Curadora Sarah Meister do MoMA falará sobre fotografia modernista brasileira em live

Museu receberá exposição sobre o tema em maio deste ano

Sarah Meister, MoMA Photography Curator

Sarah Meister, curadora à frente do Departamento de Fotografia do MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), participará de live do Itaú Cultural no dia 19 de maio. As inscrições para participar começam no dia 5 de maio.

Na conversa, será abordada a exposição “Fotoclubismo: Fotografia Modernista Brasileira – 1946-1964”, que será inaugurada no dia 8 de maio no museu americano. ​

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2021 International Jazz Day Virtual Global Concert

O 2021 All-Star Global Concert contará com uma programação histórica de apresentações de alguns dos maiores mestres do jazz do mundo. Pela primeira vez, em homenagem ao 10º aniversário do Dia Internacional do Jazz, o Concerto de 2021 mostra artistas vindos de uma variedade de locais.

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Michael Kors | Spring Summer 2021 | Full Show

Michael Kors | Spring Summer 2021 | Full Fashion Show in High Definition. (Widescreen – Exclusive Video/1080p – New York Fashion Week)

Estudo diz que Night Shift não ajuda usuários a dormir melhor

Segundo cientistas, outros fatores interferem muito mais na qualidade do sono

Já há alguns anos, todos os principais sistemas operacionais do mundo trazem algum recurso de filtro de luz azul — no caso da Apple, por exemplo, ele responde por Night Shift e está presente no iOS, no iPadOS e no macOS. Em todos os sistemas, o propósito é o mesmo: reduzir a emissão de luzes azuladas nas telas, o que teria um impacto positivo nas funções cerebrais e na qualidade do sono.

A efetividade desse tipo de recurso, entretanto, não é unânime: já falamos aqui, por exemplo, sobre um estudo que classificou o Night Shift e seus parentes como prejudiciais ao sono, e não o contrário. Pois uma pesquisa recente da Universidade Brigham Young não chegou a tanto — mas concluiu que a funcionalidade simplesmente não traz nenhum benefício à noite de sono dos usuários.

Coordenado pelo pesquisador de psicologia Chad Jensen, com o apoio de pesquisadores do Centro de Medicina Infantil do Hospital de Cincinnati, o estudo analisou o sono de três grupos: o primeiro usou seus smartphones com o Night Shift ativado; o segundo, com o recurso desligado; o terceiro não utilizou os aparelhos antes de dormir.

Surpreendentemente, os resultados mostraram que a qualidade do sono dos três grupos foi virtualmente idêntica — sugerindo não apenas que o Night Shift não funciona, mas também que aquela velha máxima, de que o uso de smartphones antes de dormir prejudica o sono, pode não ser tão verdadeira assim.

O estudo analisou, no total, 167 pessoas entre 18 e 24 anos, todas usuárias constantes de smartphones com hábito de dormir por ao menos oito horas. Durante a noite, os voluntários usaram um acelerômetro acoplado ao pulso para que os cientistas pudessem medir elementos como duração e qualidade do sono, interrupções durante a noite e o tempo que cada usuário levava para dormir após se deitar.

Em uma segunda etapa do estudo, os pesquisadores dividiram os voluntários em dois grupos: um deles passou a dormir uma média de sete horas por noite, enquanto o outro teve noites de sono inferiores a seis horas.

Apenas no primeiro grupo (o das sete horas) teve um registro de qualidade de sono superior, mas somente entre os voluntários que não utilizaram smartphones antes de dormir — não houve qualquer diferença entre os usuários que usaram ou não o Night Shift. No grupo das seis horas ou menos, os três subgrupos tiveram registros parecidos na qualidade do sono.

Segundo Jensen, a questão primordial na qualidade do sono não é o uso de filtros ou mesmo a exposição do usuário à luz de telas, e sim outros estímulos sofridos pela pessoa ao longo do dia — por exemplo, uma atividade relaxante no celular, na cama, pode ser benéfica para você dormir melhor, enquanto uma conversa acalorada no WhatsApp à meia-noite pode afetar significativamente sua noite de sono:

Isso [o estudo] sugere que, quando você está muito cansado, você cai no sono, não importa o que você tenha feito antes de dormir. A pressão do sono é tão grande que não há realmente um efeito no que acontece antes da cama. […] Enquanto muitas evidências sugerem que a luz azul aumenta seu estado de alerta e torna mais difícil o ato de cair no sono, é importante lembrar de quanto desses estímulos são emissões de luz e quanto vem de outros estímulos cognitivos e psicológicos.

Portanto, fica o lembrete — mais do que o Night Shift, o importante é desestressar e acalmar a cabeça nas horas antes de dormir. Se você curte o recurso, entretanto, pode continuar usando-o sem problemas.

