Empresas veem apoio a causas sociais e diversidade como caminho sem retorno

Após movimentos relacionados à vacinação, ao meio ambiente e à questão racial, oposição a projeto de lei que previa a proibição de representação LGBTQIA+ na propaganda reuniu 800 empresas e deixou clara a tendência de tomada de posição do setor corporativo
Fernando Scheller, Heloísa Scognamiglio e Wesley Gonsalves, O Estado de S. Paulo

Ao abraçar causas como ambientalismo e diversidade, empresas começam a participar de questões sociais do País Foto: Werther Santana/Estadão

Em um ano de pandemia, o País viu empresas doando bilhões de reais para o combate aos efeitos sociais e econômicos da crise sanitária, bancos se unindo para banir os pecuaristas que desrespeitam leis ambientais e, mais recentemente, centenas de companhias juntas para acelerar a vacinação contra a covid-19. O movimento, que já parecia forte, chegou ao ápice na última semana, em meio a uma mobilização que reuniu nada menos que 800 empresas em torno da defesa da diversidade e para derrubar um projeto de lei que tentava restringir a representação da comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexuais e assexuais) na publicidade. 

Mas por que tantas empresas, que antes se mantinham silenciosas, de repente decidiram se posicionar? O executivo Walter Schalka, presidente da gigante de papel e celulose Suzano e com quatro décadas de experiência no mundo corporativo, acredita que o setor produtivo se deu conta que não existe de forma apartada ao que ocorre fora de suas salas de reunião. “Ficou claro, enfim, que ganhar eficiência e produtividade só dentro da empresa não basta. E que não teremos uma sociedade justa se não endereçarmos os problemas sociais e estruturais do País.”

Dentro dessa busca por uma sociedade mais equilibrada, as empresas têm adotado uma miríade de causas. O grupo Mulheres do Brasil, presidido por Luiza Helena Trajano – também líder do Unidos pela Vacina –, busca a inserção feminina em cargos de liderança, mas também levanta a bandeira da igualdade racial. O Magazine Luiza, aliás, lançou um programa de trainees voltado só a candidatos negros, para corrigir o que identificou como uma falha estrutural de sua equipe, que só tem 16% de líderes negros – e acabou seguido por outras companhias.

A tendência de olhar para fora se refletirá, cada vez mais, no que se valoriza da porta para dentro das empresas, segundo especialistas. Já há um movimento forte de extensão do conceito de licença-paternidade – para que os homens participem mais dos primeiros meses de vida dos filhos – e de definição de bônus a partir de metas ESG (sigla em inglês para ações nas áreas ambiental, social e de governança).

Sem retorno

Segundo especialistas, às empresas resta aderir aos novos tempos ou correr o risco de ficar para trás. Para o secretário executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, Reinaldo Bulgarelli, a ação coletiva de marcas contra o PL 504 – de autoria da deputada estadual Marta Costa (PSD), que citava “inadequada influência” na propaganda – está inserida neste contexto. “De dois anos para cá, há um movimento mais vigoroso. Dou muito valor a essa mudança, porque as empresas entenderam que elas não podem ficar entregues a esse tipo de projeto. É um posicionamento de direitos humanos.” 

Entre as empresas que se posicionaram contra o projeto, estão multinacionais (como a P&G), bancos (Itaú Unibanco), varejistas (Riachuelo), consultorias (PwC) e a locadora Localiza. Na quarta-feira, diante das reações, o texto foi retirado da pauta de votação e voltou para a fase de análises nas comissões.

Segundo Leandro Camilo, sócio e líder de inclusão e diversidade da PwC, esses e outros movimentos de diversidade refletem uma exigência da sociedade que consome produtos e serviços dessas empresas. “Hoje, existe uma maior disposição das empresas nesse sentido. Ainda há grandes desafios, mas esse ‘barulho’ contra o PL 504 reflete esse maior comprometimento do empresariado com essa causa que é tão importante”, diz o executivo. “As companhias estão começando a entender que fazem parte não só dos problemas, mas principalmente das potenciais soluções.”

