
Photography: Andreas Ortner. Styled by: Tinka Valérie. Hair & Makeup: Gianluca Mandelli. Model: Alexina Graham.










Photography: Andreas Ortner. Styled by: Tinka Valérie. Hair & Makeup: Gianluca Mandelli. Model: Alexina Graham.
Sem se ver, casais passam a reavaliar a qualidade de suas relações e terminam por Whatsapp ou videochamadas
Isabella Menon
Manoella Smith
Separados há dez dias, mas sem poder sair de casa durante a quarentena, Maria, 22, e seu ex-marido restringem suas conversas a “bom dia”, “boa noite” e assuntos sobre comida ou dinheiro.
A universitária, que pediu para ter seu nome alterado, é uma das jovens ouvidas pela reportagem que terminaram seus relacionamentos durante o isolamento.
Isso porque nem mesmo o amor escapou dos efeitos do novo coronavírus. Isolados em casa ou impossibilitados de se encontrar, casais passam a avaliar suas prioridades, a qualidade dos seus relacionamentos e se a presença do outro é assim tão importante.
Maria, que se casou em 2018 e foi logo morar com o marido em Porto Alegre, vinha há meses questionando se não teria se precipitado ao assumir um compromisso desses tão nova. Para completar, o carinho e o sexo já não eram os mesmos.
Ela diz que a quarentena tirou todos seus estímulos externos e a fez questionar a vida que estava levando e a rotina que tinha criado. Maria pretende, ainda nesta semana, retornar para a casa de sua família em Uberlândia (MG).
Ailton Amélio da Silva, doutor em psicologia e professor da Universidade de São Paulo (USP), diz que a quarentena é uma prova de fogo para os relacionamentos.
“Atualmente, os casais passam muito tempo fora, trabalham e estão cansados. Quando se encontram, tratam apenas de problemas práticos. O romance, o ‘sex appeal’, tudo isso vai perdendo espaço”, analisa ele.
O especialista avalia que, agora isolado, o casal é quase que obrigado a ficar na presença do outro e pode perceber o que ele chama de esvaziamento da relação. Para completar o quadro, a situação de incerteza que a pandemia traz, a ameaça econômica, gera uma tensão natural que pode levar a brigas mais frequentes.
Mas mesmo para quem não divide o mesmo teto, a impossibilidade de poder se encontrar também afetou as relações. Por isso, a solução de muitos foi romper por meio de mensagens ou de videochamadas.
O fenômeno até ganhou nome próprio nos Estados Unidos: é o zumping, mistura de Zoom (aplicativo de videoconferência) com dumping (terminar, em inglês), e se aplica aos términos por meio de aplicativos.
É o caso de Aline, 22, que estava com Lucas, 21, havia três anos. Devido à quarentena, a paulistana, que mora com a mãe e o irmão, ficou sem ver o namorado por um mês.
Foi durante esse período que ela, que pediu que o sobrenome fosse ocultado da reportagem, notou algo de estranho. Enquanto as amigas sofriam, faziam contagem regressiva e planejavam escapadas para encontrarem os amados, Aline percebeu que não sentia tanta falta de Lucas.
Ela começou a refletir sobre atitudes dele que a incomodavam, como situações em que o ex era rude ou parava de falar com ela sem motivo. O término aconteceu por meio de uma videochamada do aplicativo Duo, que durou mais de uma hora.
Com Livia Karoline de Freitas Carlos, 20, a decisão partiu do (agora ex) namorado de seis anos, que terminou a relação por WhatsApp. “Ele começou a ficar estranho e percebeu que não gostava mais de mim”, relata a estudante de estatística da Ufscar, em São Carlos. “Com a quarentena, acho que a cabeça pode parar um pouco para pensar, porque sempre estamos a mil por hora.”
“Hoje [um relacionamento] começa, se mantém e termina via internet. Quanto mais distante do real, mais corajosos ficamos”, avalia o psicólogo Silva. Mas ele chama a atenção para o fato de que rompimentos assim estão longe de serem ideais, pois pode ser traumático terminar algo longo e profunda por meio de uma chamada ou de um vídeo.
A paulistana Caroline, 23, terminou o namoro de oito anos por telefone. Em meio à pandemia, ela relata que tem trabalhado o triplo para manter a renda da sua casa por meio de venda de marmitas. “Já não estávamos bem e eu nem percebia”, disse ela, que passou a perceber que o ex também não fazia falta.
Ela tem mais um problema para lidar quando a pandemia passar: eles tinham comprado um apartamento juntos. Agora, Caroline, que pediu que o sobrenome não fosse divulgado, quer comprar a parte do antigo companheiro.
“São coisas que ainda precisamos acertar melhor. O término foi uma briga horrível. Quero conversar pessoalmente e tentar resolver tudo da melhor maneira possível”, diz.
