Carcy Magazine F/W 2021 Covers

Carcy Magazine F/W 2021 Covers
Source: carcymagazine.fr
Published: November 2021

In this picture: Akuol Deng Atem
Credits for this picture: Daniel Archer (Photographer), Harry Lambert (Fashion Editor/Stylist), Amidat Giwa (Hair Stylist), Erin Green (Makeup Artist), Thomas Bird (Set Designer), Nachum Shonn (Casting Director)

All people in this work:

Daniel Archer – Photographer Elizaveta Porodina – Photographer Etienne Saint-Denis – Photographer Harry Lambert – Fashion Editor/Stylist Amidat Giwa – Hair Stylist Kei Terada – Hair Stylist Erin Green – Makeup Artist Lucy Bridge – Makeup Artist Afra Zamara – Set Designer Thomas Bird – Set Designer Ben Grimes – Casting Director Nachum Shonn – Casting Director Shah Ghobadpour – Casting Director Akuol Deng Atem – Model Vivien Solari – Model

In this picture: Vivien Solari
Credits for this picture: Elizaveta Porodina (Photographer), Kei Terada (Hair Stylist), Lucy Bridge (Makeup Artist), Afra Zamara (Set Designer), Ben Grimes (Casting Director)
Credits for this picture: Etienne Saint-Denis (Photographer), Shah Ghobadpour (Casting Director)

Marie Claire Italia November 2021 Cover

Marie Claire Italia November 2021 Cover
Published: November 2021

All people in this magazine cover:

Marcin Tyszka – Photographer Ivana Spernicelli – Fashion Editor/Stylist Tanja Friscic – Makeup Artist Solange Smith – Model

Magalu oferece cashback a quem adquirir livros de autores negros

Promoção é válida para cerca de 60 obras no Dia da Consciência Negra; veja lista de obras disponíveis
O Estado de S.Paulo

Imagem ilustrativa de livros em uma biblioteca Foto: Unsplash/@alfonsmc10

Por conta do Dia da Consciência Negra, a loja Magalu realiza uma promoção com objetivo de “dar visibilidade à vasta produção de autores negros nacionais” neste sábado, 20 de novembro. Quem adquirir algum dos 60 livros listados pela empresa por meio de um aplicativo, terá o ‘dinheiro de volta’ por meio de cashback. 

Torto Arado, de Itamar Vieira JuniorPequeno Manual Antirracista e Lugar de Fala, de Djamila RibeiroSobrevivendo no Inferno, do grupo Racionais MC’s, além de obras de autores como EmicidaLázaro RamosSueli CarneiroMachado de Assis e Lima Barreto estão entre as selecionadas para a promoção. Para conferir a lista completa, clique aqui

Sobre a forma como o dinheiro será ‘retornado’ ao comprador, a empresa explica: “O dinheiro de volta nas compras, uma prática conhecida como cashback, será depositado na carteira virtual Magalu Pay. O dinheiro poderá ser usado no pagamento de contas, transferências ou em novas compras no aplicativo.  O cashback do Magalu é ‘garantido’, ainda que o cliente não tenha a conta do Magalupay no momento da compra. O valor é depositado quando a conta é aberta – prática inédita no mercado. Assim que ele abrir a conta, os valores do cashback estarão disponíveis no SuperApp Magalu, sem a necessidade de fazer download de outro aplicativo.”

A empresa ainda destaca que “a compra é limitada a uma unidade do mesmo livro por pedido e a promoção é válida enquanto durarem os estoques”.

Doze suspeitos serão julgados em Paris por roubo de joias de Kim Kardashian

No maior roubo contra um indivíduo na França em duas décadas, joias no valor de seis milhões de euros (cerca de R$ 37,96 milhões) foram roubadas da empresária
AGÊNCIAS – AFP

Kim Kardashian

PARIS, FRANÇA – Doze pessoas serão julgadas na França por seu suposto envolvimento no roubo de joias e diamantes da estrela de reality shows americana Kim Kardashian em 2016, informaram à AFP nesta sexta-feira, 19, fontes próximas ao caso. 

No maior roubo contra um indivíduo na França em duas décadas, joias no valor de seis milhões de euros (cerca de R$ 37,96 milhões)  foram roubadas de Kardashian, que estava hospedada em um hotel de luxo em 2016 durante a Fashion Week em Paris. 

Entre os suspeitos presos quatro meses depois na capital e no sul do país, está Aomar Ait Khedache, conhecido como “Old Omar”, considerado o líder do bando. 