VIA PHONEARENA

The Many Live Of… – Vogue UK May 2021 – Thandiwe Newton By Mikael Jansson

The Many Live Of…   —   Vogue UK May 2021   —   www.vogue.com

Photography: Mikael Jansson Model: Thandiwe Newton Styling: Edward Enninful Hair: Eugene Souleiman Make-Up: Ammy Drammeh Manicure: Ama Quashie  Set Design: Andy Hillman

Le Postiche entra em recuperação judicial depois de baque da pandemia

Empresa quer renegociar dívidas de R$ 64,6 milhões, montante que não inclui passivos fiscais; movimento evidencia dificuldades de varejistas em meio à crise da covid-19
Fernanda Guimarães, O Estado de S.Paulo

Depois de reestruturação, Le Postiche agora tem 45 lojas próprias e 98 franquias. Foto: Divulgação

Depois de acumular dívidas de R$ 64,6 milhões e ver suas receitas desabarem ao longo de mais de um ano de pandemia, a varejista de malas, bolsas e mochilas Le Postiche entrou em recuperação judicial. A segunda onda da covid-19, que mais uma vez fechou o comércio e retardou a retomada da economia, fez a empresa, fundada na década de 1970, não conseguir ver uma saída para se reerguer sem a proteção da Justiça.

Além de ter lidado com um período com lojas fechadas na quarentena, a Le Postiche viu dois de seus principais pilares de demanda por seus produtos ruírem na pandemia: o de turismo (malas de viagem) e o escolar (mochilas), com viagens suspensas e alunos com aulas online. 

A recuperação judicial da Le Postiche evidencia uma realidade de varejo. Enquanto há empresas capitalizadas e prontas para se tornarem consolidadoras do mercado – caso de RennerArezzo Grupo Soma, por exemplo -, há outros negócios que, por causa de falta de escala ou de fôlego financeiro, se veem em dificuldades. Segundo consultores em varejo, a tendência de os mais fortes incorporarem os mais fracos deve se intensificar nos próximos meses.

Redução de tamanho

No processo de reestruturação, que começou ano passado, a empresa começou a ajustar seu tamanho: 37 lojas em shopping centers foram fechadas – todas essas unidades já não tinham rentabilidade mesmo antes do início da crise. Mais enxuta, agora a Le Postiche tem 45 lojas próprias e 98 franquias – esse número de pontos franqueados já chegou a ser de 200. 

O presidente da Corporate Consulting Estratégias, Luis Alberto de Paiva, que conduz o processo de reestruturação, diz que, no ano passado, com os bancos postergando o vencimento das dívidas e com um crédito que a empresa obteve por meio de uma das linhas de socorro que foram liberadas pelo governo, a Le Postiche conseguiu ganhar fôlego e atravessou o segundo semestre.

A expectativa era de que a pandemia arrefecesse, com a companhia ganhando fôlego com dois fenômenos que costumam animar as vendas: as viagens de fim de ano e a volta às aulas. No entanto, nem o turismo nem a educação voltaram em larga escala, prejudicando os planos da companhia. A segunda onda de covid acabou sendo a gota d’água. “O que aconteceu, na realidade, foi exatamente o contrário”, comenta Paiva. 

Busca da digitalização

Agora, depois dos primeiros ajustes já feitos, a empresa já está debruçada para começar a desbravar novos mercados, para se tornar menos dependente de nichos específicos, e está em busca de mais digitalização. Outra questão que será trabalhada é a profissionalização da gestão da empresa, ainda de perfil familiar.

O trabalho, além da diversificação, será buscar a abertura de lojas em locais mais estratégicos em pontos de alta circulação – e fora dos shoppings, onde suas lojas hoje se concentram, exceto uma na zona sul de São Paulo, onde também funciona seu outlet. 

Para conseguir fazer esses investimentos, a empresa já conversa, segundo o presidente da Corporate Consulting, com investidores que têm foco em aporte em empresas que estão em recuperação judicial.  “Estamos falando com investidores nacionais e têm também estrangeiros querendo entrar, mas isso depende da equalização da recuperação”, diz.

Essa entrada de recursos deverá ocorrer, segundo ele, em um prazo de seis meses a um ano, após a entrega do plano de recuperação, programado para daqui a 60 dias, e a assembleia de credores, em 180 dias. O pedido de recuperação da Le Postiche foi deferido ontem. A dívida que será renegociada soma hoje R$ 64,6 milhões, montante que não inclui os passivos fiscais da empresa.

