It’s official: the first part of the ZAYN x ARNETTE collaboration has already been launched. Connecting creative worlds at all levels, Zayn Malik and ARNETTE take consumers to an alternative utopia with their new collection. It is a creative collaboration, a campaign inspired by ZAYN’s own works of art and a totally new and sustainable approach to glasses, using only biological materials.
“I’m very interested in the design and creative elements of a campaign, so it’s been great working with a brand like ARNETTE,” says ZAYN. “The team has been very open and receptive to my ideas. I have felt very comfortable“.
Featuring five edgy, easy-to-wear styles named after iconic vintage cars, the collection features innovative bio-acetate and iconic metal shapes that take us on a journey from 80s-inspired graphics to the experimental dimension of a new world. Models feature bold and powerful square outlines, low and wide wing shapes, metallic hoops, new exclusive light fade colors, and colorful sheer and mirrored shades. Each with a defined look and feel. Featuring the Z logo on the lenses, each pair reflects ZAYN’s personal style.
Take a look at the campaign below:
É oficial: a primeira parte da colaboração ZAYN x ARNETTE já foi lançada. Conectando mundos criativos em todos os níveis, Zayn Malik e ARNETTE levam os consumidores a uma utopia alternativa com sua nova coleção. É uma colaboração criativa, uma campanha inspirada nas próprias obras de arte de ZAYN e uma abordagem totalmente nova e sustentável para óculos, usando apenas materiais biológicos.
“Estou muito interessado no design e nos elementos criativos de uma campanha, então foi ótimo trabalhar com uma marca como a ARNETTE”, diz ZAYN. “A equipe tem sido muito aberta e receptiva às minhas ideias. Tenho me sentido muito confortável ”.
Apresentando cinco estilos ousados e fáceis de usar com nomes de carros antigos icônicos, a coleção apresenta formas inovadoras de bioacetato e icônicas formas de metal que nos levam em uma jornada dos gráficos inspirados nos anos 80 à dimensão experimental de um novo mundo. Os modelos apresentam contornos quadrados arrojados e poderosos, formas de asas baixas e largas, aros metálicos, novas cores exclusivas de desbotamento da luz e tons transparentes e espelhados coloridos. Cada um com uma aparência definida. Apresentando o logotipo Z nas lentes, cada par reflete o estilo pessoal de ZAYN.
Ben Hammersley diz ser contrário à regulação do Facebook e crê na criação de uma fonte inesgotável de eletricidade Edward Pimenta
Para o futurólogo Ben Hammersley, os próximos anos serão marcados por transformações nas relações de trabalho, preocupações com cibersegurança e mudanças climáticas, deixando combustíveis fósseis de lado Foto: Divulgação
RIO – Desde que cunhou o termo “podcast” em 2004, o britânico Ben Hammersley escreveu livros a respeito de disrupção digital e se firmou como um requisitado palestrante e consultor sobre temas como cibersegurança, inovação e tendências no mundo do trabalho.
De seu apartamento em Nova York, Hammersley falou ao GLOBO, por videoconferência, a respeito do futuro e também de temas candentes do momento, como o poder das redes sociais, algo que ganhou destaque esta semana com dois eventos: a pane do Facebook, Instagram e WhatsApp e o depoimento de uma ex-funcionária do conglomerado de Mark Zuckerberg no Senado americano, onde comparou as plataformas à indústria tabagista.
O senhor é favorável a uma maior regulação das redes sociais por parte dos governos?
Regular as coisas que as pessoas dizem nas redes sociais é o começo de um caminho perigoso. Se defendermos a censura a quem diz mentiras sobre a Covid-19, ficará mais fácil para políticos insistirem na censura de quem os critica. Uma vez que a tecnologia da censura esteja montada, poderá ser usada para qualquer coisa.
O senhor defende deixar tudo como está?
Há algo errado quando a maioria das pessoas tem acesso a informações a partir de um número muito pequeno de plataformas digitais. Os algoritmos usados pelo Facebook e o YouTube para recomendar conteúdos parecem preferir temas prejudiciais. Seria mais saudável — literalmente, no caso da Covid — se as próprias plataformas se regulassem na forma como promovem e sugerem conteúdo.
Há muitos casos em que o sistema do Facebook distribuiu ativamente desinformação, o que acabou resultando em mortes por Covid, genocídio e crimes de ódio.
O senhor acredita que haverá algum tipo de regulação estatal sobre inteligência artificial (IA), que é alimentada por dados?
Sim, mas não pelas razões que pensamos sobre isso hoje. Há um belo discurso que diz que deveríamos ter a posse dos nossos dados. Há realmente informações que você pode decidir não compartilhar, por exemplo, seu nome, idade, crenças e inclinações políticas.
Mas essa é uma quantidade muito pequena. Você não pode ser o dono exclusivo de um dado sobre algo que comprou em uma loja, por exemplo. O estabelecimento também é parte dessa transação.
Na imensa maioria das vezes, IA hoje é entendida como máquinas capazes de prever o que virá a seguir. Na prática, é mais uma grande planilha de dados cruzados do que essas ideias mágicas de que os gigantes digitais serão capazes de se apossar da nossa individualidade e desvendar nossos desejos secretos.
Sabia-se que a nudez já não era um problema para o consumidor jovem superexposto, estivesse ele no recatado Instagram ou no explícito OnlyFans, mas o que as marcas de luxo promoveram quase em uníssono entre Nova York, Londres, Milão e Paris foi uma orgia de fendas, mini comprimentos e transparências pouco antes vista na história recente da costura. E faz sentido.