O psicólogo Amélio da Silva, que antes da quarentena já atendia casais, continua com boa parte das sessões por vídeo. E ganhou novos pacientes: “Tem gente que veio me procurar também pela crise, porque terminou um relacionamento e está sofrendo”.
Mas nem sempre o isolamento é algo negativo. “Tem um grupo [menor] que intensifica o relacionamento porque agora tem tempo para conversar e estar junto.”
Pode ser que esse seja o caso dos avós da estudante de medicina Nathalia Desiderio, 22, que diz que percebeu melhora no relacionamento de quatro décadas deles. O casal, que vive em São João (PR), brigava tanto que a separação já era uma possibilidade.
Agora, Desiderio e sua mãe flagraram o casal limpando a casa e cozinhando juntos. Se antes as discussões eram entre si, agora é a neta que às vezes leva bronca. “Eles passaram a defender um ao outro em tudo.”
Photography: Juli Balla. Fashion Direction: Aileen Marr. Hair: Peter Beckett. Makeup: Desiree Wise. Fashion Assistants: Chloe De Torres & Patrick Zaczkiewicz. Model: Ari Westphal at Priscillas.
Mais de 100 artistas e personalidades participaram do festival. Nomes como Rolling Stones, Lady Gaga, Paul McCartney, Stevie Wonder e Elton John se apresentaram ao longo das oito horas de transmissão.
O evento foi criado pela ONG Global Citizen em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) – com curadoria de Lady Gaga. O objetivo é incentivar que as pessoas fiquem em suas casas, durante o isolamento social por causa da pandemia da Covid-19.
Alicia Keys, Amy Poehler, Andrea Bocelli, Awkwafina, Billie Eilish, Billie Joe Armstrong (Green Day), Burna Boy, Camila Cabello, Celine Dion, Chris Martin, David & Victoria Beckham, Eddie Vedder (Pearl Jam), Ellen DeGeneres, Elton John, FINNEAS, Idris and Sabrina Elba, J Balvin, Jennifer Lopez, John Legend, Kacey Musgraves, Keith Urban, Kerry Washington, Lady Gaga, Lang Lang, Lizzo, LL COOL J, Lupita Nyong’o, Maluma, Matthew McConaughey, Oprah Winfrey, Paul McCartney, Pharrell Williams, Priyanka Chopra Jonas, Sam Smith, Shah Rukh Khan, Shawn Mendes, Stevie Wonder, Taylor Swift e Usher em uma grande homenagem aos profissionais de saúde e a OMS em sua liderança na luta contra a pandemia de COVID-19.
Reuniões com Zoom, proximidade com a família e distância da equipe: o trabalho na pandemia
E-INVESTIDOR
einvestidor@estadao.com
(Katie Robertson, The New York Times News Service) – Anjali Sud nunca esteve tão ocupada. Como CEO da Vimeo, uma plataforma de streaming de vídeo com 175 milhões de usuários registrados, Sud está lidando com o crescente tráfego, enquanto o mundo, protegido em casa, procura por conexões virtuais.
“Acordamos há algumas semanas com uma demanda sem precedentes”, disse ela. “Estamos vendo um aumento no uso de nossos produtos duas vezes, cinco vezes e dez vezes”.
Sud, 36 anos, ex-banqueira de investimentos e diretora de marketing, tornou-se chefe da plataforma em 2017 e mudou a natureza dos negócios; tornando-o menos um serviço de streaming de entretenimento que competia com Netflix e mais um hub para criadores de conteúdo. O Vimeo gerou quase US$ 200 milhões em receita no ano passado, principalmente com taxas de assinantes. É de propriedade da IAC, que também opera Match, Tinder, Care.com e a Daily Beast.
Sud disse que igrejas, organizações sem fins lucrativos e instrutores de fitness expandiram o uso das ferramentas do Vimeo, e que a plataforma também viu um aumento no conteúdo tão variado quanto programas para crianças e transmissão ao vivo de funerais. Embora geralmente esteja sediada na cidade de Nova York, Sud agora está com os pais em Michigan, cuidando do filho e gerenciando os mais de 600 funcionários da empresa.
“Vivo em um mundo de trocas perpétuas”, disse ela. “Não posso mais operar com 100% da capacidade, como costumava ser CEO, mãe, esposa, filha, colega. Acho que o que estou aprendendo é que todos os dias tenho que escolher as coisas para deixar ir, e preciso saber que vou largar algumas bolas, e tudo bem. ”
As entrevistas foram realizadas por e-mail, texto e telefone, depois condensadas e editadas.
7:30 da manhã: acorde com o choro da babá eletrônica. Meu filho de 18 meses, Saavan, está pronto para um novo dia. Temos nosso ritual de troca de fraldas, aveia com mirtilos e uma dança na Vila Sésamo. (Sou Abby, ele é Elmo.) Faço um FaceTime com minha irmã mais nova, que acabou de ter um bebê em Cingapura.