Os dois magistrados que julgam o caso determinaram que os 12 suspeitos fossem julgados por um júri – que na França só é realizado em crimes mais graves – por acusações como “assalto à mão armada”, “sequestro” e “associação criminosa”, segundo as fontes. 

Na noite de 2-3 de outubro de 2016, vários homens, alguns disfarçados de policiais, entraram no hotel onde Kardashian, então com 36 anos, estava hospedada. 

Dois dos agressores colocaram armas em sua têmpora e um deles, disse Kardashian à polícia, dirigiu-se a ela em inglês com “um forte sotaque francês” e lhe exigiu o anel que usava. Depois disso, eles a amarraram, a amordaçaram e a levaram ao banheiro.

Enquanto isso, três homens aguardavam na recepção e outro esperava do lado de fora do prédio, dentro de um carro. 

Um dos supostos criminosos, Yunice Abbas, que fugiu do local de bicicleta, deixou cair uma cruz com um diamante incrustado que valia 30 mil euros, encontrado por um pedestre poucas horas depois. 

Os ladrões perderam vários itens durante a fuga, mas a maior parte do roubo nunca foi encontrada e acredita-se que tenha sido vendida na Bélgica. 

Dez membros do grupo, descritos pela polícia como da “velha guarda”, são acusados por sua participação no roubo, enquanto outro suspeito é acusado de ter participado de outro crime com a mesma associação.

Outro dos suspeitos será julgado pela suposta violação da lei de porte de armas em um caso relacionado ao roubo de Kim Kardashian.

Lenny Niemeyer revisita trajetória para celebrar três décadas da marca que leva seu nome

Estilista santista traduz lifestyle do Rio na moda praia
Gilberto Júnior

Lenny Niemeyer Foto: Ana Branco

Lenny Niemeyer se lembra perfeitamente do primeiro biquíni que “criou”, ainda nos anos 1980. Natural de Santos e recém-chegada ao Rio, a estilista, paisagista por formação (então casada com o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, com quem teve dois filhos), comprou um modelo verde-claro numa loja carioca e dissecou a minúscula peça, um escândalo para a paulista na época, e a reconstruiu com alguns centímetros a mais. Para arrematar, buscou no açougue um pedaço de osso, que virou argola após ser lixado. Nascia ali, na sala de casa, uma nova profissão. A designer passou a desenvolver produtos para grifes importantes como Fiorucci e Andrea Saletto, numa espécie de ensaio para o grande ato que viria na sequência: uma marca própria. Em 1991, lançou, em Ipanema, a marca que leva seu nome, expoente da versão mais glamourosa e elegante do beachwear brasileiro.

Festeira e anfitriã animada, Lenny celebrará neste domingo os 30 anos da grife, com desfile no Caminho Niemeyer, em Niterói. Mas a comemoração, diferentemente de outros tempos, será apenas na passarela. A coleção de alto verão 2022 revisitará as últimas três décadas, reinterpretadas de uma maneira abstrata e espiritual. “Será uma gênesis guiada pela luz”, diz a estilista, que desenhou estampas a partir do movimento das modelos, em efeitos visuais e sombras. As artes, a arquitetura e a natureza serão pontos importantes para compreender o trabalho.

Raica para Lenny Foto: Fábio Rossi / Fábio Rossi
Raica para Lenny Foto: Fábio Rossi / Fábio Rossi

Lenny afirma que o momento é otimista, com um pé no futuro. “Não me considero uma sobrevivente por estar celebrando essa data no Brasil. Na verdade, o sentimento é de vitória por estar fazendo o que eu gosto. Não carrego sequelas desse 30 anos.”

No extinto Fashion Rio e na São Paulo Fashion Week, a estilista fez história ao levar o biquíni, originalmente uma criação francesa de 1946, às últimas consequências. Ela já cortou o duas-peças a laser, levou a flora e a fauna brasileiras para estampas, aplicou azulejos em maiôs, fez uma linha inteira de roupa para o pós-praia e trouxe as tops mais importantes do mundo para sua passarela. Gisele Bündchen, Naomi Campbell, Izabel Goulart, Letícia Birkheuer, Michelle Alves, Ana Beatriz Barros e Raica Oliveram foram alguns nomes que brilharam em seus desfiles. Desenhou ainda os trajes que os atletas do Time Brasil usaram nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio.

