
Soo Joo Park – Evening Standard (ES) Magazine 31st March 2017 by Alice Rosati

Ellen Rosa em dose dupla na Vogue de abril! (Foto: Vogue Brasil)
A cover-girl da edição de abril da Vogue Brasil, que começa a chegar nesta sexta-feira (31.03) às bancas, é o assunto do momento na moda pelos trabalhos de peso que tem feito e pela semelhança com Rihanna: Ellen Rosa é capa – e em dose dupla!
Com fotos de Giampaolo Sgura, ela veste Burberry, no shooting que tem edição de moda de Pedro Sales, maquiagem de Lloyd Simmonds e cabelo de James Rowe.
Ellen Rosa veste Burberry na edição de abril da Vogue (Foto: Vogue Brasil)
Ellen e Rihanna se conheceram pessoalmente depois que a neotop mineira desfilou para a Fenty X Puma, marca assinada pela cantora, na temporada do inverno 2017, no começo do ano. “Ela me falou que pareço ser sua irmã mais nova”, contou Ellen.
Ellen Rosa veste Burberry na Vogue de abril (Foto: Vogue Brasil)
Aposta de poderosos da moda como Katie Grand e Edward Enninful, aos 17 anos ela é a nova sensação das passarelas: já desfilou para marcas como Chanel, Dior e Prada, estrela a campanha do verão 2017 da Miu Miu ao lado da atriz Elle Fanning, posou para uma das seis capas da edição de janeiro da V Magazine, clicadas por Mario Testino, e para a capa da Vogue Japão de fevereiro.
Ellen Rosa veste Burberry na edição de abril da Vogue (Foto: Vogue Brasil)
No “recheio” da Vogue Brasil, ela é protagonista do editorial Vento a Favor, que mostra o hit da estação: as peças que lembram paraquedas, volumosas na medida certa, feitas de náilon ou tecido levíssimo e arrematadas por fios que marcam a cintura e decoram sem pesar.
Não deixe de garantir seu exemplar desta edição, que está imperdível!
Colette Roussaux e sua filha Sarah Andelman são as fundadoras da Colette Foto: Agnes Dherbeys/The New York Times
O setor da moda geralmente está ligado a negócios de família, mas mesmo sob essa máxima, a Colette, loja conceitual de Paris, é uma exceção. Para a grande maioria de mães e filhas, por melhor que seja o relacionamento, viver uma ao lado da outra e trabalhar juntas todo dia, há duas décadas, seria inimaginável. Já para Sarah Andelman e sua mãe, Colette Roussaux, o arranjo é a receita secreta de sucesso por trás da Colette, boutique pioneira que agora em março completa vinte anos.
O estilista Karl Lagerfeld, da Chanel, resumiu a relação das duas: “Não existe isso de ‘uma sem a outra’. É a osmose mãe-filha que faz da Colette o que ela é.” Para Michel Gaubert, engenheiro de som que criou 18 CDs de coletâneas da boutique, a boutique é” a fusão perfeita de mentes. As duas têm como característica marcante a curiosidade e adoram compartilhar suas descobertas. Com elas, nada é calculado; é tudo uma questão de instinto.”
Em 1997, com pouco mais que uma ideia brilhante, quatro paredes nuas e nenhum contato no mundo da moda, a dupla acabou com os limites que separam estilo, música, arte e design. Atualmente, a Colette tem 110 funcionários e um único endereço permanente, 213 rue St.-Honoré, no Primeiro Arrondissement. Em 2016, seu volume de vendas geradas foi de 28 milhões de euros, sendo que o e-commerce representou 25% desse total.
Apesar de tudo isso, a Dona Colette permanecia semianônima até agora. Ela é tímida na frente das câmeras e esta foi apenas a terceira entrevista que concedeu nos últimos vinte anos, a primeira para uma publicação não francesa. Está mais do que satisfeita em simplesmente administrar a loja e supervisionar os processos, incluindo a contabilidade e a disposição da decoração interna e das vitrines; sua filha, única compradora e representante pública do negócio, sai pelo mundo em busca do exclusivo, do belo e do raro. “Tenho sorte porque a Sarah é o meu escudo; é o ponto de contato. Eu fico na loja. É o arranjo perfeito”, conta.
E a filha completa: “Fomos ingênuas porque achamos que ninguém ia perceber que havia uma Colette. Escolhemos o nome por ser pouco comum e fora de moda em contraste com o que queríamos fazer, ou seja, algo bem moderno, mas nunca tivemos a intenção de relacioná-lo conosco, pessoalmente”.
Olhando mãe e filha lado a lado no Water Bar, que fica na parte de baixo da loja, a semelhança é óbvia: ambas projetam uma reserva natural, uma atitude franca e um sorriso fácil. Elas têm também o cabelo curto, as maçãs do rosto salientes, as sobrancelhas arqueadas e a compleição invejável, mesmo sem maquiagem.