8:30 da manhã: Chai com minha mãe antes de ir trabalhar. Estou abrigada em Flint, Michigan, minha cidade natal. O lado bom dessa crise é estar passando o tempo com meus pais, que trabalham na área da saúde. Minha mãe supervisiona um programa de residência em medicina interna do hospital e seus residentes estão na linha de frente. Ela me diz que ambos são corajosos e temerosos.
9 da manhã: Chamada por Zoom com nosso diretor de operações e chefe de recursos humanos. Discutimos nossa nova série “Vimeo Virtual” para ajudar os funcionários a se conectarem através dos desafios do Slack, almoços e aprendizados, mesas redondas e jogos online. O desafio desta semana é #socialDISHtancing e todos postam fotos do que estão comendo. Soube que temos um número crescente de funcionários que perderam membros da família devido ao coronavírus. Decidimos iniciar um programa de doação para qualquer pessoa que esteja passando por luto.
11:55: Passo Saavan para meu marido, Matt. Ele também trabalha duro por várias horas, por isso alternamos a cobertura ao bebê. É agitado, mas também estamos descobrindo forças ocultas; ele faz um cachorro-quente delicioso e eu não sou ruim com brownies prontos.
Meio-dia: Nosso diretor de marketing me conta sobre um programa de subsídios para os cineastas do Vimeo produzirem vídeos contando histórias humanas por trás de pequenas empresas que foram afetadas pela pandemia. Todos, desde animadores premiados a diretores indicados ao Oscar, enviaram sugestões para empreendedores que os inspiraram, de uma icônica loja de quadrinhos no Brooklyn a uma floricultura em Budapeste a uma companhia de dança contemporânea africana em Minnesota.
14 horas: Reviso nosso P&L e as últimas perspectivas de negócios. Pequenas empresas, igrejas, academias, freelancers, conferências; todo mundo está usando o vídeo para ficar conectado. Decidimos aumentar o investimento em suporte ao cliente e infraestrutura técnica. Também discutimos como enfrentar a crise econômica e as medidas que podemos tomar para proteger os funcionários e evitar demissões, como a lentidão na contratação e a redução dos gastos com marketing.
16 horas: Ligação semanal com os principais executivos de nossa controladora, a IAC. Percorremos a sala virtual e compartilhamos o desempenho de nossas pessoas e empresas. Falamos sobre o moral e a produtividade da equipe e como pode ser a retomada quando chegar a hora; do trabalho remoto aprimorado aos layouts e capacidade do escritório.
18 horas: Faço minha caminhada diária pelo bairro em que cresci. É uma janela preciosa para mim.
21 horas: Eu verifico nosso canal WFH Slack para ver as tendências e encontro essa distração bem-vinda: The Lonely Show. É legal ver meus colegas usando sua criatividade para provocar risadas em tempos tão tensos.
3:40 da manhã: Saavan está chorando. Acontece que ele apenas largou a chupeta e quer de volta. Crise evitada.
6 horas: Café + lista de reprodução de Bob Dylan + e-mail. O sol nasce e vejo um cervo em nosso quintal. Nesta época, no ano passado, eu estava em Tel Aviv, prestes a adquirir uma startup de vídeo israelense. Sinto falta de pular de avião, bares lotados e entrega de sushi.
10 horas: Reunião executiva semanal. A Páscoa foi nosso maior fim de semana de transmissão ao vivo de todos os tempos, com 75 vezes o volume que normalmente vemos. Muitas de nossas equipes estão trabalhando o tempo todo para gerenciar a escala, e eu me preocupo com o esgotamento. Aumentamos nossos programas de saúde mental com serviços de aconselhamento e workshops. É um prazer ver os funcionários aproveitando, mas sei que mais pessoas estão lutando. Olho para minha própria equipe na tela e os rostinhos aparecendo e saindo. São todos pais que trabalham e metade não tem assistência infantil no momento. Eu decido enviar-lhes pacotes de cuidados.
Meio-dia: FaceTime, minha babá, que está com a irmã no Brooklyn. Ela está preocupada por não termos brinquedos suficientes em Flint, e eu adiciono um aspirador Fisher Price ao meu carrinho da Amazon.
14 horas: Atualização rápida com a equipe por trás do Vimeo Create, nosso novo aplicativo para criação de vídeos. Acabamos de lançar 100 novos modelos de mídia social para ajudar as empresas a permanecerem conectadas aos seus clientes durante a pandemia. Hoje analisamos temas para dicas de trabalho remoto, entrega sem contato, doações, condicionamento físico em casa e aprendizado on-line.
19 horas: É noite de taco. Como muitos, sinto-me atraída para confortar comida e nostalgia. Bebemos gin, assistimos a reprises de “Law & Order” e jogamos jogos de tabuleiro. Estou de pijama de veludo da minha mãe e me sinto como uma adolescente novamente. É meio legal.