Letícia para Lenny Foto: Fabio Rossi
Letícia para Lenny Foto: Fabio Rossi

Entre os colegas de profissão, Lenny é referência. “Ela tem uma importância enorme na moda do Rio. Com seu trabalho primoroso, traduziu o lifestyle carioca como poucos conseguiram! Uma pessoa que sempre admirei e merece muitos vivas. Trinta anos e cada vez melhor”, elogia Jacqueline De Biase, fundadora da Salinas.

A crítica e consultora de moda Gloria Kalil faz uma tese. “Definir bom gosto é uma tarefa difícil, quase impossível. Cada tribo com sua estética, seu conceito de gosto. Complicado alguém que agrade a todo mundo”, começa Gloria. “Pois é aí, numa brecha inesperada e sútil, que entra Lenny Niemeyer, com suas cores, estampas, modelagens, proporções delicadas que levam em conta os diferentes corpos e desejos de quem compra uma roupa que desveste o corpo. Posso afirmar que Lenny, com seu gosto, que eu chamaria de bom gosto, é unanimidade: não há bolha nem praia que não se encante com sua moda.”

De olho no futuro, a estilista acrescentou ao portfólio uma linha sustentável, feita com rede de pesca. “É um caminho sem volta dentro da empresa. Para tentar ser o mais eco-friendly possível, precisamos rever várias coisas, inclusive deixar de lado nosso famoso nécessaire, confeccionado com plástico”, observa a designer, que afirma estar mais discreta em relações às festas de arromba que paravam o Rio. “Não é que deixei de comemorar. Mas estou promovendo encontros para grupo menores, em casa. Não é o momento de grandes aglomerações ainda. Chegará essa hora.”

Essa sabe ser elegante.

Joice Berth avalia a importância da representatividade feminina no planejamento urbano

Arquiteta urbanista, escritora e assessora política, a paulistana Joice Berth pesquisa o direito à cidade, com recorte de gênero e raça. Nesta conversa, ela avalia a importância da representatividade feminina – entre tantas representatividades necessárias – no planejamento urbano e em outras esferas de tomada de decisão
MARIANNE WENZEL | FOTOS WELSLEY DIEGO EMES | PRODUÇÃO: MARLEY GALVÃO | STYLING JANAÍNA SOUZA | CABELO E MAQUIAGEM: CAROLINA DA MATA | ASSISTENTES DE PRODUÇÃO RAPHAEL SANTOS E SÉRGIO OLIVEIRA

Em seu perfil no Twitter, ela se define como psicanalista em formação e feminista decolonial (vertente dedicada a combater um imaginário racista que considera inferior ao europeu tudo o que vem das comunidades originárias e da cultura afro-brasileira). O do Instagram traz outras camadas de informação: filha de Osún e it woman. Joice Berth, de fato, é uma mulher do seu tempo. Atenta às mais diversas correntes de pensamento, ela parece saber, mais do que o poder de uma fala eloquente, o valor de uma boa escuta. Nunca esquece suas origens e tem ocupado espaços com propriedade. A seguir, a autora do livro O Que é Empoderamento? (Letramento, 112 págs.) fala sobre representatividade, educação para a cidadania e decolonialismo.

Joice Berth avalia a importância da representatividade feminina no planejamento urbano (Foto: Welsley Diego Emes)

Diversos setores atuam em favor do reconhecimento e da visibilidade de profissionais mulheres. Na arquitetura não é diferente. Como enxerga esse cenário?
Estamos num momento histórico crucial, em que se jogou luz sobre esses assuntos. As mulheres sempre reivindicaram a valorização profissional, ou, no mínimo, a não invisibilidade, e atualmente isso conta com aderência. Elas não esperam mais que se abram as portas, entram sem pedir licença. Na arquitetura e no urbanismo, apesar de o contingente feminino superar o masculino [60%, segundo pesquisa de 2019 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo], elas ainda não desfrutam do mesmo destaque. Há mulheres talentosas participando ativamente de grandes projetos, mas os homens tomam a frente, como se elas fossem coadjuvantes, quando muitas vezes o olhar delas é essencial. Acompanho vários coletivos organizados nas faculdades de arquitetura. As meninas já saem da graduação com essa visão, e arquitetas mais experientes, que antes não contavam com apoio para se posicionarem, hoje se colocam mais, sem medo de repressão.