A privação do contato físico, as noites mal dormidas e os dias que corriam apenas em “touchscreen” estancaram o desejo pela vida texturizada e a graça de usar moda como ferramenta de sedução –não só como chamariz do toque alheio, mas como ponto de atenção do olhar externo que é caro à moda.
O hedonismo da roupa feita para a noite, colocada em primeiro plano nos desfiles pandêmicos, podem ser lidos como memórias do que foi perdido, e, agora, na reconquista da liberdade, a sorte de estar vivo coloca tudo o que é essencial à experiência humana acima de qualquer tendência. Essa lógica, importante dizer, não partiu dos relatórios de gurus, mas da própria rua.
Ainda em julho, quando os americanos começaram a sair de casa e tomar o sol nas ruas, os críticos de moda logo avisaram haver pele demais suja de sorvete. Microshorts, tops e lingerie cravejados de pedras, além de logos à mostra nas cuecas, eram sinal de que as pessoas estavam dispostas a esquecer o pijama arrastando pela casa.
Tom Ford, o pai da estética anos 2000 novamente em voga com cinturas baixas, bustos cobertos por tarja de tecido e fendas desconcertantes, encerrou a temporada nova-iorquina prevendo a nova ordem.
Desfile da coleção verão 2022 da Tom Ford durante a semana de moda de Nova York – REUTERS
Os garotos exibiam os torsos descobertos com apenas um nó fechando a camisa na altura da virilha, as meninas trajavam calças cargo combinadas com blusas de malha metalizada transparente, e as bermudas, tendência pré-pandêmica, lançaram um novo esportivo estroboscópico.
Mesmo a vanguarda londrina, afeita às novas construções e a um estilo intelectualizado, aderiu à ideia. O georgiano David Koma mergulhou modelos em água em uma coleção que parece fundir os trajes de banho ao guarda-roupa de festa, no qual vestidos recebem os recortes de maiô e macacões de surfe, só que revistos com transparências e brilho.
Enquanto isso, na mesma toada sem firulas, o estilista Jonathan Anderson fez um calendário fotografado pelo popstar da fotografia de moda, Jurgen Teller, para exibir uma coleção de minivestidos com alças finas e telas de crochê —as bases manuais são grande aposta das grifes, como se o aspecto tridimensional recuperasse o sentido tátil da roupa.
Confortável no tema do despudor chique, próprio de suas grifes que traduzem o legado da beleza greco-romana, Milão exaltou as proporções dos corpos esculpidos. A Versace nem precisou criar demais para estar na última moda.
A cantora britânica Dua Lipa em desfile da temporada verão 2022 da Versace na semana de moda de Milão – AFP
“Physical”, de Dua Lipa, embalou o desfile com direito à própria cantora fazendo as vezes de modelo. Na passarela, as minissaias presas com os alfinetes dourados característicos da marca foram combinadas a um sem fim de braços descobertos e à alfaiataria que tanto Donatella Versace adora e, mais uma vez, funde-se às estampas e às malhas metálicas criadas por seu irmão.
Até Giorgio Armani, adepto das construções matemáticas e das gramaturas de tecidos mais pesados, preferiu a leveza das transparências em looks que descobriram os colos das modelos. Assim como em outros desfiles desta temporada, os casacos ou não estão abotoados ou deixam o terço final do abdome livre para respirar o ar puro.
Mas foi a comumente sisuda Paris que coroou o tema. A começar pelos 1960 resgatados pela Christian Dior, que vai ao âmago do início da libertação do corpo feminino no século 20 para encher as passarelas de minissaias e vestidos em “A” típicos da gestão do estilista Marc Bohan na grife.
A estilista Maria Grazia Chiuri mostra em cores blocadas e tecidos luminescentes a mescla de sua alfaiataria rígida com pinceladas esportivas, em que até o uniforme dos boxeadores pode virar elemento de moda para uma clientela acostumada à feminilidade helênica do longínquo 2019.
O espírito de fuga das quatro paredes de casa levou a Hermès a colocar sua imagem vinculada à montaria em um espectro ensolarado pouco visto na mesa de corte da estilista Nadège Vanhee-Cybulski. De tesoura extremamente técnica, ela prova que mesmo o couro, a base tanto fetichista quanto suntuosa da costura, pode assumir um retrato fidedigno dos novos tempos.
Pisar na praia foi a saída de duas mulheres que representam bem o “cool” parisiense, as estilistas Virginie Viard, da Chanel, e Isabel Marant.
Adepta do guarda-roupa descomplicado, Marant expôs as pernas dos modelos com maiôs, bermudas e biquínis, cuja dupla de peças apareceram sobrepostas à roupa, no jogo de colocar a roupa íntima à frente da externa que condiz com essa cartilha de tornar público o que costumava ser privado.
Mais atenta aos brilhos e ao sentimento de fuga para a areia, a Chanel desceu como nunca o cós, combinando as peças de baixo a mini blusas coladas que levam o nome da grife e devem agradar aos clientes menos interessados no passado de tailleurs de tweed.
Foi nos estertores dessa maratona de sexo reprimido, porém, que a ideia surgiu encapsulada para o epílogo, a volta ao escritório. A Miu Miu, de Miuccia Prada, combinou os mesmos tops e sainhas, os mesmos ossos ilíacos aparentes e a alfaiataria relaxada para formar o novo uniforme de trabalho, tão híbrido como se especula que a labuta será daqui para frente.
Ao colocar em xeque os códigos de decência que ainda rondam o look corporativo e ao desafiar o conservadorismo saído das sombras nesta pandemia, Prada recorda que se o trabalho dignifica o homem, o sexo, a liberdade e o prazer glorificam-no.