6:30 da manhã: Chai com meu pai. Ele é cirurgião e empresário, e a pessoa que originalmente me inspirou a entrar nos negócios. Ele também é um poeta aspirante e me lê algo que escreveu para capturar seus sentimentos sobre o vírus.
11 horas: Reunião com o IAC para analisar o financiamento para o resto do ano. Estamos crescendo rapidamente, mas ainda não somos rentáveis. Temos a sorte de que nossos proprietários tenham fortes reservas de caixa e um horizonte de investimento a longo prazo. Discutimos alguns cenários diferentes sobre como as coisas poderiam acontecer. Parece-me que a precisão é impossível no momento e que, como organização, nossa força mais importante será nossa agilidade.
Meio-dia: Eu sintonizo alguns minutos atrasado para a nossa seleção mensal de “escolhas da equipe”. Mais de 70% de nossos cineastas dizem que ser reconhecido os ajudou a receber trabalhos futuros pagos. Hoje foi nossa primeira exibição totalmente remota, e cada cineasta fez um vídeo de introdução em sua casa. Meus favoritos eram um filme de ficção científica sobre identidade de gênero, um projeto de animação sobre comida e um documentário sobre Betye Saar.
15 horas: Revisão do plano de engenharia para dimensionar nossa infraestrutura. Já estamos entregando mais de 2 terabits por segundo de streaming de vídeo; são mais de 60 DVDs. Mas a cada hora mais pessoas estão movendo seus negócios totalmente on-line, por isso precisamos nos preparar para mais.
4 da tarde: Conferir mensagens de texto das amigas. Temos tentado o hangout virtual de fim de semana com vários graus de sucesso. Alguns de meus amigos estão trabalhando em funções críticas de resposta; um está na equipe de comunicação de resposta covid-19 de Boris Johnson em Londres e outro no Hospital for Special Surgery.
18 horas: Jantar do Saavan, que termina com iogurte de morango espalhado por todo o cabelo e o meu. Hora do banho.
9:30: Câmara Municipal Global do Vimeo. Esta é a parte mais importante do meu trabalho agora: ser uma presença visível e tranquilizadora e ser otimista e real. Hoje a mensagem com a qual abro é: Aguente firme. Nós vamos superar isso juntos. Eu atualizo a empresa sobre o que está funcionando e o que não está, e passamos a maior parte do tempo em perguntas e respostas anônimas. Não surpreendentemente, as principais perguntas são sobre recursos de saúde mental e reabertura do escritório.
11 horas: Matt me diz que Saavan acaba de dizer novas palavras: “biscoito” e “mais”. O primeiro eu interpreto como um sinal de bom gosto.
13 horas: Almoço virtual com novas contratações. Mesmo quando escalamos, eu gosto de conhecer cada pessoa que se junta a nós.
14 horas: Participo de uma mesa redonda de CEOs a portas fechadas com 14 líderes nos setores de varejo, tecnologia, saúde e organizações sem fins lucrativos. É hospedado por uma das principais mulheres nos negócios, que eu nunca conheci antes. Ela fala sobre sua experiência de liderar crises ao longo das décadas e me ocorre que estou no meio de uma oportunidade única na vida. Estou tão envolvida no dia-a-dia que é fácil olhar apenas para o próximo trimestre ou ano. Mas, sob muitos aspectos, essa experiência testará e moldará meus instintos, caráter e valores pelo resto da minha carreira.
17 horas: Happy hour semanal com a equipe de liderança. É BYOB, é claro, de negronis a merlot. O governador Cuomo acaba de estender o fechamento de Nova York para 15 de maio. As bebidas estão mais fortes que o normal.
20 horas: Sou sugada pelas docuseries do “McMillion $”. Fascinante. No entanto, estou ansiosa pelo dia em que os programas de streaming não são a única coisa a fazer em uma noite de quinta-feira.
Sindicato reclama de falta de proteção contra coronavírus; empresa diz que vai avaliar futuro de 10 mil funcionários
Ana Estela de Sousa Pinto
BRUXELAS – Após várias disputas com a Amazon (e outras gigantes de tecnologia) pela cobrança de tributos, o governo francês pode acabar sendo atingido por uma queda de braço judicial que ele não iniciou.
Na última quarta (15), a empresa americana anunciou o fechamento de seus seis centros de distribuição no país, um dia depois de uma decisão judicial obrigá-la a suspender entregas de “bens não essenciais” até que fossem inspecionadas as condições de segurança dos funcionários contra o contágio por coronavírus.
A multa diária por desrespeito é de € 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões), o que, segundo a Amazon, inviabiliza a operação no país, já que não há segurança jurídica sobre o que é “não essencial”.
As entregas devem ser mantidas na França, mas a partir de centros de distribuição em outros países e por meio de parceiros, o que deve gerar atrasos.