Causa x marketing

Mas será que todos os movimentos em relação à inclusão em todos as suas formas são sinceros ou só uma forma de tentar agradar? Para Herbert Steinberg, presidente da consultoria Mesa Corporate, é preciso tomar cuidado com discursos vazios. “Você não vai ver ninguém hoje dizendo que não apoia um programa de diversidade ou de governança porque isso pega mal. Mas, daí a essas empresas serem realmente aderentes a esse princípio, é algo completamente diferente.”

Adotar essa variedade de causas sociais – de preferência, escolhendo aquelas que têm maior aderência a seu posicionamento – será também uma política comercial para as empresas, segundo Steinberg. “Não dá para ir contra a maré. É necessário entender as questões culturais e o que está acontecendo no mercado. E traduzir esse pensamento em ações, no orçamento, fazendo uma discussão de propósito.”

Novos CEOs podem trazer ventos da mudança

À medida que empresas trazem uma nova geração para posições executivas, a diversidade ganha mais um vetor de incentivo. A gigante siderúrgica Gerdau, por exemplo, passou a fazer parte do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+. Segundo Reinaldo Bulgarelli, secretário executivo da entidade, a adesão está ligada à mudança de comando na empresa, que passou a ter Gustavo Werneck como CEO.

A Gerdau afirmou ao Estadão ter a ambição de se tornar uma das indústrias mais inclusivas. Desde 2019, realiza um programa de diversidade com cerca de 700 funcionários. A empresa tem um grupo interno voltado ao combate ao preconceito e, recentemente, preparou uma cartilha para garantir a inclusão em processos seletivos.

Agência de empregos fala em maior adesão das empresas

Cofundadora de uma consultoria especializada em inclusão e diversidade e da agência TransEmpregos, que tem a missão de incluir a comunidade trans no mercado de trabalho, Maitê Schneider, de 50 anos, diz que o interesse das grandes companhias em relação à diversidade viveu um momento de “divisão de águas” na última semana na esteira da derrubada do projeto de lei 504 – que tentava restringir a veiculação de publicidade com representação da comunidade LGBTQI+ – na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). “Está acontecendo um ponto de mutação”, diz a especialista.

Segundo Maitê, a própria trajetória da TransEmpregos pode ser vista como evidência da velocidade que o debate sobre diversidade está ganhando nos últimos meses. “A TransEmpregos acabou de fechar 837 empresas parceiras nesses sete anos de atuação. E as últimas 200 empresas entraram nos últimos dois meses. Então, olha a velocidade (aumentando)”, explica. “A gente acabou de fechar hoje com a Amazon. Então, está acontecendo.”

No fim das contas, o projeto de autoria da deputada Marta Costa (PSD), que tinha o objetivo de restringir a diversidade, foi, na visão de Maitê, um “mal que veio para o bem”. Ela diz que o total de empresas em busca de orientação sobre inclusão triplicou no LinkedIn ao longo da última semana. “Eu acredito que não só para LGBTQIA+, mas para (outras) pessoas, para grupos que são mais vulneráveis, marginalizados, o acesso vai ser mais potente.”

Um tour pelo novo escritório da Two22 em Minneapolis, Minnesota

A empresa de gerenciamento de propriedades Two22 contratou recentemente a empresa de arquitetura e design de interiores Nelson Worldwide para projetar seu novo escritório em Minneapolis, Minnesota.

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Corridor

“Quando os visitantes entram no saguão reformado, são recebidos por uma entrada espaçosa com piso de mármore branco e tetos iluminados por constelações. A presença de um balcão de recepção de segurança distinto centralizado no saguão do segundo andar foi fundamental no design para oferecer uma sensação de segurança no edifício e ancorado por um momento de branding com o logotipo Two22 redesenhado recentemente inscrito em um mármore totalmente azul e cinza muro.