Lanterna Verde | Série escala Finn Wittrock, de AHS, como protagonista

Ator viverá Guy Gardner na série da HBO Max
JULIA SABBAGA

Ator de American Horror Story será o protagonista de Lanterna Verde

HBO Max escalou Finn Wittrock, ator conhecido por trabalhos em American Horror Story e Invencível, como protagonista na vindoura série do Lanterna VerdeWittrock viverá Guy Gardner na produção.

O Lanterna Verde de Guy Gardner é descrito como uma massa de masculinidade e um símbolo do hiper-patriotismo dos anos 1980. 

Na época do anúncio, foi revelado que a série do Lanterna Verde será desenvolvida por Greg Berlanti, e “se passará ao longo de várias décadas”, envolvendo “dois grandes Lanternas Verdes da Terra” e o vilão Sinestro, ex-membro da Patrulha que se torna um Lanterna Amarelo.

A série do Lanterna Verde terá 10 episódios e contará com diversas versões de Lanterna Verde, incluindo Guy Gardner, Jessica Cruz, Simon Baz e Alan Scott.

Wittrock já foi indicado duas vezes ao Emmy por seus trabalhos nas séries American Horror Story e American Crime Story: The Assassination of Gianni Versace. Mais recentemente, o ator esteve no longa Judy: Muito Além do Arco-Íris e na série Ratched da Netflix. 

Lanterna Verde ainda não tem previsão de estreia.

Tenho câncer. E agora? Jornalista Adriana Moreira divide sua jornada com a doença

Adriana Moreira

A jornalista Adriana Moreira: blog como canal de comunicação com outras mulheres diagnosticadas com câncer. Foto Arquivo Pessoal

Quantas vezes eu havia me olhado no espelho naquela semana? Mas, neste dia, o reflexo no espelho mostrava algo diferente. Minha mama esquerda parecia levemente maior que a direita, com o que parecia ser um calombo. Algo sutil, discreto, praticamente imperceptível. Poderia ser apenas o inchaço natural anterior à menstruação, poderia ser uma espinha, poderia não ser nada. Na dúvida, fiz o autoexame, na hora. Havia um nódulo.

Mas a menstruação veio e se foi e o nódulo continuava no mesmo lugar. O que me levou à fase 2, chuva moderada em pontos isolados: chorei discretamente (não queria alarmar ninguém à toa) enquanto buscava opções de médicos e procurava manter o otimismo (“vai dar benigno”, dizia). Depois dos exames feitos e do diagnóstico comprovado, a realidade me acertou com um tabefe no meio das fuças: tenho câncer, e agora?

Até o presente momento, em que estou oficialmente diagnosticada como portadora de câncer de mama e prestes a fazer a cirurgia para remover essa visita inconveniente (que não apenas entrou sem ser convidada como também não quer usar máscara e fala lançando perdigotos no ar), mudei de humor e sentimentos tanto quanto muda o clima em São Paulo em um dia de outono. Do solar a tempestades em menos de dez minutos, essa é a minha atual rotina.

Comecei com uma solar negação: não procurei um médico imediatamente. “Vou esperar depois da menstruação, vai que desincha e some?”, pensei. Afinal, isso não poderia acontecer comigo, logo comigo? (Sim, todos nos consideramos lindos alecrins dourados imunes aos dissabores da vida. Não fujo à regra.)

A notícia, não vou mentir, me trouxe a tempestade com raios, trovões, lágrimas, raiva e uma comilança desenfreada, com tudo o mais gorduroso e pior para a saúde possível. De que adiantaria ser saudável agora, já que eu já estava doente? Pela mesma razão, dei adeus aos exercícios físicos, os quais eu fazia todo dia.

Logo, no entanto, percebi que esse comportamento autodestrutivo não me levaria a lugar algum. Um solzinho discreto, entre nuvens. O que me trouxe à fase atual: vambora enfrentar isso aí. De peito aberto (sem trocadilhos), com bom humor (quando possível) e fazendo o que sei fazer: contar histórias e informar.

Dividir minha experiência nessa jornada – que vai durar sabe-se lá quanto tempo – é uma maneira de mostrar para outras mulheres que também têm câncer que elas não estão sozinhas. Ao todo, 316.280 mulheres foram diagnosticadas com algum tipo de câncer no ano passado no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O mais comum, 29% deles, é o  câncer de mama, o que corresponde a um total de 66 mil mulheres diagnosticadas no último ano.

Somos muitas, mas falamos pouco a respeito. Sim, há as campanhas de prevenção, mas sobre o dia a dia de quem enfrenta a doença não há tantas informações que não sejam técnicas. O tabu ainda é grande, as dúvidas são muitas. Terei de fazer quimioterapia? Entrarei na menopausa por causa dela? Como vai ser a cicatriz da cirurgia? Meu cabelo vai cair? Como estará minha autoestima ao fim desse processo? Quais os riscos de metástase?