A suspensão das atividades em meio à quarentena cria dois problemas para o governo francês. O primeiro é o impacto sobre os consumidores, já que as compras online viraram a única alternativa após o fechamento do comércio não essencial, até pelo menos meados de maio.
Pesquisa realizada neste mês pelo instituto Kantar nas três maiores economias europeias (Alemanha, França e Reino Unido) mostrou que a parcela dos que fazem mais da metade de suas compras pela internet cresceu até 80% desde o começo da pandemia.
O segundo impacto, politicamente mais complicado, é sobre os cerca de 10 mil funcionários da Amazon em sua operação francesa. Prevenir a alta do desemprego é prioridade do governo francês num momento em que o lockdown deve derrubar a economia do país em cerca de 6% no primeiro trimestre, segundo estimativas.
Nos posts em que anunciou a suspensão, em uma rede social, a empresa disse que os empregados deveriam ficar em casa durante uma semana, enquanto ela avaliaria “os efeitos de longo prazo” da decisão judicial.
“A ação sindical que levou a essa decisão provavelmente terá consequências para muita gente, principalmente para nossos milhares de funcionários e consumidores”, escreveu a Amazon. A empresa foi levada à Corte pela central Sud Solidaires, que, como outros sindicatos europeus, têm feito pressão sobre a empresa americana, argumentando falta de segurança contra o contágio no trabalho.
A companhia, por seu lado, diz ter feito “enormes investimentos” para aumentar a segurança dos funcionários, com equipamentos de proteção, como luvas, máscaras e viseiras, e checagem diária da temperatura dos funcionários.
Facilidade de uso do aplicativo não pode ser único critério para escolha de usuário; proteção à privacidade e segurança devem ser levadas em consideração
Por Brian X. Chen – The New York Times
Desde o momento em que muitos de nós começamos a trabalhar de casa por causa da pandemia do novo coronavírus, já fui convidado para incontáveis reuniões marcadas pelo aplicativo de videoconferência Zoom. Happy hours virtuais, reuniões de trabalho, jantares e outros. Não compareci a nenhum desses eventos, e não somente porque estou com o cabelo comprido demais. A verdade é que tenho um problema fundamental com o Zoom.
Quero começar dizendo que entendo por que o Zoom se tornou tão popular na pandemia. A empresa projetou seu aplicativo para ser gratuito e extremamente fácil de usar. No jargão da tecnologia, é o que descrevemos como “sem atrito”. Até nossos amigos e parentes menos versados na tecnologia em geral conseguem entrar em uma reunião do Zoom apenas com um clique em um link. Então, em um passe de mágica, estamos diante de uma tela com rostos conhecidos e podemos começar a conversar imediatamente.
Desesperados para ver pessoas fora de nossas casas, pelo menos 200 milhões de nós usam agora o Zoom, que há alguns meses tinha 10 milhões de usuários. Muitos usam o aplicativo gratuitamente, ainda que o sistema também ofereça uma versão paga. Para muitos de nós, trata-se de uma janela salvadora por meio da qual podemos ver um amigo ou parente. Mas já faz um ano que desconfio do aplicativo. O Zoom teve uma série de problemas graves ligados à privacidade durante esse período, a ponto de simplesmente emendar uma falha na outra.
Os erros incluíram uma brecha permitindo que software malicioso se infiltrasse no Zoom e sequestrasse a câmera do usuário. As questões de segurança eram tão primárias que culminaram em episódios de “zoombombing”, nos quais invasores mal-intencionados invadiam as reuniões de vídeo das pessoas e as bombardeavam com material inadequado, como pornografia.
Em teste publicado em um blog na semana passada, o presidente executivo do Zoom, Eric Yuan, pediu desculpas pelos erros e disse que os problemas recentes já tinham sido resolvidos. A empresa prometeu se concentrar nos problemas de segurança e da política de privacidade nos próximos meses; esse plano foi reiterado há duas semanas. Se algo em toda essa situação nos dá a sensação de déjà vu é porque já passamos por isso antes, lidando de novo e de novo com o mesmo problema, concentrados na conveniência dos produtos tecnológicos fáceis de usar em detrimento das questões que envolvem a privacidade e a segurança dos dados.
“É como se houvesse uma porta giratória”, disse Matthew Guariglia, analista de políticas da organização Electronic Frontier Foundation, que defende os direitos digitais. “Quando cedemos nossos dados a uma empresa, não fazemos ideia de quem poderá acessá-los, pois boa parte dessa atividade ocorre dentro de uma caixa preta de sigilo corporativo.”
O ônus de corrigir os problemas de segurança e privacidade do aplicativo cabem à Zoom, não a nós. Mas podemos pressionar a Zoom se não aceitarmos essa situação. Se você optar pelo Zoom, use o programa com cuidado, usando robustas configurações de segurança. Logo falaremos mais disso.