O design geral foi impulsionado pela sofisticação, tecnologia, amenidades evoluídas e fluidez. O uso de curvas foi propositalmente introduzido para o movimento fluido do espaço, para facilitar o caminho para aqueles que usam a passagem aérea e ainda representados no logotipo do Two22. A luz natural também foi uma consideração importante, removendo todas as cercas de perímetro dentro do centro do edifício e minimizando as barreiras oferecendo um lugar muito mais convidativo e aberto para navegar facilmente. Posicionadas em todo o saguão renovado, estão paredes de pedra, toques de metal e outros materiais atemporais que iluminam a entrada ao entrar em contato com a luz solar. Cada lado do balcão de segurança encontra terceiros zonas de trabalho, acolhendo as pessoas para se reunirem e se encontrarem ou trabalharem, incluindo o novo café e uma área de descanso equipada com assentos e mesas para quem visita o edifício. Outra comodidade exclusiva encontrada no saguão atrás do café é um centro de fitness maior do que o anterior no edifício. Com sua atualização, o centro de fitness pode acomodar mais inquilinos e possui uma sala de ginástica em grupo. Perto do centro de fitness e café, NELSON também projetou um conceito de restaurante lounge para dar aos inquilinos e convidados a opção de uma experiência de jantar mais sofisticada e sentado.

Depois do balcão de segurança, há um lounge exclusivo para inquilinos, a Suíte Two22. Esta seção do lobby amplia o componente social e trabalho que muitos inquilinos e funcionários desejam no local de trabalho. O salão de hospitalidade também oferece áreas de descanso adicionais e salas de conferências que oferecem aos funcionários diferentes espaços para trabalhar e se reunir com os colegas. A pedra angular desta sala é o conforto; assentos de couro, janelas do chão ao teto e lareira a gás são incorporados ao design para proporcionar luxo e conforto. Como os espaços de trabalho ao ar livre são mais importantes do que nunca, com o bem-estar dos funcionários sendo prioridade, a Suite Two22 oferece um deck na cobertura. O pátio possui assentos adicionais, lareira a gás e uma vista incomparável do centro de Minneapolis, criando um local para os funcionários trabalharem ao ar livre. O deck do telhado também possui um guarda-sol operável de última geração e sistema de blindagem para permitir privacidade quando necessário.

Atrás do café e do centro de fitness ampliado há uma ampla escadaria que liga o saguão ao primeiro andar. A equipe de design da NELSON Worldwide substituiu a escada rolante anterior pela escada de declaração para melhor ativar o primeiro andar e atrair mais tráfego de pedestres. Para atrair os visitantes, o andar térreo possui uma sala de conferências e treinamento de primeira classe, equipada com tecnologia moderna e recursos de vídeo com tela sensível ao toque, com capacidade para acomodar 75 pessoas. Em sincronia com o lobby, o espaço para conferências reproduz os pisos brancos, as janelas do chão ao teto e os pontos de descanso. Uma escultura distinta está suspensa no primeiro andar do átrio. É moldado com vazios circulares que lembram o conceito de espaço fluido e fabricado com uma combinação de metais delicados usados ​​em todo o projeto, brilhando com luz natural ”, diz Nelson Worldwide.

  • Location: Minneapolis, Minnesota
  • Date completed: 2020
  • Design: Nelson Worldwide
  • Photos: Corey Gaffer
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Corridor
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Meeting pods
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Hotdesks
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Numéro Magazine #222 April/May 2021 –  Ajok Madel & Bente Oort By Jean-Baptiste Mondino 

La Couture   —   Numéro Magazine #222 April/May 2021   —   www.numero.com

Photography: Jean-Baptiste Mondino Model: Ajok Madel & Bente Oort Styling: Babeth Djian Hair: Nabil Harlow Make-Up: Tom Pecheux

You | Netflix confirma lançamento da 3ª temporada para o fim de 2021

As filmagens da terceira temporada de Você já terminaram. Vem aí: a data de lançamento.

A Netflix confirmou que a terceira temporada de You será lançada no final de 2021. A plataforma revelou a informação na seção de comentários de uma nova imagem de bastidores, que mostra o protagonista Penn Badgley com uma cadeira de “stalker”, uma brincadeira com seu personagem.

Respondendo aos fãs, a plataforma informou: A boa notícia é que é ainda esse ano. A má notícia é que deve ser no final do ano”. As duas primeiras temporadas de You foram lançadas na plataforma em dezembro. 

You foi lançada em 2018 e acompanha a história de Joe, um homem aparentemente comum que fica obcecado quando se apaixona por alguém. 

As duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix.

A App Store da Apple teve 78% de margem em 2019, afirma a Epic Games

By Mark Gurman

A App Store da Apple Inc. teve margens operacionais de quase 78% no ano fiscal de 2019, de acordo com o depoimento de uma testemunha especialista da Epic Games Inc. com base em documentos obtidos do fabricante do iPhone.