Por acaso ou intenção, nesse dia as roupas das duas se baseavam nas três cores da bandeira francesa: ambas usavam saia marinho da Thom Browne e tênis All Star; mais alta e angular, Sarah, 41, usava uma blusa branca da Mira Mikati x Jack Pierson e uma jaqueta da J.W. Anderson; Colette (que prefere não revelar a idade) optou por uma camiseta branca e bandana vermelha.
As duas garantem que nunca brigam. “Eu a mantenho informada e ela sempre tem um bom conselho se percebe que estou hesitante; do contrário, me deixa à vontade para tomar as decisões mais incomuns”, revela Sarah, que é casada com o diretor de vídeo e fotógrafo norte-americano Philip Andelman, com quem tem um filho.O interior da boutique Colette, fundada em 1997 Foto: Agnes Dherbeys/The New York Times
Quem passar pela loja bem cedinho, durante a semana, certamente verá Colette cuidando da limpeza e dando instruções aos funcionários até o início do horário de funcionamento, às onze. Aos domingos, infalivelmente, ela e o stylist Éric Chevalier tiram os manequins para dar espaço a uma repaginada completa, incorporando as seleções mais recentes, e uma nova decoração.
Além de parcerias com grandes nomes, como a pop-up Chanel x Colette, em 2011, no finado posto de gasolina na mesma rua (hoje uma loja da Balenciaga) e a criação de edições limitadas de echarpes com a Hermès e inúmeras outras grifes, a Colette foi além dos limites culturais para apoiar astros como Pharrell Williams, Jay Z, Drake e Kanye West em suas empreitadas na moda/música.
Dizem os boatos que a loja pode fechar no ano que vem, mas Sarah é enfática ao negar a informação.
De olho no futuro, a Colette apresentará a coleção “Starboy”, de Weeknd, que ganhou o nome do novo álbum do músico. Além disso, já está em negociação um projeto com a dupla francesa de música eletrônica Daft Punk, para a Semana da Moda Masculina de junho, em Paris.
“Acho que o diferencial está no fato de não termos que falar com ninguém a respeito do que queremos fazer. Se decidirmos pintar as paredes de verde ou azul, conversamos rapidinho, e vamos lá e fazemos. Acho que esse é o segredo: trabalho duro e espontaneidade”, conclui Colette.
E sorri para a filha, que lhe sorri de volta. [Tina Isaac-Goizé – The New York Times]
Photography: Agata Pospieszynska. Styled by: Svetlana Vashenyak. Styling Assistant: Innokentiy Makarov. Hair: Miroslava Myšička Hajdova at Saint Luke Artists. Makeup: Foxy. Casting Director: Ania Jozwiak. Retouch: Magda Baran. Models: Franzi Frings at The Hive Models & Eugene at Francina Models
Fernando Lindote: Lusus Naturae – Foto: Sidney Kair
Museu reúne nove artistas de diferentes regiões em uma mostra que discute os desígnios da contemporaneidadeApresentar os diferentes caminhos da arte contemporânea brasileira é o desafio da mostra Os desígnios da arte contemporânea no Brasil, que está sendo apresentada no segundo andar do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP. Um desafio que o curador José Antonio Marton propõe reunindo o trabalho de nove artistas de diferentes regiões do Brasil. “São trabalhos que, apesar da diversidade de paisagens, dialogam entre si e questionam o público”, explica.
A reflexão sobre os movimentos da sociedade se fundem na arte de Alan Fontes, Ana Prata, Fernando Lindote, James Kudo, Paulo Almeida, Rodrigo Bivar, Sergio Lucena, Tatiana Blass e Ulysses Boscolo. Porém, trazem narrativas diversas.
Tatiana Blass: Entrevista # 10, óleo sobre tela de 2014 – Foto: Everton Ballardin
“A mostra nos revela uma produção contemporânea pulsante”, observa Ana Magalhães, curadora do MAC. “Ao longo da história da arte contemporânea, a questão da morte da pintura foi levantada para falar do esgotamento desse suporte como um suporte necessariamente atrelado à tradição artística, contra a qual se bateram e se fascinaram os artistas do século 20. Mas também para falar do fim da narrativa linear da arte, ou do fim da história da arte como discurso sobre a produção artística. Mas efetivamente a pintura permaneceu como meio importante da prática artística contemporânea, em várias partes do mundo. No Brasil, os artistas que lançam mão desse meio são muitos e o fazem, como veremos aqui, de formas muito diferentes.” Leila Kiyomura
Alan Fontes: instalação lembra as Cataratas de Foz do Iguaçu – Foto Divulgação
O jeito de ver, contar, sentir e registrar a história resulta nos múltiplos caminhos que o visitante percorre no espaço. Alan Fontes, mineiro de Belo Horizonte, questiona a destruição da história e da natureza. Na instalação Onde as Memórias se Perdem, apresenta uma pintura retratando as Cataratas de Foz do Iguaçu. “A obra foi executada com uma paleta reduzida em tons frios, que instaura uma indefinição espacial e temporal na cena”, explica o artista. “O fluxo contínuo de água que abre seu caminho de forma contundente na paisagem, erodindo e lavando infinitamente a rocha, está metaforicamente relacionado com o volume intermitente de imagens produzidas na contemporaneidade, assim como a consequente sensação de esquecimento gerada pela constatação da nossa incapacidade de lembrar e reter definitivamente a memória.”