Primeiro, vamos olhar mais de perto as razões que nos levam às entrelinhas do Zoom. O problema se resume a duas frentes: a política de privacidade e a arquitetura de segurança.
Privacidade: Recentemente, a Zoom anunciou que tinha revisado sua política de privacidade para tornar o texto mais claro e transparente. No documento, a empresa enfatiza que não vende nem nunca vendeu os dados pessoais dos usuários, nem planeja fazê-lo. Mas a política nada diz a respeito do compartilhamento desses dados com terceiros por parte da Zoom, como afirmam explicitamente empresas como Apple e Cisco em suas políticas de privacidade.
Trata-se de uma omissão notável. As empresas de tecnologia sabem ganhar dinheiro com os dados dos usuários sem vendê-los diretamente, compartilhando-os, por exemplo, com outras empresas que mineram essas informações, de acordo com pesquisa publicada pela Faculdade de Administração Sloan do MIT. Em alguns casos, ferramentas destinadas à coleta de dados dos usuários são “alugadas” a terceiros. Tecnicamente, práticas como essa não invalidam a afirmação segundo a qual os dados pessoais não seriam “vendidos”, mas uma empresa ainda ganharia dinheiro com os seus dados.
Lynn Haaland, diretora global de risco e conformidade da Zoom, disse que a empresa não agrega os dados dos usuários nem os torna anônimos, nem os aluga em troca de dinheiro. Então, por que isso não é enunciado na política de privacidade? “Tentamos ser claros em relação ao que de fato fazemos com os dados”, afirmou Lynn a respeito da política atualizada. “Às vezes, quando tentamos listar tudo aquilo que não será feito com os dados, se deixamos algo de fora, as pessoas supõem que houve alguma motivação por trás disso.”
Segurança: Ainda que a Zoom tenha trabalhado incansavelmente para corrigir os problemas de segurança que vieram à tona nas semanas mais recentes, seus produtos para computadores Windows e Mac têm a segurança deliberadamente enfraquecida.
Isso ocorre principalmente porque a empresa optou por não oferecer seu aplicativo pelas lojas oficiais de aplicativos da Apple e da Microsoft para seus respectivos sistemas. Em vez disso, os usuários baixam o programa diretamente da internet. Com isso, o software da Zoom foge do chamado ambiente controlado, que restringiria seu acesso aos sistemas operacionais Mac e Windows.
Como resultado, o Zoom consegue acessar camadas mais profundas dos sistemas operacionais e seus navegadores da internet. Em boa medida, é isso que torna tão fácil a participação nas reuniões do Zoom.
Ao optar por evitar os métodos mais seguros de instalação do seu aplicativo, a Zoom optou por uma arquitetura de segurança menos robusta, informou Sinan Eren, diretor executivo da Fyde, firma de segurança de aplicativos. “Eles querem que o processo de instalação seja muito mais fácil e simplificado, mas, ao mesmo tempo, querem ficar as garras em camadas mais profundas do sistema operacional, o que possibilita que coletem mais informações”, disse. “Isso também expõe o usuário a vulnerabilidades em potencial.” A Zoom não quis responder às perguntas a respeito da arquitetura de segurança do seu software.
Diante disso, o que fazer? Nesse momento difícil, muitos de nós se veem sem alternativa ao uso do Zoom. Assim sendo, eis algumas medidas para se ter em conta.
Cautela: em geral, é mais seguro usar o Zoom em um dispositivo móvel, como um iPad ou um celular Android, do que em um computador Mac ou Windows. Os aplicativos para celulares operam em um ambiente mais limitado, com acesso restrito aos seus dados. Além disso, os aplicativos oferecidos por meio de lojas como a App Store e a Play Store passam por um processo de análise nas mãos da Apple e do Google que inclui a identificação de eventuais vulnerabilidades de segurança.
Além disso, certifique-se de habilitar as configurações de segurança do Zoom, como reuniões protegidas por senha, para evitar a invasão de convidados indesejados.
Por último, mas não menos importante, tenha em mente o que significa dizer aos outros para que usem um produto com fraca proteção aos dados. Tente evitá-lo para assuntos sérios, como reuniões de trabalho envolvendo informações sigilosas.
Alternativas: há ferramentas de bate-papo por vídeo oferecidas por empresas de reputação melhor, como o Hangouts (Google), o Webex (Cisco) e o FaceTime (para os dispositivos Apple). Talvez esses produtos não sejam tão simples de usar quanto o Zoom, mas funcionam bem, e não trazem tanta preocupações.