Desde 2019, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo se dedica a essa questão por meio de pesquisas e eventos. Qual a relevância desse posicionamento?
É fundamental. O machismo, um dos pilares das opressões que construíram nosso corpo social, é um problema estrutural. Não basta os homens se mobilizarem, não basta a sociedade se conscientizar. Sem a esfera institucional, nada se concretiza. Ela garante respaldo para que se avance na prática, não só no discurso. Quando percebi que o CAU federal e os estaduais aderiram a essa causa, enxerguei a materialização de uma luta antiga. Em 2020, a eleição em São Paulo da chapa CAU+Plural, composta só de mulheres, é outro indício poderoso. Uma gestão concebida e montada por mulheres incríveis, fortes e significativas é um recado histórico de que não vamos recuar.

Desconhecemos a porcentagem de arquitetas negras no Brasil. Nossa única pista vem do próprio CAU, com uma pesquisa de 2020, que aponta menos de 5% de negros na profissão. Qual a importância de reverter esse quadro?
Muito provavelmente, nesse pequeno porcentual, a maioria é de homens. Isso espelha o que acontece na sociedade. Negras batalham em duas frentes: pela equidade racial e pela de gênero. Elas sofrem diretamente os efeitos dessas duas falhas do Brasil. Como avanço das mulheres brancas, a sororidade se torna instrumento de luta. Quem progride precisa olhar para o lado e se questionar: cadê as negras, as indígenas, as não brancas, as trans? Minha experiência, não só de vida mas como de pesquisadora, mostra que essas opressões se parecem muito, pois agem sobre as mesmas bases. E não existe hierarquia entre elas. Se não as combatermos no conjunto, logo veremos retrocessos e seguiremos em uma posição de fragilidade. Racismo, machismo, LGBTfobia, xenofobia e discriminação de classe caminham de mãos dadas. Para a arquitetura, mais representatividade significaria edificações com a cara do Brasil, em termos  culturais e sociais. Temos obras maravilhosas, arquitetos de enorme alcance, mas não uma linguagem de fato misturada, multicultural, como o povo brasileiro.
Reproduzimos as propostas de fora, como na síndrome do vira-lata. A arquitetura e o urbanismo trabalham com símbolos. Por isso, resgatar a informação negra e indígena como elemento que nos constitui é muito mais original e politicamente fortalecedor.

Estudos apontam que cidades desenhadas considerando as necessidades femininas são mais inclusivas. Por que nossas políticas públicas não levam isso em conta? Não há mulheres nos órgãos competentes? Ou o problema está no modo de fazer?
Um pouco de cada. Mas, principalmente, a ausência de mulheres nas instituições responsáveis. Quando se reduz a representatividade, reforçam-se as opressões, na medida em que o grupo representado não terá com quem trocar ideias, não conseguirá expressividade. Até vemos mulheres nesses cargos, mas não em número adequado para alimentar o debate, que fica sem consistência, não chega a conclusões satisfatórias e não pauta o que é necessário. Então, precisamos, sim, de mais mulheres, e com poder de decisão.

Sobram recomendações de como devemos nos cuidar na rua para evitar assédio. Desde não usar rabo de cavalo (o agressor pode nos puxar por trás), não andar rente ao muro (para evitar ser imobilizada contra ele), até carregar um guarda-chuva (menos probabilidade de abordagem). O que falta em nossos espaços públicos, que gera “dicas” dessa natureza?
Falta justamente um planejamento urbano sensível à experiência feminina. Quando comecei a dar palestras sobre o direito à cidade, muita gente não me entendia, pois achava que podia ir onde quisesse, isso não era um tema. Aí, passei a provocar: mas você sai sozinha em qualquer horário? Não. Você escolhe um trajeto por uma rua deserta, porém mais curta, ou por uma movimentada, ainda que a caminhada dure mais tempo? Sempre a segunda opção. Nosso direito de ir e vir é cerceado, pois fazemos concessões a toda hora, mudando rotas, horários, portando instrumentos que não queremos, como guarda-chuva em dia de sol, alterando roupas e penteados… faltam mulheres com essa consciência no planejamento urbano. Ao longo da história, as cidades foram erguidas por e para homens. Nada mais justo, em nome da equidade, que agora a predominância na discussão caiba a nós.