O número vem de Ned Barnes, um pesquisador financeiro e econômico, que disse ter obtido documentos “preparados pelo grupo de Análise e Planejamento Financeiro Corporativo da Apple e produzidos a partir dos arquivos do CEO da Apple, Tim Cook”.

A Apple está contestando a precisão dos cálculos de Barnes – e pedindo a um juiz que restrinja a discussão pública sobre o lucro da App Store – enquanto as empresas se encaminham para um julgamento de alto risco na segunda-feira em Oakland, Califórnia.

A Epic, fabricante do blockbuster Fortnite, está tentando mostrar que a App Store funciona como um monopólio, com sua comissão sobre os desenvolvedores de até 30%, enquanto a Apple insiste que não abuse de seu poder de mercado.

A Epic também está processando a Apple no Reino Unido e na Austrália, enquanto a Apple enfrenta o escrutínio de reguladores antitruste nos EUA e no exterior.

As empresas estão confiando fortemente em economistas duelosos enquanto apresentam seu caso à juíza distrital dos EUA Yvonne Gonzalez Rogers, que está conduzindo o julgamento de três semanas sem um júri.

Como parte do processo de compartilhamento de informações pré-julgamento, Barnes disse que um funcionário da Apple disse a ele que os números dos documentos internos da empresa não mostram o quadro completo. Barnes disse que então fez cálculos adicionais, o que resultou em estimativas de margem mais alta de 79,6% para 2018 e 2019.

Em um comunicado no sábado, a gigante de tecnologia com sede em Cupertino, Califórnia, disse que os cálculos dos especialistas da Epic “das margens operacionais da App Store estão simplesmente errados e estamos ansiosos para refutá-los no tribunal”.

Barnes disse que também obteve documentos preparados dentro da Apple que mostram estimativas de lucros e perdas para o ano fiscal de 2020. Ele disse que a Apple vinha acompanhando os lucros da App Store há anos e que também obteve essas declarações de 2013 a 2015.

A Apple gera receita com a App Store ao cobrar uma comissão de 15% ou 30% dos desenvolvedores por downloads de aplicativos pagos, compras no aplicativo e assinaturas.

Analistas acreditam que as margens da Apple na App Store podem ter crescido desde 2019. Sensor Tower estima que a App Store gerou US $ 22 bilhões em comissões no ano passado para a Apple, enquanto o analista da Bernstein, Toni Sacconaghi, acredita que a Apple administrará a App Store este ano com um lucro bruto de 88%.

Executivos da Apple disseram que a empresa não rastreia tais declarações de lucros e perdas para unidades de negócios individuais.

“Quando olhamos para a App Store, não é um negócio autônomo separado para nós”, disse Kyle Andeer, diretor de conformidade da Apple, em uma audiência no Congresso no mês passado. “É um recurso integrado de nossos dispositivos.”

Cook disse o mesmo em seu depoimento antes do julgamento. “O negócio da Apple não está estruturado de forma que permita a uma pessoa apertar um botão e obter uma declaração de lucros e perdas da App Store”, disse ele.

A Apple diz que não aloca custos para a App Store e que os documentos internos que discutem a receita para o mercado normalmente não incluem despesas. Isso significa que, de acordo com a empresa, quaisquer margens ou lucros não mostram o quadro completo.

Em um depoimento de testemunha em nome da Apple, Richard Schmalensee, especialista em economia do Massachusetts Institute of Technology, disse que a “estimativa de Barnes da margem operacional da App Store não é confiável porque olha isoladamente um segmento do ecossistema iOS de uma forma que aumenta artificialmente a margem operacional aparente desse segmento. ” Ele acrescentou que “qualquer medida contábil da lucratividade independente da App Store também é arbitrária e, portanto, não confiável como um indicador de qualquer coisa”.