No fundo, outras duas pinturas questionam a destruição dos casarões da avenida Paulista.
Ana Prata, também mineira, de Sete Lagoas, traz as séries Sol e Montanha, Amarelo e Grande Circo. São imagens de quem busca o invisível. “Os desígnios da arte contemporânea são múltiplos e inumeráveis”, opina a artista. “Acho que se decifrarmos os seus desígnios perderíamos a vontade de olhar, de entender e buscar. Perderia o sentido que a arte tem de tornar visíveis coisas invisíveis.”
Ana Prata: Grande Circo, 2013 – Foto: Divulgação
As cores de Fernando Lindote, de Santana do Livramento, cidade gaúcha que faz fronteira com o Uruguai, movimentam o espaço. Buscam a simbologia da cultura brasileira na escultura do papagaio em bronze e na pintura Primeiro Imperador, uma espécie de ser mítico que habita as florestas. Na mostra, é possível observar o artista que não abdica do humor do cartunista e chargista.
Fernando Lindote e a figura mítica do Primeiro Imperador – Foto: Divulgação
Tatiana Blass debate o tempo, a vida e a morte em sua instalações e pinturas. Na instalação Zona Morta, 2007, o visitante revê e reflete sobre sonhos e lembranças. Há quadros, discos, um velho piano com uma partitura do caderno Invenções a Duas Vozes, obrigatório no aprendizado clássico, fotos, uma decoração dos anos 1960. E, ao sair, há um corpo estendido no chão de alumínio fundido, com o título Para o Morto.
Tatiana Blass: sonhos e lembranças – Foto: Divulgação
Sergio Lucena e o encontro da luz
Nas telas de Sergio Lucena, o visitante mergulha no silêncio. Paraibano de João Pessoa, o artista surpreende pelo encontro com a luz. As cores se fundem e são a paisagem. E o retrato de um pintor consagrado no Brasil e no exterior.
Nas telas de Lucena, contemplação e silêncio – Foto: Divulgação
Para chegar à luz e cor, Lucena, 53 anos, percorreu um longo caminho. Entrou nos cursos de Física e Psicologia na Universidade Federal da Paraíba, mas não concluiu. Acreditou e trabalhou pelas trilhas que a sua arte foi desenhando. Em 1992, ganha uma bolsa de estudos para estudar em Berlim. Sua trajetória é pontuada por diversas fases. Uma árdua busca. O desenho denso em detalhes, perfeito, foi se libertando da forma e hoje é a nuance do tempo, do espaço, da natureza do ser sensível. “A paisagem é o meu tema maior. Ela corresponde para mim à fusão dos estados físico, psicológico e espiritual”, explica Lucena. “A pintura de paisagem é o caminho que percorro na busca das relações entre as múltiplas esferas da realidade.”
Memórias de um lugar
James Kudo, 49 anos, paulista de Pereira Barreto, traz a série Florestas e surpreende pelas cores e síntese da paisagem. Uma síntese também da sua própria história e lembranças.
James Kudo: cor e luz – Foto: Divulgação
Nos tons de azul do céu, da água, o preto que transformou as montanhas, no aconchego de um tecido xadrez que remete à memória de uma casa, de um lar, Kudo pinta a trajetória da sua cidade natal, fundada por imigrantes japoneses no dia 11 de agosto de 1928, chamada de Novo Oriente. Parte desse município que passou a ser chamado de Pereira Barreto foi inundada, em 1990, pela usina hidrelétrica de Três Irmãos. São as imagens dos lugares de sua infância que são reverenciadas em seus desenhos.
Ulysses Bôscolo: pequenas telas formam a paisagem de pássaros – Foto: Divulgação
Na série Pássaros, o paulistano Ulysses Bôscolo, 39 anos, propicia ao visitante as imagens e cores dos pássaros. “Uma série de telas pequenas e do mesmo tamanho distribuídas no espaço como se fossem notas musicais em uma partitura”, define o curador Antonio Marton. Apresenta também uma série de xilogravuras. Não tem o encanto e a delicadeza dos pássaros mas trazem a força do seu desenho. São obras que revelam as várias faces do artista, gravador e ilustrador.