Prometo compartilhar essas respostas aqui, de uma maneira muito franca e sem rodeios, com todos os altos e baixos e mudanças de clima que aparecerem nessa trajetória. Vale lembrar algo importante: câncer é algo bem particular, e há diversos tipos de tratamentos e procedimentos – quem avalia é o médico. Cada caso é um caso, e meu objetivo aqui é contar minha experiência. O que serve pra mim talvez não sirva pra você, ok?

Tenho consciência que, neste processo, parto de alguns privilégios: diferentemente da grande maioria da população brasileira, que precisa enfrentar filas de meses para marcar um exame de rotina, tenho um plano de saúde que me permitiu um diagnóstico rápido e uma cirurgia marcada para “o quanto antes”.

Bem diferente do cenário que minha mãe encontrou, há cerca de dez anos, quando também recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Mesmo com a suspeita, marcar exames e consultas antes de ter a confirmação do câncer foi uma via-crúcis no sistema público. Em compensação, depois do diagnóstico confirmado ela fez todo o tratamento pelo SUS, com médicos atenciosos e enfermeiras cuidadosas, recebendo toda a medicação necessária sem nenhum gasto. E, hoje, pode ser considerada curada. Mas isso é tema para um post futuro.

O fato é que ter alguém em casa que já passou por isso tem me ajudado muito a não “panicar” – eu vi como é, sei o que vou enfrentar. Minha mãe, por outro lado, me conforta com palavras como “é assim mesmo”, “comigo foi assim também”. E é por isso que decidi fazer esse blog: pra você, que está passando pelo mesmo que eu e não tem ninguém próximo para compartilhar dúvidas e sentimentos que vão além do diagnóstico médico. Ninguém solta a mão de ninguém.

Vamos falar mais a respeito? Que temas você gostaria de ver aqui? Conta pra mim lá no Twitter: @adrikka

PS: Este texto de apresentação foi escrito pouco antes da minha cirurgia para retirada do nódulo. Tudo correu bem – em breve, contarei tudo neste espaço.

Estrelas do Oscar apostaram em looks casuais, mostrando que Hollywood está mudando

Chloé Zhao e Frances McDormand lideram lista
Melina Dalboni

Frances McDormand e Youn Yuh-jung: looks ‘básicos’ Foto: Matt Petit/A.M.P.A.S. via Getty Images / A.M.P.A.S. via Getty Images

Depois de 93 edições do Oscar, a Academia, finalmente, está se modernizando. E as mudanças vão além do conceito de inclusão, com um número maior de mulheres e negros indicados e premiados. Até o dress code está diferente. As grandes estrelas da noite foram vistas com looks mais casuais, um quê de protesto pacífico sobre o papel da mulher na indústria, como se quisessem manter os holofotes no trabalho.

De cara limpa, com duas tranças despretensiosas, um vestido de tricô da Hermès e um par de tênis branco, a chinesa Chloé Zhao arrematou simplesmente as duas mais importantes estatuetas da noite: melhor filme e melhor direção por “Nomadland”. Conhecida por manter-se propositadamente longe da cultura de celebridades, Frances McDormand, protagonista do filme, recebeu a estatueta de melhor atriz num discreto Valentino preto reto, sem um pingo de maquiagem e cabelos despenteados. “Chloé e Frances estavam alinhadas com o momento. Souberam captar o zeitgeist (o espírito do tempo) do mundo pandêmico”, avalia Sabina Deweik, pesquisadora de tendências, destacando ainda a sul-coreana Youn Yuh-jung, melhor atriz coadjuvante, que elegeu um longo marinho, de Marmar Halim, e pouca maquiagem para a ocasião.

Chloé Zhao Foto: POOL / REUTERS
Chloé Zhao Foto: POOL / REUTERS

Para a stylist Manu Carvalho, faltou um tiquinho de glamour. Chloé, na sua visão, foi um pouco “longe demais”. “Fez um statement de modesta. Algo como: vou de tênis mesmo, sem maquiagem, com cabelo zoadinho e vocês que me aguentem”, comenta Manu, destacando também o visual da roteirista, diretora e atriz Emerald Fennell, vencedora de melhor roteiro original. Ela combinou um esvoaçante e romântico vestido rosa e verde a um par de tênis. “A moda é um espelho da sociedade. É interdependente dos acontecimentos e do contexto da pandemia”, reflete a stylist.

Mas ainda pode ir de vestido princesa no Oscar em plena pandemia, como Amanda Seyfried e Carey Mulligan? Pode. É de bom-tom? Não é de bom-tom. “A pandemia mudou o dress code das empresas, por que não mudaria o Oscar?”, provoca Sabina.