Você escreveu sobre a relação entre a configuração das cidades e a incidência de doenças mentais. Como isso acontece?
Segundo a neuroarquitetura, que traz conceitos da neurociência, da psicologia e da psicanálise para pensar as cidades e as construções, nenhum espaço é neutro: ele mexe com nossa percepção e influencia comportamentos. O ambiente urbano é enlouquecedor, com muita agitação, poluição sonora e visual, edifícios com excesso de concreto ou de espelhos, ou muito altos, que não despertam boas sensações. E, para piorar, não há áreas verdes suficientes para oferecer um pouco de equilíbrio. Tudo isso contribui para os altos índices de depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

É possível presumir que esses transtornos afetam mais as mulheres?
Sim.  Além das dinâmicas desordenadas com as quais todos lidamos, nós acumulamos a preocupação com o corpo. No espaço público, ele é entendido como disponível. Temos de prestar atenção se alguém quer acessá-lo indevidamente, se somos seguidas…

Como mãe de quatro jovens adultos e estudiosa das manifestações das desigualdades de gênero e raça, como lida com a independência deles?
Eu me esmerei em dar uma educação que os tornasse cidadãos e cidadãs cientes de seus direitos e deveres, e tentando alertar para todos os perigos, mas é um medo constante. Ensinei também o respeito aos espaços públicos. O descaso com isso, muitas vezes, reflete o sentimento das pessoas em relação à cidade. Se ela é hostil conosco, devolvemos da mesma forma. Deveríamos quebrar esse ciclo com uma disciplina de educação urbana nas escolas.

Você é autora de um livro sobre empoderamento. Dá para falar de empoderamento cidadão, ou empoderamento urbano?
Sim. O empoderamento é um conjunto de práticas trabalhadas de forma simultânea que devolve poder social aos grupos minoritários. E isso contempla as decisões sobre a cidade. A educação urbana seria um grande passo nesse sentido.

Você já chamou a atenção para a gravidade da precariedade habitacional. Poderia comentar esse aspecto?
Das pessoas em situação de rua em São Paulo, 80% são negras. Isso é um produto da nossa história e cabe a nós propor melhorias e mudanças. O problema habitacional não é exclusividade nossa, mas aqui ele se aprofunda devido ao abismo de desigualdade. Pessoas de grupos minoritários vivem nas mais variadas inseguranças habitacionais, desde o caso extremo, a rua, até a informalidade (gente que comprou terreno em loteamento clandestino e não possui a propriedade formal do lote), ou mora de aluguel (e, se deixa de pagar, sofre despejo, como temos visto durante a pandemia), em área de favela, em condições insalubres… é muito raro, no Brasil, quem pode dizer que se sente tranquilo em sua casa. Reformar é um privilégio, contratar um arquiteto, então, nem se fala: apesar do Estatuto da Cidade, que assegura à população de baixa renda o acesso a um profissional, isso não acontece na prática… Educação, saúde, trabalho e renda são pilares da existência social, mas a moradia, igualmente necessária, muitas vezes fica de lado. As ocupações, cujas lideranças costumam ser mulheres negras, são uma insurgência diante desse estado de precariedade habitacional e fundiária.

Gostaria de abordar alguma outra questão? Mais que uma entrevista, vejo essa conversa como um diálogo.
Queria discutir a arquitetura decolonial. Nossa ancestralidade, sobretudo africana e indígena, carrega em seu DNA o costume de fazer a própria casa. Isso se reflete na autoconstrução. Por que não aproveitar essa característica e adotar moradias verdadeiramente com a cara do Brasil? Me ocorre o trabalho do Francis Keré, que não se intitula decolonial, mas é. Ele domina todas as tecnologias, todo o conhecimento adquirido na universidade, e adapta tudo para a realidade de Burkina Faso, seu país natal, onde ele desenvolve uma série de iniciativas, sempre em conjunto com a população, para que ela se empodere e se aproprie dos edifícios. Entre os latinos, a proposta de habitação social do chileno Alejandro Aravena e a linguagem do paraguaio Solano Benítez se encaixam nesse pensamento. A própria Lina Bo Bardi traz uma maneira de projetar que inclui as pessoas, começando pelos operários. A arquitetura decolonial sugere que nos isolemos um pouco das referências eurocêntricas para que possamos nos encontrar.

Para terminar: as mulheres vão salvar o mundo?
Com certeza, com certeza! Paulo Freire dizia que os oprimidos construirão uma pedagogia que vai libertá-los e libertar também o opressor. Estamos caminhando ao longo da história com tantos pesos nas costas, e reconstruir as bases sociais é um deles. Seremos as principais prejudicadas se isso não se realizar. Temos de enfrentar.