Fundador da Microsoft está no centro de teorias da conspiração propagadas em redes sociais; na vida real, ele é o segundo maior doador da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Por Daisuke Wakabayashi, Davey Alba e Marc Tracy – The New York Times
Em uma palestra de 2015, Bill Gates alertou que o maior risco para a humanidade não era a guerra nuclear, mas um vírus infeccioso que viria a ameaçar a vida de milhões de pessoas. O vídeo dessa palestra ressurgiu nas últimas semanas, com 25 milhões de novas visualizações no YouTube – mas não teve o efeito que Gates provavelmente pretendia. Ativistas do movimento antivacina, membros do grupo conspiratório QAnon e gurus da extrema-direita tomaram o vídeo como evidência de que um dos homens mais ricos do mundo planejava usar uma pandemia para controlar o sistema de saúde global.
Gates, de 64 anos, cofundador da Microsoft e filantropo, tornou-se a estrela principal de uma explosão de teorias da conspiração sobre o surto do novo coronavírus. Em posts no YouTube, Facebook e Twitter, ele está sendo falsamente retratado como o criador da covid-19, como um empresário que está lucrando com a vacina contra o vírus e como participante de um plano covarde para usar a doença para vigiar ou exterminar a população mundial.
As acusações bárbaras ganharam força com gurus conservadores, como Laura Ingraham, e militantes antivacina, como Robert F. Kennedy Jr., assim que Gates surgiu como contraponto ao presidente Donald Trump a respeito do novo coronavírus. Por semanas, Gates apareceu na TV, em artigos de opinião e em fóruns do Reddit pedindo políticas de isolamento, expansão dos testes e desenvolvimento de vacinas. E, sem mencionar Trump, ele criticou as políticas do presidente, entre elas a decisão desta semana de cortar os repasses para a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As desinformações sobre Gates agora são as mais difundidas de todas as notícias falsas sobre o novo coronavírus rastreadas pelo Zignal Labs, uma empresa de análise de mídia. As falsidades contam mais de 16 mil postagens no Facebook este ano, as quais foram curtidas e comentadas quase 900 mil vezes, segundo uma análise do New York Times. No YouTube, os 10 vídeos mais populares que espalham mentiras sobre Gates, postados em março e abril, somam quase 5 milhões de visualizações.
Gates, que tem um patrimônio avaliado em mais de US$ 100 bilhões, assumiu efetivamente o papel até então desempenhado por George Soros, o financista bilionário e doador democrata que se tornou o grande vilão da direita. Isso fez de Gates o mais recente indivíduo – junto com o Dr. Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos – a entrar na mira dos gurus da extrema direita que vêm atacando aqueles que parecem discordar de Trump a respeito do vírus.
“Bill Gates pode ser facilmente transformado em meme da crise de saúde porque é uma figura muito conhecida”, disse Whitney Phillips, professora assistente da Universidade de Syracuse que ensina ética digital. “Ele pode funcionar como uma espécie de bicho-papão abstrato”. Isto ocorre especialmente desde que Gates foi mais incisivo em seus comentários sobre a maneira como a Casa Branca vem lidando com o novo coronavírus nas últimas semanas.
“Não há dúvida de que os Estados Unidos perderam a oportunidade de se antecipar ao novo coronavírus”, escreveu ele em um artigo de opinião no Washington Post, em 31 de março. “As escolhas que nós e nossos líderes fazemos agora terão um enorme impacto em quanto tempo os números de casos começarão a diminuir, quanto tempo a economia permanecerá fechada e quantos americanos terão de enterrar um ente querido por causa da covid-19”.
Mark Suzman, executivo-chefe da Fundação Bill & Melinda Gates, o principal veículo filantrópico de Gates, disse que é “angustiante o fato de haver pessoas divulgando informações falsas quando todos deveríamos procurar maneiras de colaborar e salvar vidas”. Por meio de um porta-voz, Gates não quis dar entrevista.
Gates, que fundou a Microsoft com Paul Allen em 1975 e a transformou em uma gigante dos softwares, vem dedicando grande parte de seu tempo a iniciativas filantrópicas desde que se afastou da empresa, em 2008. Até 2018, a Fundação Gates tinha doado US $ 46,8 bilhões, tornando-se uma das maiores organizações privadas de caridade do mundo.
A fundação trabalha para distribuir vacinas nos países em desenvolvimento, defende o planejamento familiar por meio da disseminação do uso de contraceptivos e financia o desenvolvimento de culturas geneticamente modificadas. Esses esforços suscitaram acusações infundadas de que Gates estava prejudicando os pobres do mundo com drogas desnecessárias e colheitas nocivas, em uma tentativa de dizimar a população global.
Seu desdém por Trump, com quem se encontrou várias vezes, também se tornou público. Em 2018, surgiram vídeos de Gates contando como Trump precisara de ajuda para distinguir entre o HIV – sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, que causa Aids – e o HPV – sigla em inglês para papilomavírus humano, uma infecção sexualmente transmissível. “Nas duas vezes, ele quis saber se havia diferença entre HIV e HPV, então expliquei que são coisas bem diferentes”, disse Gates, para os risos da plateia.
