais pobre do Ocidente. Então, lidar com a discriminação, conseguir mostrar um lado diferente do país, apresentar algo bonito e que as pessoas querem é um grande negócio para nós.”

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Monique Rodriguez, fundadora e CEO da Mielle Organics. Foto: Jackie Molloy/The New York Times

Uma chance de ‘recuperar nosso poder’

Dar um exemplo de forte empreendedorismo feminino foi igualmente importante para Chris-Tia Donaldson, fundadora e executiva-chefe da tgin: Thank God It’s Natural.

“Você está inspirando a próxima geração de mulheres negras a se sustentar fora do mundo corporativo americano. Todo esse talento, por muito tempo, ia para o lixo porque éramos preteridas quando havia alguma promoção. Não éramos consideradas para os cargos de liderança, de alta gestão e de chefia. Esse movimento realmente nos deu a oportunidade de retomar nosso poder”, disse Donaldson em uma entrevista antes de morrer de câncer de mama em novembro.

Donaldson, advogada formada em Harvard, desenvolveu sua marca depois de escrever seu primeiro livro, Thank God I’m Natural. Há quase 20 anos, depois de parar de alisar o cabelo e aprender a abraçar suas curvas e cachos, ela teve uma luz. “Pensei: ‘Graças a Deus sou natural’. Graças a Deus posso nadar, caminhar na chuva em vez de ficar sentada no cabeleireiro. Posso fazer tudo isso.”

A política do cabelo negro

Hoje, o cabelo negro natural é uma declaração de orgulho, um repúdio a um padrão de beleza imposto e uma afirmação da identidade negra. Isso se acentuou com a aprovação da Crown Act em 2019 nos Estados Unidos, lei que proibiu a discriminação com base no penteado e na textura do cabelo e que já foi adotada por 14 estados. Com ela, as mulheres negras têm o direito cultural e legal de usar o cabelo da forma que desejarem.

Por muito tempo, muitas pessoas de comunidades afro-americanas acreditaram que as principais empresas de produtos para o cabelo não ofereciam um atendimento ao cliente de alta qualidade e sabiam que não perderiam seus clientes negros. Como resultado, as empresas de propriedade de pessoas negras foram postas em um patamar mais elevado por seus consumidores, que esperam um certo nível de autenticidade e de eficácia.

Para White: “Estamos muito acostumadas com empresas que não se importam conosco de verdade. Elas acham que aceitaremos qualquer coisa e sabem que gastaremos muito dinheiro cuidando de nossa beleza. Com a Melanin Haircare, queríamos dar à comunidade uma marca de qualidade que não tivesse de apelar, que soubesse o tipo de produto que a comunidade quer e que o oferecesse a um preço acessível.”

Como muitas empresas de produtos para o cabelo de propriedade de negros começaram com a intenção de ajudar as mulheres negras, a filantropia costuma fazer parte da missão. Depois do terremoto devastador no Haiti, a Kreyol Essence doou dinheiro para dois hospitais na área afetada e fez uma transmissão no canal de televisão QVC para chamar a atenção dos telespectadores para o problema.

A iniciativa More Than a Strand da Mielle ajuda mulheres empreendedoras com financiamento e recursos para dar o primeiro passo em seus negócios. Por meio do Programa de Certificação Global, que é parte da parceria com a Universidade Rutgers e o Newark Business Hub, a empresa disponibilizou recentemente 60 bolsas para mulheres que querem empreender.

Os embaixadores globais da Mielle, a atriz Keshia Knight Pulliam e a rapper Megan Thee Stallion, colaboram com sua agenda de educação empresarial. Esse compromisso com a filantropia ajudou a convencer a Berkshire Partners a investir na empresa.

Herança de Prince tem valor definido e disputa judicial se aproxima do fim

Patrimônio do cantor, morto em 2016, foi estimado em US$ 156,4 milhões (o equivalente a R$ 865 milhões)
AP, Agência

A batalha legal que já dura seis anos sobre a herança do popstar Prince terminou, o que significa que o processo de distribuir a riqueza do artista pode começar no próximo mês.

Minneapolis Star Tribune informou que a receita federal e o administrador de seu patrimônio, o Comerica Bank & Trust, concordaram em fixar o valor da herança de Prince em US$ 156,4 milhões (o equivalente a R$ 865 milhões), cifra que os herdeiros do artista também aceitaram.

O valor é diferente da anterior feita pela Comerica, em US$ 82,3 milhões. A receita federal em 2020 estimou o patrimônio em US$ 163,2 milhões.

Prince, que morreu por overdose de fentanyl em 2016, não deixou um testamento.

Desde então, advogados e consultores têm recebido dezenas de milhões de dólares para administrar seu patrimônio e elaborar um plano para sua distribuição. Dois dos seis irmãos de Prince que poderiam receber a herança, Alfred Jackson e John R. Nelson, morreram desde então. Outros dois estão por volta de seus 80 anos.

“Têm sido seis longos anos”, disse L. Londell McMillan, advogado de três dos irmãos de Prince, durante uma audiência na sexta-feira, 14, na corte do distrito de Carver County.

No fim, a herança será dividida de forma quase igual entre a rica companhia de música de Nova York, Primary Wave, e os três mais velhos dos seis irmãos do íncone ou suas famílias. 

A receita federal e o Comerica definiram na última primavera [no hemisfério norte] a parcela de imóveis da herança de Prince. Mas a difícil tarefa de definir um valor a ativos intangíveis, como os direitos às músicas de Prince, não foi completada até o último mês de outubro.

Como parte do acordo, a receita federal derrubou uma “multa ligada à precisão” no valor de US$ 6,4 milhões que seria cobrada do patrimônio de Prince. O departamento de receita de Minnesota, que concordou com o valor da herança, também desistiu de uma multa por falta de precisão.

Os impostos sobre a fortuna de Prince devem chegar à casa das dezenas de milhões de dólares.

Cerca de US$ 5 milhões da herança de Prince serão isentas de taxa pela lei federal, mas, depois disso, há uma taxa de 40%. Em Minnesota, os primeiros US$ 3 milhões são isentos; depois disso, muito do patrimônio de Prince deve ser taxado em cerca de 16%.

Em meados de 2020, o Comerica processou a receita federal na corte de impostos dos Estados Unidos, dizendo que os cálculos da agência sobre o valor do patrimônio tinham erros. Testes fiscais agendados para março em St. Paul foram cancelados por conta do acordo.

O Comerica disse, em um arquivo da corte na sexta, que enquanto a fixação da receita federal era “justa e razoável”, acredita que teria “prevalecido” no caso da corte de impostos. O Comerica afirmou que disse aos herdeis de Prince que se abaixar os impostos era seu “interesse primário”, eles deveriam continuar pressionando a receita federal e – se necessário – ir a julgamento.

“Em vez disso, os membros do grupo de herança comunicaram uniformemente ao (Comerica) o seu forte desejo de que o patrimônio seja estabelecido com as autoridades competentes”, diz o documento.

Vogue Korea February 2022 Covers

Vogue Korea February 2022 Covers
Source: vogue.co.kr
Published: February 2022

In this picture: Rebecca Leigh Longendyke
Credits for this picture: Luigi & Iango (Photographer), Eunyoung Sohn (Editor), Michael Philouze (Fashion Editor/Stylist), Gonn Kinoshita (Hair Stylist), Sil Bruinsma (Makeup Artist), Virginia Young (Makeup Artist), Bert Martirosyan (Casting Director)

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