A obra do paulistano Paulo Almeida, 39 anos, também registra os ambientes que o cercam. São grandes pinturas que trazem detalhes da arquitetura ou reflexos dos espaços captados ou flagrados pelo seu olhar fotográfico. São estratégias onde ele reconstrói um novo espaço com as suas obras e compartilha esse universo com os artistas e os visitantes da mostra.
Paulo Almeida :Biennial Pavilion on the mirrors, 2015 – Foto: Divulgação
Descobertas do contemporâneo
Nas imagens de Rodrigo Bivar, há a pausa de uma busca. Apesar de jovem – nasceu no Distrito Federal, Brasília , em 1981 – a sua inquietação já o levou por diversos caminhos. Vai seguindo os desígnios da contemporaneidade. E se até há pouco tempo ele registrava cenas e paisagens do cotidiano, agora ele compõe as formas das cores. Nada a ver com o óbvio dos limites dos espaços. Ele se dá a autonomia e o direito ao infinito da arte.
Rodrigo Bivar: uma nova paisagem – Foto: Divulgação
A exposição Os desígnios da arte contemporânea no Brasil, com curadoria de José Antônio Marton, está no Museu de Arte Contemporânea da USP, na Avenida Pedro Álvares Cabral, 1.301, até 30 de julho de 2017. Funciona às terças, das 10 às 21 horas, e quarta a domingo, das 10 às 18 horas. Entrada gratuita. Mais informações no tel. (11) 2648-0254. Site: www.mac.usp.br
Apesar de uma recepção decepcionante por parte da crítica, Punho de Ferro pode ter sido uma das estreias mais assistidas da Netflix como um todo, segundo dados coletados pela empresa de pesquisa 7Park Data. A informação foi incialmente publicada pela Variety.
Os relatos da 7Park, que mede as visualizações de assinantes de serviços de streaming, apontam que 54,7% das exibições do seriado na estreia foram dos episódios três ou mais avançados, mostrando que o público estava engajado na maratona. Além disso, o programa o último defensor conquistou 14,6% da audiência total da Netflix, superando outros gigantes como Stranger Things (4,0%), a quarta temporada de Orange is the New Black e até mesmo seus companheiros Luke Cage (12,8%) e a segunda temporada de Demolidor (13,8%).
Por que uma dissonância tão grande entre público e crítica? O analista sênior da 7Park Chistopher Coby explica: “A relação entre críticas e apelo em massa sempre foi complicada. Considere as décadas de 1970, 1980 e 1990 onde há uma longa lista de programas com altíssimos números de audiência mas com poucos Globos de Ouro ou Emmys. Nossos dados mostram que os programas que os críticos consideram de qualidade e aqueles que o público considera os melhores podem ser coisas muito diferentes. Punho de Ferro é mais um desses exemplos.”
Vale ressaltar que os números não são oficiais, afinal a Netflix não divulga informações sobre visualizações ou hábitos de consumo de seus assinantes. Os 13 episódios da primeira temporada de Punho de Ferro chegaram ao serviço em 17 de março. Os Defensores deve estrear no segundo semestre. [Arthur Eloi]
Photography: Max Abadian at Atelier Management. Stylist: Anna Katsanis at Atelier Management. Hair: Mara Roszak. Makeup: Toby Fleischman. Manicure: Michelle Saunders. Talent: Evan Rachel Wood
As definições de apartamento pequeno foram atualizadas pela arquiteta Ewa Czerny, que transformou seu minúsculo apartamento de 29 m² em Wroclaw, na Polônia, em um espaço impressionante. No projeto da arquiteta, pouca metragem não é sinônimo de desconforto, e sim de aconchego.
Com acabamentos modestos, a arquiteta apostou na tinta branca, piso de madeira bruta e tijolo aparente para compor o espaço. A paleta rosada e com tons neutros ajuda a iluminar o ambiente e deixá-lo charmoso.
Para Ewa, transformar o apartamento em um loft era a melhor opção para aproveitar cada cantinho da construção. “Um apartamento pequeno sempre dá o problema de misturar as principais funções espaciais em único ambiente. Por isso quis fazer o projeto parecido com o de uma casa, no sentido de criar espaços separados para as atividades diurnas e noturnas”, explica a arquiteta. [Rafael Belém]
Confira os detalhes do projeto:
Fonte: Architizer
Photography: Koray Parlak. Styled by: Hafize Çeliktürk. Hair : Ferit Belli. Makeup: Seray Suveren. Model: Elle Ottens