Em um pedido ao juiz para impedir que a Epic se refira a dados financeiros da App Store em um tribunal aberto, a Apple disse que a informação pode “confundir indevidamente os mercados de valores mobiliários e os participantes desses mercados, incluindo os muitos fundos de pensão, fundos mútuos e outros investidores comuns que possui ações da Apple. ”

A cor rosa chega à cozinha, tingindo paredes, armários e revestimentos, com um toque de ousadia

O tom, quem diria, agora é visto por arquitetos e designers como versátil
Isabela Caban

Cozinha Rosa Foto: Divulgação

Desde que o rosa-quartzo foi eleito pela Pantone a cor do ano, em 2016, o tom sobe a escada da fama da decoração. Surgiram variações em apelidos como rosa-seco, vintage e millennial na mesma velocidade em que a paleta avança pelos cômodos da casa. Agora, a cor encontrou seu lugar na cozinha, tingindo uma parte do armário, marcando presença em um eletrodoméstico, no piso ou na parede inteirinha.

Cozinha Rosa Foto: Divulgação
Cozinha Rosa Foto: Divulgação

“Queria ter em casa uma cozinha de boneca, bem ‘Patricinha de Beverly Hills’”, brinca o arquiteto Richard de Mattos, que acabou de pintar a sua (paredes e armários!) em dois tons de rosa — um puxado para o salmão e outro, chiclete. Projeto seu com a sócia Maria Clara de Carvalho (na Pílula Arquitetura), a ideia foi mesmo ousar e deixar o novo apê bem lúdico. “Gostamos de arriscar, de brincar, de colorir”, conta. Para completar, a dupla escolheu branco nas bancadas, marrom no teto, madeira no armário suspenso, um pouco de verde com plantas e um toque a mais de irreverência no pôster pendurado em destaque, com o autorretrato de Richard.

Também vale rosa-choque. O arquiteto Pedro Kastrup (da PKB) quis levar personalidade à cozinha integrada à sala no apartamento de um jovem casal com dois filhos. Com ar mais sóbrio e tons neutros (cinza, branco e freijó), por lá o banho de tinta foi pontual, apenas nas frentes dos armários, contrastando com as cadeiras Mucuri em azul-bic, do designer Zanini de Zanine. “Essas portas são vidros laqueados por trás e podem facilmente mudar de cor, caso queiram mais pra frente”, explica Pedro.

Cozinha Rosa Foto: Divulgação
Cozinha Rosa Foto: Divulgação

O rosa, quem diria, agora é visto por arquitetos e designers como versátil. Ficou para trás o tempo em que era ligado apenas ao feminino e ao romântico. “É uma cor calma e delicada, mas não só. Pode agregar ousadia, força, disruptura. Não é inicialmente cogitada pelos clientes, mas depois, quando veem o projeto, é sempre uma boa surpresa. Percebemos uma maior aceitação”, defende Pedro Kastrup.

Em uma outra cozinha integrada, que pode ser envolta em uma “caixa de vidro” (fechada com portas de correr translúcidas com moldura em ferro preto), o rosa surge em uma tonalidade clean no revestimento esmaltado da parede, no backsplash. Esse projeto da Concretize, das designers de interiores Fernanda Nasser e Luiza Amaral, foi feito pra um jovem executivo, fã do estilo industrial, que pediu um apartamento com três elementos básicos: metal, concreto e tijolinho aparente. “A cor foi escolhida para fazer um contraponto ao cinza, para quebrar o padrão dos outros ambientes”, explica Fernanda.PUBLICIDADE

O Fala Atelier também apostou no tom para a cozinha e desenhou um armário com recortes feitos diretamente no MDF, criando uma estampa geométrica. Nesse caso, os arquitetos Filipe Magalhães, Ana Luisa Soares e Ahmed Belkhodja harmonizaram o tom com branco e madeira. Mas não há regra rígida, afinal até com verde dá samba. Primeiro, é preciso saber qual o efeito se quer transmitir com a composição, mais chamativo, excêntrico e ousado ou singelo e elegante. E mãos ao rosa.

Aja Walton for V Magazine

Miss August, Precious Lee, with manicure by Aja Walton for the 2021 V Magazine x Emporio Armani Calendar. Photographed by Luigi and Iango. 

Rie Omoto covers Numéro Tokyo

Fun! Fun! Fun! Tami Williams covers Numéro Tokyo with makeup by Rie Omoto and photographer Karen Collins.

Robin Holzken By Andrew Stinson

www.seemanagement.com

Photography: Andrew Stinson Model: Robin Holzken Styling: Lilli Millhiser Hair: Clara Leonard Make-Up: Deanna Melluso