Tesla sujeita mulheres em fábrica a condições de assédio sexual, diz processo

Funcionária relata em processo condições a que foi submetida
Por Agências – Reuters

Tesla não protegeu funcionária de assédio sexual, diz processo 

Tesla sujeita trabalhadoras a condições “aterrorizantes” de assédio sexual desenfreado em sua fábrica principal, e os supervisores viram as costas quando as queixas são apresentadas, de acordo com um novo processo contra a empresa de Elon Musk.

Jessica Barraza, 38, disse que suportou assobios e toques inadequados “quase diariamente” em seus três anos na fábrica em Fremont, na Califórnia, onde trabalha em turnos noturnos na área de produção.

Barraza disse que a gota d’água veio em 28 de setembro, quando um homem se aproximou por trás dela e colocou a perna entre suas coxas quando ela chegou do intervalo para o almoço.

“Oh, que pena”, disse ele, rindo, depois que ela escapou, de acordo com a queixa em um tribunal estadual da Califórnia em Alameda County.

A vítima disse que o departamento de recursos humanos da Tesla não respondeu às queixas que ela registrou em setembro e outubro, e até desativou o endereço de e-mail da empresa pelo qual recebia reclamações.

A Tesla não respondeu imediatamente nesta sexta-feira aos pedidos de comentários.

Em 4 de outubro, um júri federal em San Francisco ordenou que a Tesla pagasse US$ 136,9 milhões a Owen Diaz, um ex-operador de elevador negro que enfrentou assédio racial. Em 16 de novembro, a empresa reverteu a sentença, afirmando que “abomina e condena” todas as calúnias raciais e que, mesmo que devesse ter feito melhor para erradicar o racismo, o máximo que Diaz merecia eram US$ 600 mil.

Barraza está buscando indenizações compensatórias e punitivas por violações do California Fair Employment and Housing Act.

Ela também disse que, como muitos “empregadores de tecnologia”, a Tesla exige que muitos trabalhadores assinem acordos arbitrários, mantendo disputas no local de trabalho fora dos tribunais, mas que os termos “inescrupulosos” de seu acordo o tornam inviável.

Barraza disse que está de licença por recomendação médica, com diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático.

Belle D’Amore | Spring Summer 2021 | Full Show

Belle D’Amore | Spring Summer 2021 | Full Fashion Show in High Definition. (Widescreen – Exclusive Video/1080p – DC Swim Week)

Martin Felix Kaczmarski – Exuma/Afterglow Spirit/Neon Feels

Ideias para ter um jardim em espaço interno

Confira 5 dicas para cultivar plantas saudáveis e bonitas 

Novo modelo de floreira suspensa da Tramontina, a Malaia é ótima para locais reduzidos

Se você mora ou conhece alguém que vive em apartamento, provavelmente já ouviu algo relacionado ao cultivo de plantas em lugares pequenos. Apesar de difícil, não é impossível ter um jardim saudável em ambiente fechado.

Andaluz, o segundo modelo de lançamento da Tramontina, traz uma opção mais simples e delicada

Confira algumas dicas da Tramontina para a criação e manutenção de um jardim interno:

1 – Primeiro, escolha um ambiente do seu apartamento para dar início ao plantio. Observe se o local tem incidência de luz, ou não. Entenda que o cultivo de plantas depende do local escolhido. Se o apartamento é escuro, opte por espécies que não necessitam de energia solar, como: cactos, begônias e bambus. Faça uma pesquisa e decida qual a sua favorita!

2 – As floreiras são boas opções para o cultivo em locais pequenos, pois possibilitam o plantio de mais de uma espécie. Se o espaço for reduzido, opte por modelos suspensos – além de ocuparem apenas a parede, são ótimos para complementar a decoração.

3 – Você sabia que o vento também pode influenciar no resultado do seu jardim? Se, por exemplo, você optar por plantar em uma sacada – a ventania pode afetar sua mudinha. Busque por espécies mais rústicas, se esse for o caso. 

4 – E se você quiser adicionar uma horta ao seu jardim? Busque por alecrim, manjericão, ou cebolinha. Estes temperos são facilmente cultivados em apartamentos! 

5 – As regas são extremamente importantes para a manutenção das plantas. Entenda que nem todas necessitam de água, enquanto outras não precisam ser regadas com tanta frequência. Após a escolha das mudas, procure informações sobre as regas de cada espécie.

A Malaia é o primeiro modelo suspenso de floreiras produzido pela Tramontina

As floreiras Andaluz e Malaia são exemplos de floreiras que funcionam muito bem em espaços menores. Os produtos já estão disponíveis no e-commerce da marca.