Em janeiro, quando o novo coronavírus começou a se espalhar, a Fundação Gates transferiu US$ 10 milhões para ajudar profissionais de saúde na China e na África. Em fevereiro, Gates voltou a falar sobre a doença, alertando ao periódico científico The New England Journal of Medicine que a covid-19 estava se comportando como o pior patógeno em um século.
Além de escrever o artigo no Washington Post, Gates pediu mais testes generalizados em uma sessão do Reddit chamada “Ask Me Anything” [Pergunte qualquer coisa] no mês passado. Este mês, Gates apareceu no The Daily Show e disse que sua fundação financiaria fábricas para produzir as sete vacinas mais promissoras. Na quarta-feira, a Fundação Gates disse que doaria US$ 250 milhões para conter a propagação da doença – a promessa anterior era de US$ 100 milhões.
A essa altura, as notícias falsas sobre Gates já haviam disparado. A primeira menção a uma conspiração infundada ligando-o ao surto aconteceu em 21 de janeiro, segundo a análise do Times. Foi quando uma personalidade do YouTube associada ao QAnon sugeriu no Twitter que Gates tinha conhecimento prévio da pandemia. O tuite se baseava em uma patente relacionada a coronavírus do Instituto Pirbright, um grupo britânico que recebeu financiamento da Fundação Gates.
A patente não era para a covid-19, mas, sim, para uma potencial vacina contra um coronavírus diferente, que afeta as aves. Mas, dois dias depois, o site conspiratório InfoWars disse, incorretamente, que a patente era para “o vírus mortal”.
A ideia se espalhou. De fevereiro a abril, as teorias da conspiração envolvendo Gates e o vírus foram mencionadas 1,2 milhão de vezes nas redes sociais e nas transmissões de televisão, de acordo com o Zignal Labs. Segundo a empresa, um número 33% mais alto que a frequência da segunda maior teoria da conspiração: que as ondas de 5G fazem as pessoas sucumbirem à covid-19.
Algumas das teorias se basearam na proximidade entre Gates e Jeffrey Epstein, o financista que foi condenado por tráfico sexual e se matou, dizendo que uma elite global se uniu para criar o novo coronavírus.
As teorias foram amplificadas por pessoas como Kennedy, filho do ex-senador Robert F. Kennedy, que faz campanha contra vacinas na posição de diretor da rede de Defesa da Saúde da Criança. Em sua página do Instagram, Kennedy disse que Gates promove as vacinas para alimentar seus outros interesses comerciais.
Na terça-feira, Kennedy postou um cartum que mostrava um sorridente Gates com uma seringa nas mãos e a legenda: “Seu corpo, minha escolha”. Kennedy, cujos seguidores no Instagram dobraram para mais de 285 mil desde março, disse em uma entrevista que estava dizendo a verdade sobre o “terrível dano” que as vacinas de Gates infligiram ao mundo.
Em um tuíte de 7 de abril, Ingraham, apresentadora da Fox News, compartilhou uma teoria da conspiração sobre motivos nefastos por trás da cobrança de Gates para rastrear e identificar os infectados pela covid-19. “Rastrear digitalmente todos os movimentos dos americanos é um sonho dos globalistas há anos”, escreveu ela.
Na quarta-feira, depois que Gates disse que o corte nos repasses para a Organização Mundial da Saúde fora uma decisão mal aconselhada, a reação online foi rápida. (A Fundação Gates financia a organização).
Um militante antivacina postou no Instagram um pôster do filme ‘Kill Bill’ com os dizeres: “Kill Bill Gates” [Mate Bill Gates] e pediu que as pessoas inundassem a caixa de comentários da conta do Instagram de Gates. Nesse mesmo dia, quando Gates agradeceu aos profissionais de saúde, recebeu mais de 14 mil comentários. Um deles dizia: “Este vírus é uma mentira deslavada”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU
O ambiente conta ainda com uma janela com vista para campos de lavanda
JULYANA OLIVEIRA | FOTO SIMONE BOSSI
O arquiteto Timothee Mercier, do Studio XM, transformou esta antiga fazenda em Vaucluse, na França, em uma casa minimalista e aconchegante para os seus pais. O projeto apostou na preservação de detalhes históricos da propriedade, na base neutra e na madeira clara como elemento principal.
No quarto do casal, os móveis foram todos feitos de carvalho. A cabeceira ganha charme extra com as telas de ráfia. Ao lado, o espaço para escritório com cadeira da Cassina que leva um toque de cor ao ambiente neutro. Repare também na cortina de linho.
Ainda na suíte máster, um guarda-roupa estreito, mas que ocupa do chão ao teto encaixa perfeitamente na estética minimal do projeto. Para finalizar o cômodo com chave de ouro, a janela também de madeira clara ganhou banco para apreciar a vista dos campos de lavanda que cercam a propriedade. Como resistir?